Política

Política

Dilma proíbe uso da máquina em eleições

Dilma proíbe uso da máquina em eleições

diario do grande abc

13/08/2012 - 07h00
Continue lendo...

Às vésperas da estreia do horário político no rádio e na TV, a presidente Dilma Rousseff lembrou aos ministros que nenhum deles pode recorrer à "agenda dois em um" para pedir votos em campanhas municipais. A proibição consta de cartilha produzida pela Advocacia-Geral da União (AGU), que cita as condutas vedadas aos agentes públicos em eleições, mas Dilma decidiu reforçar a determinação porque não quer ver o governo acusado de uso da máquina nas disputas pelas Prefeituras.

Em recentes reuniões no Palácio do Planalto, a presidente disse que não admitirá "compromissos casados" em que auxiliares aproveitam atos oficiais no fim de semana, com viagens em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e depois esticam a visita para subir em palanques. Quando isso ocorrer, o cabo eleitoral da Esplanada terá de pagar passagem e estadia do próprio bolso.

"Nessa época de eleição, não passo nem perto de avião da FAB", contou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB). Dilma também proibiu os subordinados de entrarem em "bola dividida" em capitais consideradas prioritárias por aliados do porte do PMDB ou do PSB. Caberá ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de apaziguar os ânimos onde houver conflito.

Apesar da preocupação do governo e do PT com o impacto do julgamento do mensalão nas campanhas - especialmente na de Fernando Haddad, em São Paulo, e na de Patrus Ananias, em Belo Horizonte -, a ordem é amenizar essa interferência. "As pessoas querem saber dos problemas de sua cidade", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ex-militante da Juventude do PT, Padilha é o mais requisitado da Esplanada pelos candidatos. Ele já gravou 104 vídeos para internet e TV e está até no You Tube. "Vou onde me chamam", desconversou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

INTERIOR

Marçal Filho é eleito em Dourados e Dr. Cassiano é o prefeito de Três Lagoas

Em Corumbá, o eleito foi Dr. Gabriel e, em Ponta Porã, o tucano Eduardo Campos se elegeu chefe do Executivo

07/10/2024 08h25

Fotos: Divulgação

Continue Lendo...

Com quase o dobro dos votos do principal rival, Marçal Filho (PSDB) ontem foi eleito prefeito de Dourados no primeiro turno.

Conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), o candidato tucano teve 60.418 votos (50,05% do total), contra 34.027 votos (28,19%) do atual prefeito Alan Guedes (PP), que tentava a reeleição.

O professor da Universidade Federal da Grande Dourados Tiago Botelho (PT) teve 14,78% dos votos (17.845). Marçal Gonçalves Leite Filho é natural de Dourados.

Nascido em 1964, o radialista e advogado é uma figura conhecida na política sul-mato-grossense.

Marçal já foi deputado federal e estadual e vereador de Dourados por dois mandatos (1992 e 2016). 

Em sua proposta de governo, ele defendeu bandeiras como redução da tarifa do transporte coletivo, investimento nas parcerias público-privadas, aprimoramento do serviço de saúde e ampliação da oferta de vagas da Rede Municipal de Ensino de Dourados, tanto nas escolas quanto nas creches.

TRÊS LAGOAS 

O candidato do PSDB, Dr. Cassiano Maia, foi eleito prefeito de Três Lagoas. Apoiado pelo atual prefeito, Angelo Guerreiro, do mesmo partido, e do time do ex-governador Reinaldo Azambuja, Dr. Cassiano confirmou o favoritismo apontado pelas pesquisas eleitorais. 

O TRE-MS dava o resultado como matematicamente definido, com 89,38% dos votos apurados. No fechamento das urnas, Maia teve 68,61% do total, com 38.076 votos.

Ruy Costa, do Democracia Cristã (DC), ficou em segundo lugar, com 28,88% (16.027 votos). Professor Vitor, do PSTU, teve 2,51% (1.392 votos). 

Dr. Cassiano é o atual presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas. A cidade é a terceira maior de Mato Grosso do Sul e polo econômico produtor de celulose.

CORUMBÁ

Gabriel Alves de Oliveira, o Dr. Gabriel (PSB), foi eleito prefeito de Corumbá. Com 100% das urnas apuradas, ele teve 28.394 votos, o que corresponde a 56,74% dos votos válidos.

O segundo colocado, Luiz Antônio Pardal (PP), teve 10.659 votos, o equivalente a 21,30%.

O candidato do PL, André Campos, teve 11,88% (5.944 votos). Último colocado, o ex-senador Delcídio do Amaral (PRD) teve 5.043 votos (10,08%). 

Gabriel Alves de Oliveira é médico e iniciou sua vida política em 2016, após ser eleito vereador por Corumbá.

Disputou o cargo de prefeito nas eleições municipais de 2020, mas acabou em terceiro lugar. Em 2022, concorreu para deputado estadual, mas não obteve votos suficientes e se tornou suplente.

PONTA PORÃ

O candidato do PSDB, Eduardo Campos, foi reeleito em primeiro turno como prefeito de Ponta Porã na tarde deste domingo.

Apoiado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, Campos venceu com tranquilidade o concorrente Pompilio Júnior (PL), confirmando seu favoritismo nas urnas do município que faz fronteira com o Paraguai.

Segundo informações do TRE-MS, Eduardo Campos obteve 51,76% dos votos (26.473 votos). Seu concorrente, Pompilio Júnior totalizou 29,71% dos votos (15.195).

O terceiro colocado nas urnas, Carlos Bernardo (PDT), obteve 15,97% dos votos (8.168). Já o candidato Álvaro Soares (Podemos) alcançou 2,75% dos votos (1.314).

O tucano Eduardo Campos é advogado, produtor rural e atuou como professor de Direito.

Ele também é especialista em Direito Tributário, foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local e conselheiro por dois mandatos no órgão. 

No início de 2023, Campos assumiu a prefeitura de Ponta Porã, após o então prefeito Hélio Peluffo se tornar secretário de Infraestrutura e Logística no governo de Eduardo Riedel (PSDB). (Colaboraram Eduardo Miranda e João Gabriel Vilalba)

Saiba

Somente Campo Grande, a capital do Estado, terá segundo turno nas eleições municipais deste ano. 

Assine o Correio do Estado

RENOVAÇÃO

PSDB e PP continuam com as maiores bancadas da Câmara

Os tucanos elegeram cinco vereadores, enquanto o PP fez quatro parlamentares

07/10/2024 08h15

Foto: Arquivo

Continue Lendo...

Após a apuração de 100% das urnas, o PSDB e o PP vão continuar com as maiores bancadas na Câmara Municipal de Campo Grande pelos próximos quatro anos. 

Os tucanos conseguiram eleger cinco vereadores – Silvio Pitu, Dr. Victor Rocha, Professor Juari, Flávio Cabo Almi e Papy –, enquanto o PP fez quatro vereadores – Professor Riverton, Maicon Nogueira, Delei Pinheiro e Beto Avelar.

Logo depois aparecem o PT, com três cadeiras – Luiza Ribeiro, Landmark e Jean Ferreira –, o PL, com três cadeiras – Rafael Tavares, André Salineiro e Ana Portela –, o União Brasil, com três cadeiras – Veterinário Francisco, Fábio Rocha e Dr. Lívio –, o Republicanos, com duas cadeiras – Neto Santos e Herculano Borges –, o MDB, com duas cadeiras – Junior Coringa e Dr. Jamal –, o Podemos, com duas cadeiras – Clodilson Pires e Ronilço Guerreiro –, o Avante, com duas cadeiras – Wilson Lands e Leinha –, o PSD, com uma cadeira – Otávio Trad –, o PDT, com uma cadeira – Marquinhos Trad –, e o PSB, com uma cadeira – Carlão.

O mais votado, com 8.567 votos, foi o ex-prefeito Marquinhos Trad, seguido por Rafael Tavares, com 8.128 votos. Marquinhos voltará à Câmara quase 20 anos depois de deixar o cargo de vereador, em 2007.

Eleito em 2005, ele deixou o cargo para se tornar deputado estadual e esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul por três mandatos consecutivos até 2016, quando foi eleito prefeito de Campo Grande. 

Em 2022, Trad renunciou ao mandato de prefeito para concorrer ao cargo de governador, mas terminou a campanha eleitoral derrotado. Voltou para a vida pública escolhido por 8.567 eleitores campo-grandenses. 

O segundo mais votado, Rafael Tavares, também engrossa o porcentual de renovação da Câmara, embora não seja parlamentar de primeiro mandato. Eleito deputado estadual pelo PRTB em 2022, ele foi cassado em março deste ano. Para ocupar cadeira no Legislativo municipal, obteve 8.128 votos.

A maioria dos eleitos é formada por homens. Apenas duas mulheres foram eleitas parlamentares, Luiza Ribeiro e Ana Portela – que foi eleita com ajuda do ex-presidente Jair Bolsonaro e do pai, presidente estadual do partido, o primeiro-suplente de senador Tenente Portela. “Obrigada a cada pessoa que acreditou no nosso trabalho e projeto. Vamos lutar por uma Campo Grande transparente. Obrigada, obrigada mesmo”, declarou Ana Portela.

Dos 29 vereadores que atualmente têm mandato, apenas Professor André Luis (PRD) não tentou a reeleição, enquanto os outros 28 se candidataram. Tiago Vargas teve a candidatura anulada sub judice, mas, mesmo assim, teve 2.895 votos, enquanto dos 27 que tiveram a candidatura deferida, 15 conseguiram votos suficientes para continuar na Casa de Leis por mais um mandato e 14 deixarão a Câmara no próximo ano, ou seja, uma renovação de quase 50%.

Dos 15 novatos, 9 são estreantes na vida pública, enquanto outros 5 voltarão ao Legislativo após uma breve parada. 
Entre os eleitos, estão de volta à Casa de Leis Francisco Gonçalves Carvalho, o Veterinário Francisco, André Salineiro, Herculano Borges e Dr. Lívio, enquanto Fábio Rocha, Flávio Cabo Almi, Neto Santos, Maicon Nogueira, Wilson Lands, Ana Portela, Landmark Ferreira, Jean Ferreira e Leinha serão vereadores de primeiro mandato.

O atual presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), foi o terceiro mais votado e vai para o quinto mandato representando a ala dos reeleitos, tendo sido eleito pela primeira vez em 2008. 

Dessa vez, ele obteve 6.912 votos. Silvio Pitu, também integrante da lista dos que foram mantidos na Câmara pelo eleitor, teve a quarta maior votação, com 6.409 votos. Ele assumiu seu primeiro mandato como vereador em 2020 e, antes disso, já havia ficado como suplente.

MAIS VOTADOS

O Correio do Estado conversou com Marquinhos Trad, que retorna à vida política após a derrota de 2022 como o vereador mais votado. 

“Para mim, é um reconhecimento da população em relação às injustiças cometidas contra a minha pessoa e a consagração dos serviços prestados pela cidade”, assegurou.

Sobre a possibilidade de tentar um cargo na futura Mesa Diretora da Casa de Leis, ele foi categórico: “Os 29 eleitos têm todas as condições técnicas para pleitear um cargo na Mesa Diretora”. 

O ex-prefeito ainda pontuou que os dois vereadores mais votados sofreram injustiças. “O eleitor reconhece isso, pois o que o jogo sujo da política distancia, o povo traz de volta”, analisou.

Marquinhos ainda destacou o fato de o candidato do PSDB não ter conseguido avançar para o segundo turno mesmo tendo a máquina do governo estadual ao lado. 

“O povo sabe quem estava por trás deles. O povo vomitou essa turma, assim como aconteceu no palco deles no lançamento da candidatura a prefeito”, disse, referindo-se ao fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB) ter vomitado durante o discurso que fazia no palco do candidato Beto Pereira (PSDB).

Sobre seu apoio para o segundo turno, Marquinhos Trad confirmou que vai continuar a campanha por Rose Modesto (União Brasil) e fez críticas à atual prefeita Adriane Lopes (PP), que assumiu o posto deixado por ele em 2022. 

“Estarei pelas ruas e os bairros fazendo campanha pela Rose, porque Campo Grande não merece uma gestora que deixa as prateleiras das unidades de saúde vazias. Recebo essa vitória com serenidade, é um recomeço e, com certeza, vamos buscar cada vez mais ampliar o acolhimento de pessoas”, pontuou.

REPARAÇÃO

O ex-deputado estadual Rafael Tavares, o segundo mais votado, também considerou sua vitória como uma reparação por parte da população à injustiça cometida contra ele na Assembleia Legislativa. 

“Estou muito feliz pela vitória, a direita em Campo Grande terá força e a Câmara Municipal jamais será a mesma. Sem padrinho político, sem tempo de TV e de rádio, conseguimos uma votação expressiva e vamos honrar cada voto conquistado”, disse ao Correio do Estado.

O vereador eleito ainda lembrou que, após ser o primeiro deputado estadual cassado em 45 anos de história da Assembleia Legislativa porque o PRTB cometeu abuso de poder e fraude na cota de gênero nas eleições gerais de 2022 em Mato Grosso do Sul, migrou para o PL do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Ele informou que Bolsonaro lhe deu o aval para que ingressasse no partido e até sugeriu a oportunidade de ser o candidato do partido a prefeito de Campo Grande, mas depois entendeu ser melhor caminhar ao lado do PSDB. 

REELEITO

A reportagem também conversou com Professor Riverton, que sai fortalecido da eleição e tem uma grande chance de disputar a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande caso a prefeita Adriane Lopes seja reeleita. 

“É um mandato que foi pautado principalmente na presença e cumprindo aquilo que eram as pautas da educação”, disse. Ele completou que acredita que a educação é a ferramenta de transformação da cidade, do Estado e do País. “Então, eu acredito que é fruto do nosso trabalho do dia a dia perto das pessoas. Isso só aumenta a nossa responsabilidade pela representatividade dos votos”, afirmou.

Riverton acrescentou que a sua vitória é uma resposta ao trabalho bem feito e por ter cumprido aquilo a que se comprometeu. 
“A gente fica muito feliz pela votação e a responsabilidade só aumenta”, reforçou, recordando que essa é a sua terceira eleição. “A primeira eu tive 645 votos, na segunda, 3.987, e agora, 6.271 votos”, concluiu.

(Colaborou Naiara Camargo)

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).