Política

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Dislexia não é doença

Dislexia não é doença

Redação

07/05/2010 - 06h51
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OSCAR ROCHA

Coloque-se na pele de alguém que, mesmo dominando a leitura, tem dificuldade na assimilação imediata da informação e, por isso, num concurso, no vestibular ou mesmo em sala de aula, precise de mais tempo para resolver as questões. Ou, então, no lugar de alguém que, mesmo não sendo portador de necessidades especiais ou analfabeto, precise de alguém que leia a prova para ele, caso contrário, não consegue realizar com eficiência o que foi solicitado. Saiba que, se vivenciar essas experiências, saberá o que sofre um disléxico.

O termo refere-se àqueles que têm dificuldade no aprendizado da linguagem, abarcando a leitura, a soletração e a escrita; em linguagem expressiva ou receptiva, em cálculos matemáticos, assim como na linguagem corporal e social. Mesmo estudado e divulgado, o transtorno ainda é motivo de debates, não sendo totalmente aceito por alguns setores da área médica. “Alguns profissionais alegam não existir, colocando-o como decorrente do distúrbio da aprendizagem, mas estudos científicos relacionados à anatomia, a aspectos neurológicos e funcionais estão mostrando o contrário”, enfatiza a psicóloga Maria Inez Ocanã De Luca, especializada em Neuropsicologia e integrante da Associação Brasileira de Dislexia, sediada em São Paulo.

No Brasil, não há levantamento sobre o número de pessoas com o transtorno. No exterior, calcula-se que os índices possam atingir de 8% a 15% da população. Para se identificar o disléxico é necessário avaliação de profissionais das áreas de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, além de exames neurológicos. Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.

Alfabetização
Um dos momentos mais importantes para se diagnosticar o transtorno é o início da vida escolar da criança. “O professor pode perceber quando a criança troca as letras ou os sons das palavras. Ou, então, a escrita é feita somente com letra de forma. É preciso ser dito que a dislexia não é uma doença, por isso não falamos em tratamento, mas sim em intervenção, que possibilitará ao disléxico criar estratégia para a aprendizagem. O professor pode dar alerta aos pais, para que a criança possa ser acompanhada por especialistas”, explica Maria Inez.

Detectado o problema, o professor pode criar mecanismos para que a criança tenha melhor rendimento em sala, como estabelecer maior tempo para realização da prova, ler e explicar o que está sendo solicitado. Em alguns casos, além da leitura e escrita, estabelecer outras maneiras de avaliação.
O disléxico pode ter problema de leitura e escrita, mas desenvolve outras atividades com grande eficiência. Quanto antes o quadro for observado, melhor, com isso pode-se evitar transtornos psicológicos à criança. “Há situações em que a criança fica abalada. É necessário evitar esse processo”.

Política

Tereza Cristina elogia escolha de Lula para presidir a COP 30 no Brasil

Senadora usou a rede social X para dizer que a escolha do embaixador André Lago como presidente merece ser comemorada

24/01/2025 18h31

Senadora Tereza Cristina disse que a escolha de Lula foi acertada

Senadora Tereza Cristina disse que a escolha de Lula foi acertada Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A senadora sul-mato-grossende Tereza Cristina (PP) elogiou a escolha do embaixador André Aranha Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, para presidir a a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA), em novembro.

O nome foi confirmado na última terça-feira (21) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"A escolha do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP merece ser comemorada, porque, além de toda sua competência, experiência e conduta equilibrada, é um diplomata que conhece nossas qualidades e enaltece o Brasil. Parabéns embaixador!", disse a senadora na rede social X.

"A COP 30, que se realizará em novembro, em Belém, pode ser a COP da sustentabilidade, não a  do desmatamento da Amazônia, como querem alguns. Temos problemas? Sim, mas temos muitas soluções e conquistas a mostrar ao mundo, capazes de confirmar que somos uma potência agroambiental", disse ainda Tereza Cristina.

André Aranha Corrêa do Lago disse que acredita que o Brasil terá um papel incrível na Conferência.

“É uma honra imensa e acredito que o Brasil pode ter papel incrível nessa COP. Agradeço também o resto do governo, porque a COP a gente vai ter que construir todos juntos. Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores que são essenciais na primeira formação do que o Brasil quer desta COP", afirmou Corrêa do Lago.

O presidente da COP 30 terá ao lado nos trabalhos a atual secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, nomeada diretora-executiva da COP 30.

Perfil

André Corrêa do Lago é bacharel em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981) e entrou na carreira diplomática em 1982.

Exerceu funções nas áreas de organismos internacionais, promoção comercial, cerimonial e energia. Serviu nas embaixadas em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires e na Missão junto à União Europeia, em Bruxelas

Desde março de 2023, é secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

Corrêa do Lago publicou livros e artigos sobre desenvolvimento sustentável e mudança do clima e é também crítico de arquitetura. É casado e tem quatro filhos.

COP 30

A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo.

A COP30 ocorrerá em novembro de 2025 na cidade de Belém, no estado do Pará, Brasil. A banda Coldplay deve fazer um show gratuito durante o evento.

Os principais temas a serem discutidos incluem:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa
  • Adaptação às mudanças climáticas
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento
  • Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono
  • Preservação de florestas e biodiversidade
  • Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas

Segundo o governo federal, a conferência representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global.

O evento permitirá ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20.

EM ALTA

Governador inicia ano com aprovação de 76,46% da população de Campo Grande

A pesquisa IPR/Correio do Estado foi realizada com 412 moradores do município no período de 20/1 a 22/1

24/01/2025 08h00

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) e Correio do Estado junto a 412 moradores do município de Campo Grande, entre os dias 20 e 22, revela que o governador Eduardo Riedel (PSDB) iniciou 2025 da mesma forma como terminou 2024, ou seja, em alta com a população campo-grandense.

Pelo levantamento do IPR/Correio do Estado, 76,46% dos entrevistados aprovaram a administração de Riedel, enquanto apenas 12,14% reprovaram e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

Além disso, para 38,35% dos moradores de Campo Grande a gestão do governador tucano é boa e para 5,58%, é ótima, enquanto 36,41% disseram que é regular, 3,40% que é ruim, 4,85% que é péssima e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

O estudo foi realizado com moradores de Campo Grande com 16 anos ou mais e o método de amostragem utilizado foi a amostragem por conglomerados e aleatória simples. 

A margem de erro considerada para essa pesquisa é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, sendo entrevistadas 412 pessoas entre os dias 20 e 22.

ANÁLISE

Para o diretor e coordenador do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, os números apresentados neste início do terceiro ano de administração de Eduardo Riedel demonstram que ele é um gestor fora da curva. 

“Digo isso porque, no sentido positivo, a aprovação dele foi de mais de 76%. Se você pegar a avaliação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva [PT], é quase o inverso”, pontuou.

Ele lembrou que, enquanto o presidente Lula tem apenas 26,28% de aprovação, o governador de Mato Grosso do Sul alcançou, no mesmo período, 76,46%. 

“A população está gostando do governo dele nesses dois primeiros anos de administração. E, por enquanto, assim, eles não veem fatores negativos para desaprovar”, assegurou.

Barbosa completou que Riedel está iniciando seu terceiro ano como governador de Mato Grosso do Sul e não há notícias de corrupção ou de má gestão. 

“O nosso Estado vai bem, obrigado. A economia, as pessoas se pautam muito pela economia, sul-mato-grossense está ótima. O Estado está gerando emprego, está crescendo. Então, isso propicia esse cenário positivo”, argumentou.

BEM AVALIADO

Na avaliação do diretor e coordenador do IPR, Riedel está com uma aprovação diferente dos demais políticos que estão em cargos eletivos em Mato Grosso do Sul e também em nível nacional.

“A maioria deles não está bem avaliada por inúmeras questões. Agora, Riedel consegue ter um amplo apoio popular até agora, com dois anos completos como chefe do Executivo estadual”, disse Barbosa.

Ele completou ainda que, nesse momento, o governador precisa verificar muito bem quais ações serão tomadas ao longo deste ano para checar se esse índice se mantém, cresce ou desce.

“Porque o ano que vem é ano de eleições gerais, e Riedel deve tentar a reeleição. Portanto, penso que as ações que ele tomar agora vão ser vistas com mais cuidado”, ponderou.

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