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CORRIDA ELEITORAL

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Mato Grosso do Sul tem sete deputados na disputa de eleições municipais

Ao todo, sete parlamentares do Estado, entre estaduais e federais, disputam o pleito em 2020

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No pleito de 2020, sete parlamentares estão disputando eleições para o cargo de prefeito em Mato Grosso do Sul. 

Desse montante, cinco são deputados estaduais e dois federais. Caso algum deles saia vencedor, vagas podem ser abertas tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara dos Deputados.

Entre os sete parlamentares, os dois postulantes federais são: Dagoberto Nogueira, lançado pelo PDT, e Loster Trutis, que pode disputar pelo PSL.

Ambos os deputados disputam o cargo do Executivo municipal em Campo Grande. A chapa do pedetista Dagoberto Nogueira traz como vice Kelly Costa. 

Caso seja eleito, quem assumirá sua vaga na Câmara dos Deputados será o primeiro suplente da sigla, Wilton Acosta (Republicanos).

O parlamentar do PSL ainda não está confirmado como candidato a prefeito. O deputado Loester Trutis se encontra em um imbróglio judicial com o vereador de Campo Grande Vinícius Siqueira.

A sigla trabalhava com o nome de Siqueira, porém o deputado federal Loester Trutis anunciou sua pré-candidatura de última hora e acabou vencendo o correligionário.

Em razão da manobra, a presidente estadual da sigla, Soraya Thronicke, destituiu o diretório municipal encabeçado pelo deputado federal.

No mesmo dia, ela e Siqueira protocolaram na Justiça impugnação da candidatura de Trutis.

No fim das contas, o nome da sigla na campanha deste ano será definido na Justiça. Mas caso o deputado do PSL Loester Trutis saia vencedor, quem pode receber uma cadeira no Congresso é Elizeu Dionízio (MDB).

ASSEMBLEIA

Na Casa de Leis do Estado, cinco parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) entraram na disputa por um cargo do Executivo municipal.  

Pelo PL, o deputado João Henrique Catan concorre à vaga na Capital, junto do advogado Jayme Magalhães Júnior (vice). Em caso de sucesso nas eleições, ele abre vaga para seu primeiro suplente, Paulo Duarte (MDB).  

Duarte também pode assumir vaga caso outro deputado seja eleito. Márcio Fernandes concorre à cadeira da Prefeitura de Campo Grande e é outro que pode deixar a vaga para Paulo Duarte, já que ambos são da mesma sigla, o MDB.

Quem concorre ao cargo de prefeito de Dourados, a segunda maior cidade do Estado, é o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha, pelo DEM. 

Já em Naviraí, o deputado Onevan de Matos (PSDB) é quem tenta, novamente, ocupar a cadeira do Executivo municipal.

Ambos têm as mesmas suplentes: caso consigam ser eleitos em seus respectivos municípios, quem pode assumir uma das duas cadeiras é Mara Caseiro (PSDB), primeira suplente de ambos. A segunda na linha sucessória é Dione Hashioka, do mesmo partido de Caseiro.

Por fim, se Pedro Kemp (PT) for bem-sucedido, quem poderá obter o mandato de parlamentar estadual é Amarildo Cruz, correligionário de Kemp.

REGRAS

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apesar de alguns candidatos terem mudado de sigla, eles ainda continuam como suplentes da chapa em que disputaram as eleições. Esse é o caso de vários postulantes ao cargos nas eleições de 2020.  

Aqueles que tinham mandatos como vereadores, por exemplo, aproveitaram a janela partidária para fazer a mudança de sigla. Portanto, para eles a regra também se aplica.

Segundo a advogada especialista em Direito Eleitoral Mariana Zorzo, esse regramento só não se aplica em caso de uma possível cassação por desvio eleitoral. 

“Nesse caso, todo os suplentes serão submetidos a uma recontagem de voto, realizada pelo TSE. Ou seja, caso esse fato não ocorra, se aplica a finalidade da Lei eleitoral vigente”.

TERRAS-INDÍGENAS

Em marcha, indígenas levam pautas sobre demarcação de terras ao Congresso

A marcha foi guiada por um trio elétrico, onde os indígenas dos seis biomas brasileiros e diferentes territórios relataram os problemas que enfrentam

23/04/2024 22h00

O requerimento para a sessão foi feito pela deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que também preside a sessão José Cruz / Agência Brasil

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Os movimentos indígenas marcharam nesta terça-feira (23) do ATL (Acampamento Terra Livre), no Eixo Cultural Ibero-americano, em Brasília, até o Congresso Nacional, onde participaram de uma sessão solene.

O requerimento para a sessão foi feito pela deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que também preside a sessão.

A marcha foi guiada por um trio elétrico, onde os indígenas dos seis biomas brasileiros e diferentes territórios relataram os problemas que enfrentam. As falas cobraram das autoridades políticas de demarcações de terras, mas também citaram descasos nas áreas de saúde, segurança e educação.

Ana Ruth Kokama, 36, conta que viajou de Amaturá (AM) a Brasília, por custo próprio, para participar do ATL pela primeira vez. Ela é representante dos povos indígenas do Alto Solimões e relatou as pautas da região no trio elétrico.

"A Constituição de 88 garantiu aos povos indígenas os direitos da terra, das tradições e costumes. E agora, fazem leis para tirar os nossos direitos e autorizar a criação de fazendas, hidrelétricas e mineradoras em nossos território. Os governos estaduais estão levando empresas para explorar nossas terras sem a nossa consulta", afirmou.

Sessão solene

Em coletiva de imprensa, antes da sessão solene, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que, apesar de o número de terras indígenas demarcadas no governo Lula (PT) até agora ser menos do que o ideal, ainda representa uma grande conquista diante da realidade do Estado brasileiro.

Ela lembrou que, em menos de um ano e meio de gestão, foram dez territórios homologados. Em comparação, foram 11 terras nos dez anos anteriores -o que inclui parte dos governos Dilma Rousseff (PT), o de Michel Temer (MDB) e o de Jair Bolsonaro (PL).

"Nós conseguimos, neste um ano e quatro meses, homologar dez territórios indígenas. É pouco? É pouco. Para o tamanho do passivo que tem no Brasil, precisa avançar ainda mais. Mas, em dez anos [anteriores], foram apenas 11 territórios demarcados", disse.

"Não pensem que isso é fácil, não pensem que é uma conquista pequena. É uma grande conquista, porque se dependesse da decisão e vontade do Estado brasileiro, nem essas [dez] teriam saído",completou.

Além de Guajajara e Xakriabá, participam da sessão na Câmara em homenagem ao movimento indígena, a presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) Joenia Wapichana, deputados e lideranças tradicionais, que se pronunciaram durante o evento.

 

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BOLSONARO-DENÚNCIAS

Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março

23/04/2024 20h00

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes Valter Campanato/ Agência Brasil

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (23) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o aprofundamento de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março.


A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a PF diz que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).

Para Gonet, apesar de "relevantes achados que constam do minucioso relatório final da investigação", ainda não há uma resposta do DoJ (o Departamento de Justiça dos EUA) a pedido Polícia Federal de "esclarecimento sobre se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estada no território norte-americano".

"É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte-americano", diz o PGR.

Ele afirmou também: "Seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio. Solicita-se, portanto, da digna Autoridade Policial a produção de desses informes, para o que se pede a devolução dos autos à Polícia Federal."

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes.

Gonet quer, ainda, a análise do conteúdo de dispositivos apreendidos com investigados, entre eles os de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração depois de ter sido preso.

O procurador-geral também quer que a PF faça análise de dados da quebra do sigilo telemático do celular do deputado Gutemberg Reis. Ele é suspeito de ter articulado a inserção de dados falsos nos cartões de vacina.

"Encontram-se igualmente pendentes de conclusão e de juntada aos autos os laudos periciais de informática e os relatórios de extração/análise de conteúdo da maioria dos dispositivos eletrônicos apreendidos nos autos", afirmou.


Em março, a defesa de Bolsonaro criticou o indiciamento e o chamou de precipitado.

À época, os advogados afirmaram que "não há fundada e objetiva suspeita de sua participação ou autoria nos delitos em apuração".

"Se qualquer pessoa tomou providências relacionadas às carteiras de vacinação do ex-presidente e de sua filha, o fez por iniciativa própria, à revelia de ambos, sendo claro que nunca determinaram ou mesmo solicitaram que qualquer conduta, mormente ilícita, fosse adotada em seus nomes."

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