Política

PANDEMIA

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Em meio a pandemia, 1,9 milhão de eleitores vão às urnas em Mato Grosso do Sul

Práticas de biossegurança para evitar o contágio e combate às notícias falsas são os maiores desafios

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Em um ano atípico, em que o mundo passou a enfrentar a pandemia de Covid-19, as eleições, que no auge do contágio chegaram a ser colocadas em jogo, finalmente acontecerão neste domingo (15), em uma situação, porém, totalmente nova para os eleitores brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, 1.932.293 eleitores estão aptos a votar nos 79 municípios e eles terão de ser submetidos a medidas de biossegurança como o distanciamento físico e a higienização constante das mãos. Em Campo Grande, são 612.487 eleitores.

O primeiro turno das eleições, que deveria ter ocorrido em 4 de outubro e foi adiado para este dia 15, ocorrerá desde que eleitores e mesários cumpram várias obrigações, como evitar ao máximo o contato com objetos e entre pessoas. Durante a votação, o uso de máscara será obrigatório, podendo o presidente da seção impedir o eleitor de entrar no recinto se ele não estiver usando o acessório de proteção.  

Além das medidas de biossegurança, que detalharemos adiante, as eleições ocorrem em meio a uma cruzada da Justiça Eleitoral contra as notícias falsas, algumas que lançam suspeitas contra o próprio sistema brasileiro de votação, e também em um momento em que as urnas eletrônicas brasileiras são exaltadas mundo afora, por causa de sua rapidez na contagem dos votos e da segurança oferecida no processo de votação.  

Em Mato Grosso do Sul, os eleitores terão a opção de escolher um dos 290 candidatos a prefeito e um entre os 8.071 candidatos a vereador. Um total de 419 candidatos para estes dois cargos estão em busca da reeleição.  

 

BIOSSEGURANÇA

Por causa da pandemia de Covid-19, a votação neste domingo (15) será diferente. Os locais de votação abrirão mais cedo, às 7h, e ficarão disponíveis para os eleitores votarem até as 17h.

A Justiça Eleitoral orienta que os eleitores idosos, com idade acima de 60 anos, votem entre as 7h e as 10h. Os eleitores de outras faixas etárias também poderão votar neste horário, porém, cabe ressaltar que a preferência sempre será dos mais idosos.  

As medidas de biossegurança também encorajam os eleitores que não são obrigados a votar, sobretudo os idosos com mais de 70 anos (adolescentes com idade entre 16 e 18 anos também não são obrigados) a comparecerem.  

“O Tribunal Superior Eleitoral nos orientou em um protocolo de segurança contra a pandemia e ele será aplicado em todas as seções eleitorais. Cumprido este protocolo, não teremos qualquer risco à saúde dos eleitores”, explica o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador João Maria Lós.  

“Nossas recomendações são: uso obrigatório de máscara, distanciamento social na fila para votação, levar um título de eleitor e documento de identidade, levar a cola, primeiro com o número do vereador e depois do prefeito, e levar o álcool em gel. Acredito que nós vamos ter uma eleição tranquila, que vai se desenvolver naturalmente”, acrescentou o presidente do TRE.  

A Justiça Eleitoral também recomenda que os eleitores fiquem atentos às mudanças nos locais de votação: confira a lista abaixo. Outra recomendação, para reduzir o contato com mesários, é que o eleitor baixe o aplicativo e-título. Ele valerá, inclusive, como documento de identificação para poder votar neste domingo. 

SEGURANÇA

Além da biossegurança, a segurança dos eleitores também está no planejamento estratégico destas eleições. Para isso, em sete municípios de Mato Grosso do Sul o Exército vai atuar, e em outros dois, no sul do Estado, a Força Nacional de Segurança Pública.  

A maioria do contingente responsável pela segurança no processo de votação, porém, virá das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. A Polícia Federal, por exemplo, fiscalizará os locais de votação para coibir crimes eleitorais, como compra de votos, nas seis cidades em que tem delegacia: Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Dourados, Ponta Porã e Naviraí.  

Já a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disponibilizou um efetivo de 4,5 mil servidores, que integram forças como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Civil, Superintendência de Inteligência e Coordenadoria Geral de Perícias.  

 

NOTÍCIAS FALSAS

Em meio ao esforço da Justiça Eleitoral para combater notícias falsas, ela mesma tem sido a maior vítima de fake news nesta reta final de campanha. Disparos em massa nas redes sociais questionam a segurança das urnas eletrônicas, todos eles sem prova alguma, conforme checado por agências independentes, como a Comprova, da qual o Correio do Estado é integrante.  

A contagem de votos mais lenta nos Estados Unidos, as dúvidas que o presidente Donald Trump, derrotado em sua tentativa de reeleição, levantou sobre supostas fraudes e a ressonância que Jair Bolsonaro e vários de seus seguidores dão a este discurso, com o questionamento constante do sistema eleitoral brasileiro, têm dado trabalho aos servidores do Judiciário e ao Tribunal Superior Eleitoral.  

“O processo eletrônico de votação possui mecanismos que garantem a sua segurança. Por exemplo, em termos de tecnologia, temos a assinatura digital dos programas e o resumo digital, que são códigos verificadores dos programas”, explica João Maria Lós.

“Durante toda a sua preparação até o momento da votação, a urna passa por uma série de testes e auditorias, todos eles públicos, transparentes e acessíveis às autoridades envolvidas no processo, candidatos, partidos políticos e a toda a sociedade, que podem acompanhar a lisura do processo”, complementa.

Lós finaliza ressaltando que nunca houve nenhum indício de falhas ou fraudes no sistema eleitoral eletrônico. “Além disso, até hoje não foram encontradas falhas na urna eletrônica que comprometam a segurança do processo eleitoral”.

O presidente do TRE também destaca que qualquer cidadão tem acesso aos boletins de urna na seção eleitoral antes de iniciar a votação – a zerésima, que comprova que não há votos na urna – e depois, quando os votos aos candidatos são detalhados.

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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