Política

ATUALIZAÇÃO

A+ A-

Em um mês, Mato Grosso do Sul "ganha" quase 80 mil eleitores

Número de aptos a votar no Estado subiu 4,1% entre maio e junho deste ano, segundo Justiça Eleitoral

Continue lendo...

O eleitorado de Mato Grosso do Sul ganhou 118.523 eleitores nos últimos quatro anos, quase 80 mil somente no mês passado. 

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), em 2018, o Estado abrigava 1.877.982 pessoas aptas a votar e, agora, são 1.996.505. Desse total, 79.962 “chegaram” entre os dias 31 de maio e 30 de junho, quando o número saltou de 1.916.543 para 1.996.505.  

Em Campo Grande, a evolução do eleitorado foi de quase 50 mil, passando de 591.374, em 2018, para 639.873, neste ano. Já em Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado, eram 156.373 votantes, quatro anos atrás, e atualmente são 169.040. Três Lagoas passou de 77.800 eleitores para 88.165, Corumbá, de 69.302 para 70.961, e Ponta Porã, de 63.352 para 70.278.

O último dia para regularizar o título eleitoral foi 4 de maio, e houve campanha intensa para que as pessoas buscassem sanar pendências com a Justiça Eleitoral para votar no dia 2 de outubro. Isso porque em 2018, última eleição de abrangência nacional, houve recorde de votos nulos, brancos e abstenções em todo o Brasil. 

Em Mato Grosso do Sul, 398.391 eleitores não foram às urnas no primeiro turno, e 427.749 se abstiveram no segundo turno. O total é maior do que o eleitorado das principais cidades do Estado, exceto Campo Grande.  

ESCOLARIDADE

Ainda conforme os últimos dados do TRE-MS, 25,6% dos eleitores aptos a votar em Mato Grosso do Sul têm Ensino Fundamental incompleto, seguidos pelos que têm Ensino Médio completo, 22,5%, Ensino Médio incompleto, 14,8%, Ensino Superior completo, 13,8%, Ensino Superior incompleto, 7%, Ensino Fundamental completo, 6%, que leem e escrevem, 6,39%, e analfabetos, 3,7%.

A faixa etária predominante entre eleitores do Estado está entre 25 e 34 anos, configurando 21%, seguida por 35 a 44 anos, com 20,6%, 45 a 55 anos, com 18,7%, 56 a 69 anos, com 17,3%, 18 a 24 anos, com 12,4%, 70 anos ou mais, 8,3%, e 16 a 17 anos, 1,4%. 

Vale lembrar que todo cidadão brasileiro na faixa etária de 18 a 70 anos é obrigado a votar. O voto é facultativo para jovens de 16 e 17 anos e idosos acima dos 70 anos. Os analfabetos também não são obrigados a ir às urnas.

CAMPO GRANDE

Na Capital, o eleitorado é composto da seguinte forma: Ensino Médio completo, 28,1%; Ensino Superior completo, 20,6%; Ensino Fundamental incompleto, 17,3%; Ensino Médio completo, 13,1%; Ensino Superior incompleto, 10,6%; Ensino Fundamental completo, 6,4%; lê e escreve, 2,4%; e analfabeto, 1,1%.  

A faixa etária com maior número de aptos a votar em Campo Grande é a de 25 a 34 anos, com 21,5%, seguida de 35 a 44 anos, com 21,2%, 45 a 55 anos, com 19,1%, 56 a 69 anos, com 17,8%, 18 a 24 anos, com 12%, 70 anos ou mais, com 6,8%, e 16 a 17 anos, com 1,3%.

VOTO FEMININO

Tanto no Estado quanto na Capital o número de mulheres votantes segue sendo maior. Após atualização dos dados, o total de eleitoras ficou em 1.047.054, ou seja, 52,4%, contra 47,5% de eleitores, que somam 949.451. Em Campo Grande, são 346.623 mulheres (54,1%) e 293.250 homens (45,8%).

Em Dourados, os números oscilam

Em Dourados, o número de eleitores sofreu grande alteração nos últimos anos. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), em 2018, eram 156.373 eleitores, em 2019, o número subiu para 153.853, em 2020, avançou para 164.395 e, em 2021, caiu para 132.321. Em 31 de maio, eram 142.215; um mês depois, em junho, 169.040 eleitores, alta de 18,8%.

Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

Continue Lendo...

O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

STF

STF diz que documentos divulgados nos EUA sobre despachos sigilosos de Moraes são meros ofícios

Os documentos divulgados pelos deputados republicanos reúnem mais de 500 páginas de ordens de Moraes

18/04/2024 14h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta quinta-feira, 18, que os documentos sigilosos vazados pela ala do Partido Republicano na Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos são apenas os ofícios enviados às plataformas para o cumprimento das ordens de remoção dos perfis, e não a íntegra das decisões devidamente fundamentadas que justificaram a medida.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", diz um comunicado divulgado à imprensa pela Secretaria de Comunicação do tribunal.

Os documentos divulgados pelos deputados republicanos reúnem mais de 500 páginas de ordens de Moraes. A maior parte dos despachos mantém a mesma estrutura discursiva. O texto padrão escrito pela equipe do ministro se repete em dezenas de atos, com prazo de duas horas para remoção dos perfis e multa diária de R$ 100 mil.

O ministro também exige das plataformas autuadas que prossigam com o envio dos dados de registro das contas para o STF, bem como a preservação do conteúdo postado pelos usuários - ou seja, que ele seja conservado para consulta posterior.

Para explicar o modelo de atuação de Moraes, o STF exemplificou que os despachos sigilosos divulgados seriam equivalentes a mandados de prisão - ou seja, o teor do documento apenas informa que uma ordem deve ser cumprida. A fundamentação jurídica apresentada pelo ministro para justificar as decisões são geralmente divulgadas em despachos separados, que não foram apresentado pelos deputados republicanos.

Antes de comunicar as contas que devem ser removidas pelas plataformas, Moraes informa nos despachos que "foi proferida decisão nos autos sigilosos em epígrafe". Contudo, é comum que alguns réus em processos relatados pelo ministro se queixem de não terem tido acesso à integra dos autos antes de sofrerem medidas cautelares. O ministro e o STF já negaram diversas vezes que esse cenário seja verdadeiro.

Um dos poucos casos em que Moraes apresentou no despacho os argumentos que o levaram a remover determinadas contas das redes sociais foi em relação ao perfil da "Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil" no X (antigo Twitter). O pedido para que a página fosse retirada do ar partiu da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob o argumento de que os seus administrados empreenderam "verdadeiro tumulto contra a Democracia brasileira, por intermédio dos seus perfis nas redes sociais".

Moraes acatou os argumentos da OAB e argumentou que as publicações feitas pela Ordem dos Advogados Conservadores ocorreram no contexto de atos antidemocráticos que visavam dar um golpe de Estado após a derrotada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Ainda de acordo com o ministro, as manifestações do perfil nas redes sociais se "revestem de caráter instigador" da invasão às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).