Política

PANDEMIA

A+ A-

Aumento de casos de Covid-19 pode adiar a escolha de novos ministros no STJ

A votação para as duas vagas existentes precisa ser realizada em sessão presencial

Continue lendo...

Dificilmente será retomado o trabalho presencial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) no início de fevereiro. Ministros estão preocupados com o aumento de novos casos de Covid-19.

Uma das consequências será o adiamento da votação das listas com candidatos a duas vagas de ministros no STJ, e dos nomes indicados para as vagas do novo TFR (Tribunal Regional Federal), em Minas Gerais. O STJ já havia decidido que as votações dessas listas deveriam ocorrer presencialmente.

Algumas turmas já teriam acertado que continuarão a fazer as sessões remotas, como é o caso, por exemplo, das Terceira e Sexta Turmas. 

Outras estão fazendo reuniões para deliberar a respeito. Os gabinetes estão se adequando e prorrogando o atendimento remoto.

Boa parte dos ministros pretende manter o sistema virtual, seguindo o exemplo do que foi resolvido na Câmara dos Deputados, que voltou ao modelo remoto de trabalho, medida que pode durar até o Carnaval.

A preocupação não é só com os ministros, mas também com servidores e com os advogados e partes, especialmente quem tem que tomar avião para se deslocar a Brasília.

Consultado pela reportagem, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, informou que uma resolução aprovada por unanimidade pelo plenário determinou o retorno presencial a partir de 1º de fevereiro. 

Qualquer mudança da resolução somente ocorreria após essa data, ouvindo-se os ministros por convocação extraordinária, explicou.

O retorno ao trabalho presencial foi regulamentado pela Resolução STJ/GP 33, de 26/11/2021.

Para ter acesso aos espaços físicos da corte, servidores, estagiários, colaboradores e o público externo deverão apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19, em meio físico ou digital (aplicativo ConecteSUS), do qual constem as duas doses da vacina ou a dose única, a depender do fabricante.

Martins está em período de férias e não quis fazer comentários. Ele deverá reassumir a presidência a partir de 1º de fevereiro, no início do ano judiciário de 2022.

"Até o dia 31 de janeiro, quem fala pela presidência do STJ e do Conselho da Justiça Federal é o ministro Jorge Mussi" [vice-presidente], informou Martins.

Martins foi diagnosticado com Covid-19 no dia 3 de janeiro. Cumpriu isolamento em sua casa e manteve trabalho remoto. Recebeu alta no dia 7.

Mussi começou a exercer a presidência no último sábado (15). Até o final das férias forenses, o vice-presidente comandará o STJ e analisará processos com pedido de medidas urgentes, além das matérias de competência da presidência.

Durante o período, Mussi estará presencialmente no tribunal para despachar, com o auxílio técnico das demais áreas do STJ.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

Continue Lendo...

O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

Continue Lendo...

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).