De hoje a domingo, às 18h30min, o Circo Escola Pantanal, de Campo Grande, apresenta o espetáculo “Primeiros passos”, montagem que marca a estreia de jovens circenses vindos de quatro escolas municipais da Capital. O trabalho é resultado da conclusão do primeiro módulo do curso de técnicas de circo. O patrocínio é do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) com orientação da profissional de educação física Alessandra Bringel Gomes Ioshida e do profissional circense Ulisses Nogueira. Em 40 minutos de apresentação, os alunos demonstram os primeiros passos que aprenderam no circo. “É um espetáculo dinâmico, no qual o público se movimenta pelas instalações da escola”, diz o dirigente do Circo Escola Pantanal, Ulisses Nogueira. Ele destaca que está em busca de novos parceiros para a realização do segundo módulo. O objetivo é oferecer aulas gratuitas para alunos da rede municipal de ensino, formando- os para o mercado de trabalho com noções de cidadania e arte. O Circo Escola Pantanal está localizado na Rua Engenheiro Roberto Mange, 829, Bairro Amambaí. Alunos Passeando no pátio da escola encontramos Andrielly da Silva, 11 anos, e Daniel Benitez, de 16 anos. O desafio deles é se equilibrar no cabo de aço para terem um bom desempenho no espetáculo. É difícil, mas eles parecem muito animados. A menina sempre gostou de ginástica e se encantava vendo os profissionais de circo. Ela conta que seus pais também são apaixonados pela arte. “Aqui no projeto estou aprendendo muito e melhorando minha resistência física. Vou fazer um número de equilibrismo, mas também adoro andar na perna de pau”, diz Andrielly. O garoto Daniel se apaixonou pelo circo assistindo a DVDs. Ele nem tinha ideia que havia uma escola circense em Campo Grande. Recebeu o convite no pátio do colégio. “Deve ser divertido”, pensou Daniel. Todos ficaram tímidos, mas ele não teve dúvidas. Aceitou o convite e, chegando em casa, a família questionou: “Por quê fazer circo Daniel?”. Depois de alguns meses de curso, vendo os resultados e mudanças, os familiares reconhecem que o projeto foi importante para o desenvolvimento físico e intelectual do adolescente. Daniel aprendeu que no picadeiro é preciso dedicar-se ao trabalho em equipe e se esforçar muito para ter bons resultados. “Aprendi para a vida. Se eu tiver um bom desempenho aqui acredito que no futuro terei uma carreira, quem sabe no Circo de Soleil”, sonha o jovem artista.