Política

ELEIÇÕES 2020

Ex-candidato ao Senado deixa PSDB e visa disputar prefeitura

Marcelo Miglioli foi secretário de Infraestrutura no primeiro mandato de Reinaldo Azambuja

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O ex-candidato ao Senado Federal e ex-secretário de Infraestrutura do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) Marcelo Miglioli vai deixar o ninho tucano na segunda-feira (7) para seguir com o Solidariedade. A informação sobre a saída de Miglioli da agremiação vem sendo divulgada nos bastidores da política desde que ele não conseguiu vaga no Senado Federal em 2018, ficando atrás de Nelson Trad Filho e Soraya Thronicke (PSL), que foram eleitos, e também atrás do candidato do MDB à reeleição, Waldemir Moka.  

Miglioli conseguiu o quarto lugar na disputa pelas duas cadeiras que estavam disponíveis para Mato Grosso do Sul no Senado. Ele teve 347.681 votos, cerca de 10 mil a menos que o já experiente ex-senador Waldemir Moka, que ficou em terceiro, com 347.427. Os eleitos foram Nelson Trad – mais votado – com 424.085 votos e a senadora Soraya Thronicke – com 373.712 votos.

De acordo com informações de bastidores, a relação com Reinaldo Azambuja e Marcelo Miglioli não ficou boa após a eleição. Porém, em entrevista ao Correio do Estado, o ex-secretário afirmou que comunicou o governador sobre sua saída do PSDB e que foi uma conversa amigável e o grande motivo para migrar para o Solidariedade é o fato de os tucanos não terem ainda um projeto com relação à Prefeitura Municipal de Campo Grande. 

“Eu respeito a postura do partido de não ter definição. Eu comuniquei o governador, foi uma conversa sadia, de dois amigos. Ele tem os compromissos dele com o prefeito, eu respeito a posição dele, e ele, a minha”, destacou, citando o acordo de Azambuja com o prefeito Marcos Trad (PSD) para a reeleição. Em 2018, o chefe do Executivo municipal declarou apoio à recondução do tucano ao cargo de governador de Mato Grosso do Sul, após um acordo para que o mesmo seja feito em 2020.

O interesse de Miglioli em disputar a Prefeitura Municipal de Campo Grande nunca foi um segredo. Ele afirmou que, caso dispute em 2020, será na majoritária. Concorrer para vereador está descartado pelo ex-secretário. Porém, a filiação ao Solidariedade não garante seu nome na urna. O partido tem também o deputado estadual e presidente da Executiva Municipal, Lucas de Lima, interessado em concorrer. 

“Eu que convidei o Miglioli.  Eu acho que toda pessoa que é filiada pode ser candidato, agora teremos a convenção no dia 26 e temos dois bons nomes, que é o do Lucas de lima e do Marcelo Miglioli”, destacou Lucas de Lima.

O presidente municipal disse ainda que é uma determinação da Executiva Nacional que o partido tenha um candidato a prefeito em cada capital do País. “Queremos um nome bom, determinação da nacional. Ainda não definimos vices”, ressaltou. 

Política

Tribunal de Justiça mantém suspensão do aumento salarial de Adriane Lopes

A Lei previa um aumento de 66% no salário da líder do Executivo e dos servidores. Com a decisão do TJMS, o salário da prefeita continuará sendo de R$ 21.263,62, e o da vice-prefeita, R$ 15 mil

19/03/2025 17h53

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul formou maioria pela manutenção da suspensão do reajuste de 66% no salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).

Foram três votos contra a suspensão do reajuste salarial, mas prevaleceu o voto do relator, o desembargador Vilson Bertelli.

Com isso, ficou mantida a decisão de que o reajuste só deve ser concedido a partir do próximo mandato, conforme o entendimento do então procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que considerou o aumento ilegal e inconstitucional.

Os salários ficaram definidos da seguinte forma:

  • Adriane Lopes: R$ 21.263,62
  • Vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (PP): R$ 15 mil
  • Secretários municipais: R$ 11,6 mil

Com a decisão, o aumento que faria o salário da prefeita “saltar” de R$ 21.263 para R$ 35.462 não ocorrerá mais.

Desenrolar do fio

A primeira tentativa de subir o salário da prefeita foi barrada no dia 10 de fevereiro, momento em que, o órgão especial do TJMS suspendeu tanto o aumento da prefeita quanto de outros servidores do funcionalisto público.

A decisão correspondia a lei 7.005/2023, assinada em fevereiro de 2023 pelo então presidente da Câmara Municipal Carlão Borges (PSB), e elevava não somente o salário de Adriane Lopes, mas também o de vice-prefeito para R$ 37.658,61, bem como o salário dos dirigentes de autarquias para R$ 35.567,50.

Como o comando da Câmara já temia esta possibilidade naquela ocasião, colocou em votação dois aumentos, mas em projetos separados. Com o primeiro derrubado, restou a Lei 7006/2023, que previa aumento para R$ 41,8 mil, que também foi derrubada

Em março de 2023, conforme acompanhou o Correio do Estado, com o reajuste, Adriane Lopes teria o maior salário entre os prefeitos brasileiros, de R$ 41,8 mil.

Na ocasião, a prefeita enviou representantes à Câmara de Vereadores para negociar um acordo que reduziria esse valor para cerca de R$ 35 mil.

Por fim, a prefeita ingressou na Justiça com um pedido de liminar para revogar a medida, alegando que a lei era inconstitucional porque não continha um estudo de impacto financeiro sobre os cofres públicos.

O TJMS, por sua vez, derrubou, por meio de uma liminar, a lei que previa um aumento de aproximadamente R$ 20 mil no salário da líder do Executivo.

** Colaborou Alison Silva e Neri Kaspary

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CAMPO GRANDE

Definidos os integrantes da CPI do Ônibus na Câmara; Confira os nomes

Os vereadores agora terão de eleger o presidente e o relator, que conduzirão os trabalhos por 120 dias

19/03/2025 16h31

CPI vai investigar irregularidades no serviço de transporte coletivo urbano prestado pelo Consórcio Guaicurus

CPI vai investigar irregularidades no serviço de transporte coletivo urbano prestado pelo Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (PSDB), o Papy, anunciou ontem a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades no serviço de transporte coletivo urbano prestado pelo Consórcio Guaicurus.

Nesta quarta-feira (19), os partidos concluíram a indicação dos cinco vereadores para integrar a CPI do Ônibus, como foi intitulada. Agora, eles terão de eleger o presidente e o relator, que conduzirão os trabalhos por 120 dias.

Conforme adiantou o Correio do Estado, o PL definiu a vereadora Ana Portela, enquanto o PP escolheu o vereador Maicon Nogueira. Já o União Brasil optou pelo vereador Dr. Lívio, que é autor de um dos dois requerimentos solicitando a abertura da CPI.

O PSDB, também conforme antecipado, abriu mão da vaga a qual eles tinham direito, para que o vereador Junior Coringa (MDB), que é o autor do primeiro requerimento pedindo a instalação da comissão, possa também fazer parte dos cinco membros.

Já o PT definiu como integrante a vereadora Luiza Ribeiro.

ENTENDA

Dois requerimentos de abertura de CPI foram apresentados à Mesa Diretora pelos vereadores Dr. Lívio (contendo 15 assinaturas) e Junior Coringa (contendo 12 assinaturas).

Ambos os pedidos foram analisados pela Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal de Campo Grande e receberam parecer favorável à instauração de procedimento investigatório, tendo em vista o cumprimento dos requisitos formais obrigatórios, como fato determinado e prazo certo.

De acordo com o procurador jurídico Luiz Gustavo Martins Araújo Lazzari, em seu parecer, “a eventual CPI a ser instaurada deve englobar ambos os requerimentos”, uma vez que os dois abarcam os mesmos fatos determinados.

Ambos os requerimentos apresentados buscam a apuração de eventual descumprimento do Contrato de Concessão nº 330, de 25 de outubro de 2012, tendo em vista as denúncias de má prestação de serviços pela empresa concessionária e a utilização de veículos em mau estado de conservação e com elevada idade.

Segundo Junior Coringa, “a prerrogativa do vereador é fazer a fiscalização do transporte público”. “Estou cumprindo com a minha obrigação, que é fazer a fiscalização. Hoje existe muita reclamação do transporte coletivo”, afirmou.

Para Dr. Lívio, “o objetivo da CPI é expor as responsabilidades do Consórcio Guaicurus, expor as responsabilidades da prefeitura, para, a partir daí, esse relatório ser construído e então encaminhado ao MPMS [Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul] e para o TCE-MS [Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul]”.

“A Câmara não tem esse papel de obrigar a fazer, mas sim de expor um processo de investigação”, detalhou o vereador.

O presidente Papy destacou que os temas que serão apresentados na CPI ficarão exclusivos na investigação, não podendo ser adicionados novos temas. 

“Essa CPI tem o objetivo de atender a população de forma coletiva, atender quem usa o transporte coletivo, 
que é quem vamos defender nessa investigação do transporte, tão importante para a nossa cidade. A Câmara está ao lado das pessoas, pensando sempre no bem-estar da nossa gente”, assegurou.

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