Política

Roberto Jefferson

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Família Trad é acusada de receber auxílio de R$ 600, senador nega e vai à Justiça

Nota sobre a situação frisa que nenhum 'parente de sangue' da família recebeu o auxílio e que caso se trata de fraude e fake news

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A terça-feira (23) amanheceu já com polêmica vindo de Brasília (DF) após o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, acusar a família Trad, dos sul-mato-grossenses Nelson Trad Filho (senador), Fábio Trad (deputado federal) e Marcos Trad (prefeito de Campo Grande) de receber os R$ 600 do auxílio emergencial.

Pouco após às 7h, Jefferson usou sua conta no Twitter para fazer a acusação e manifestar que tal situação era uma vergonha. "Deus nos deu um livramento, quando o senador Nelson Trad Filho, irmão do prefeito de Campo Grande, MS, deixou o PTB. Toda a sua família, bem posta na vida, recebeu o auxílio emergencial", escreveu o ex-deputado.

Ele frisa ainda que às três parcelas do auxílio foram pagas pelo Governo Federal. "Uma vergonha, o senador deve uma resposta ao Brasil". Contudo, já mesmo nessa manhã, um dos integrantes da família, o senador Nelson Trad Filho, reagiu às acusações, negando todas elas e afirmando que tudo se trata de uma fraude e de fake news.

"Sobre essa acusação falsa de que existem pessoas da minha família que receberam o auxílio emergencial do Governo, não existe nenhum parente consanguíneo meu que recebeu esse benefício", destaca Trad Filho em nota oficial sobre o caso.

Ele ainda destaca que irá nesta tarde à Polícia Federal e também vai procurar a Polícia Legislativa do Senado para fazer uma queixa, crime sobre a situação. Uma averiguação também deve ser feita na Caixa Econômica Federal para descobrir de quem são os cadastros aos quais, Roberto Jefferson usou para acusar a família do senador.

"Isso é fraude! Tanto os autores quanto os responsáveis por disseminar essa fake news irão responder na Justiça pelos seus atos", frisa Trad Filho. Ele e seus irmãos, além de seu sobrinho, o vereador Otávio Trad, são filiados ao PSD, partido que assim como o PTB de Jefferson faz parte do Centrão, ala parlamentar que apoia Jair Bolsonaro.

Contudo, Fábio Trad já se posicionou inúmeras vezes contra o atual Governo e já admitiu publicamente que, apesar do partido se aliar à Bolsonaro, ele não seguirá as instruções da sigla nesse sentido e vai continuar trabalhando "de forma independente".

Homônimo à parente e retaliação de alvo da PF

De acordo com o apurado pela reportagem, um dos nomes encontrados e que motivaram Jefferson a vir à público atacar a família Trad foi o de Trad Assaf Neto. Contudo, por ora, a informação é que os CPFs do Assaf que está na lista não é o mesmo do advogado homônimo e primo de Nelson, Fábio e Marcos Trad.

Questionado se a situação poderia se tratar de uma retaliação à posição parlamentar adota, Fábio Trad disse que "nenhum a hipótese pode ser descartada. "Nelsinho Ligou para o presidente da Caixa, que lhe disse que fraudes como esta vem ocorrendo com frequência", explica o deputado peessedista.

Recentemente, a casa de Roberto Jefferson foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal justamente em operação de combate às fake news, despertando a fúria do mesmo em postagens realizadas nas redes sociais, onde rotineiramente vem se aparecendo como fiel defensor de Bolsonaro e por atacar adversário do presidente.  

Jefferson ficou conhecido nacionalmente quando era deputado federal, também pelo PTB, e denunciar o esquema do Mensalão no governo Lula. O parlamentar fazia parte da base do petista e também recebeu a mesada mensal de R$ 30 mil para aprovar projetos de interesse do Executivo. O petebista chegou a ser condenado judicialmente e perdeu o mandato.

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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