Política

ELEIÇÕES 2022

A+ A-

Fator "grupo" pesou na escolha de Barbosinha como vice de Riedel

Barbosinha soube que seria vice de Riedel faltando uma hora para a convenção; proximidade com tucanos pesou na escolha

Continue lendo...

A escolha do deputado estadual José Carlos Barbosa, Barbosinha (PP), como vice da candidatura de Eduardo Riedel (PSDB) ao governo do Estado foi definida na hora anterior à convenção tucana, e os fatores que pesaram na decisão do partido estão ligados ao fato de Barbosinha integrar o grupo de Riedel e de Reinaldo Azambuja (PSDB) há oito anos.  

Barbosinha chegou a ser listado como candidato à reeleição na convenção do PP, que ocorreu uma hora antes da convenção tucana, enquanto outro representante da região de Dourados, o bispo Marcos Vitor (Republicanos), era o mais cotado para ser vice de Eduardo Riedel na noite anterior.

Na hora H, as lideranças tucanas optaram por um político de Dourados que está há mais tempo no círculo de relacionamento, como Barbosinha, que atualmente é o líder do governo na Assembleia Legislativa.  

A aliança com o Republicanos foi mantida, e o PSDB teria feito um novo acordo com o grupo ligado a Marcos Vitor, que nas eleições de 2018 foi vice de Odilon Oliveira.  

Além de Vitor, também estavam cotados outros dois nomes do Republicanos: Bruna do Terra, que acabou sendo lançada a deputada estadual e só não foi vice por não ter a idade mínima necessária para o cargo, e Sayuri Baez.  

A ligação que  mudou tudo

O deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), comentou o bastidor da escolha de seu nome para ser vice de Eduardo Riedel (PSDB) na disputa pelo governo do Estado. Ele amanheceu naquela sexta-feira (5) com a certeza de sua candidatura à reeleição.

No entanto, um telefonema foi o primeiro passo para a mudança do rumo de sua missão política. Ele foi chamado para uma reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e com Riedel.  

“Foi uma conversa rápida”, comentou Barbosinha. Só foi o tempo de Azambuja convidá-lo para ser vice de Riedel e de sua resposta. “Eu disse sim”, respondendo ao pedido para compor a chapa de Riedel.

Ele admitiu ter sido surpreendido com a proposta, porque nunca imaginaria que, ao sair de casa para ir à convenção do PP e depois do PSDB, uma mudança de caminho estava sendo preparada para a sua jornada eleitoral.  

“A escolha do meu nome aconteceu poucas horas antes da convenção”, afirmou Barbosinha. Por essa ele não esperava, porque na noite de quinta-feira (4) o Republicanos aprovou, em convenção, a indicação do bispo Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra, para ocupar a vaga de vice na aliança com o PSDB.  

Para Barbosinha, a chapa de Riedel já estava completa, não havia mais nada a se discutir. E ele não esperava ser chamado para ser vice horas antes da convenção do PP, seu partido, e do PSDB.

DEMORA PARA DEFINIÇÃO

Os caciques do PSDB demoraram para escolher um vice por falta de consenso. Vários nomes foram colocados para avaliação. Um deles era o da deputada estadual Mara Caseiro (PSDB). Era uma forma de abrir espaço para a mulher.

Porém, não houve entendimento. Depois, o partido discutiu a indicação do deputado estadual Marçal Filho (PSDB) para compor a chapa, por representar o segundo maior colégio do Estado, a Grande Dourados.

Outros nomes foram submetidos à avaliação dos caciques tucanos. E na véspera da convenção foi apresentado o nome do bispo Marcos Vitor (Republicanos), também da Grande Dourados, além de Bruna do Terra e de Sayuri.  

O seu nome chegou a ser aprovado para ser o parceiro de chapa de Riedel. O que se viu foi o bispo ter ido dormir vice e acordado fora da chapa, sem muita explicação. Os tucanos foram atrás de Barbosinha, também da Grande Dourados.

Quando os tucanos e seus aliados buscavam um vice para Riedel, Barbosinha estava percorrendo o Estado atrás de apoio para a sua reeleição. Ele disse que até imaginou ser vice quando se cogitava alguém de Dourados.  

“Eu tinha essa intuição”, afirmou. Porém, como ninguém falava de seu nome e até nas constantes conversas com Azambuja não havia sinal de convite, o parlamentar procurou cuidar de sua reeleição. E tudo mudou no dia da convenção. “Por esta não esperava”, enfatizou.

Política

Gonet defende extinção de queixa de Bolsonaro contra Lula por injúria e difamação

O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa

18/03/2024 21h00

Carlos Moura/SCO/STF

Continue Lendo...

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu em manifestação na última sexta-feira (15) a extinção de queixa-crime movida no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) por suposta difamação e injúria. O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa.

Bolsonaro afirma que o petista cometeu os crimes ao sugerir durante discurso que o ex-presidente seria o verdadeiro dono de uma mansão na Califórnia (EUA) ligada ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e agora delator.

A petição de Bolsonaro foi apresentada ao STF em outubro do ano passado e, no início deste mês, o relator do caso, ministro Luiz Fux, pediu a manifestação da PGR sobre o assunto.

Em discurso feito em maio de 2023, durante cerimônia de assinatura do decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, Lula falava de corrupção no governo anterior quando acrescentou:

"Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo", disse o petista.

Na explicação dada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, a mansão localizada no sul da Califórnia, comprada por US$ 1,7 milhão, está registrada em nome de Cid Family Trust, empresa de propriedade de Daniel Cid, irmão de Mauro Cid.

Os advogados afirmam que Daniel Cid tem "uma longa e consolidada carreira no setor de tecnologia e segurança digital na Califórnia, com a qual fez fortuna de maneira completamente lícita".

"O patrimônio de Daniel não foi construído subitamente, sendo calcado em um extenso histórico profissional que não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid", continuam eles.

Bolsonaro afirma que a declaração de Lula foi leviana e falaciosa e, além de pedir a condenação por injúria e difamação, o ex-presidente cobra uma retratação pública, sob pena de multa.

Ao analisar a queixa-crime, o ministro Luiz Fux abriu prazo para manifestação da PGR, mas antecipou que o artigo 86 da Constituição Federal atribui imunidade processual temporária ao presidente da República durante o exercício do mandato, em relação a crimes comuns e sem relação com as funções no Planalto.

Gonet também citou o artigo e defendeu a extinção da queixa-crime "por ausência de condição de procedibilidade", em parecer assinado nesta sexta-feira (15).

Segundo o procurador-geral da República, não se trata de "irresponsabilidade penal", e sim de "imunidade temporária à persecução penal".

"As condutas narradas, por serem estranhas às suas funções, invocam a aplicação da imunidade constitucionalmente conferida ao presidente da República e impedem a instauração da ação penal, enquanto não cessar o respectivo mandato", escreve Gonet.

    

Política

Pedrossian Neto abandona sonho e menciona sentimento de traição após apoio de Nelsinho Trad ao PSDB

Até então pré-candidato pelo PSD, deputado estadual publicou nota após descobrir que o presidente estadual da sigla apoiaria outro partido

18/03/2024 17h50

Divulgação

Continue Lendo...

Após o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, anunciar apoio ao PSDB para a disputa pela prefeitura de Campo Grande, o até então pré-candidato, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, publicou uma nota anunciando o adiamento do sonho de assumir a Prefeitura de Campo Grande e apontando traição à militância do partido.

Ao iniciar o texto, o deputado destaca que a política é feita de "sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes", e relata que apresentou a pré-candidatura por acreditar que Campo Grande poderia ser "tratada com mais dignidade e respeito" e que ela "pudesse voltar a ser capital onde todos sentimos orulho de morar".

No entanto, nas palavras de Pedrossian Neto, "esse sonho terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos".

Isso porque Nelsinho Trad declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Segundo a nota, Pedrossian Neto ficou sabendo da mudança de apoio do partido através da imprensa, já que o Correio do Estado havia adiantado a composição no dia 11 deste mês.

"Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria", afirmou.

O deputado estadual declarou ainda que a falta de confiança no trabalho por parte do partido "trai" o sentimento de grande parte da militância. Confira:

"E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas. Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força", diz texto.

A nota acrescenta ainda que o apoio de Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral só será definido "após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados".

Confira a nota na íntegra

"A política é feita de sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes. 

Apresentei minha pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por acreditar que a cidade que eu amo, o lugar onde eu nasci e onde crio meus filhos, poderia ser tratada com mais dignidade e respeito. E que sobretudo ela pudesse voltar a ser a capital onde todos sentimos orgulho de morar. 

Unifiquei o meu partido, o PSD, em torno desse projeto, buscando quadros novos, lideranças promissoras, gente que pudesse não apenas disputar e vencer eleições, mas sobretudo contribuir com a construção de uma cidade melhor. 

Esse sonho, no entanto, terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos. 

Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria. 

E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas.

Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força.

Diante disso, nos termos do estatuto do partido, em obediência a lei eleitoral, e na qualidade de presidente municipal do PSD, afirmo que o apoio do deputado estadual Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral somente será definido, em momento oportuno, após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados. 

Ademais, temos uma chapa de pré-candidatos a vereador, com fortes lideranças em inúmeros segmentos, que precisa ser consultada e preservada. Política se faz coletivamente.

Manteremos o diálogo e as portas abertas, como sempre fizemos, com todos aqueles que saibam respeitar o partido e que partilhem de nossas visões e projetos para a nossa cidade. 

Pedrossian Neto,
Campo Grande, 18 de março de 2024."

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).