Política

SOB NOVA DIREÇÃO

Flávio Kayatt deve ser eleito presidente do TCE-MS no próximo dia 17

Atual presidente da Corte, conselheiro Jerson Domingos publicará na segunda-feira edital de convocação para a eleição

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Após a pacificação entre os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), o atual presidente, conselheiro Jerson Domingos, informou ao Correio do Estado que publicará na edição desta segunda-feira do Diário Oficial Eletrônico da Corte de Contas a convocação para eleição e registro da chapa de consenso, cujo nome para ocupar a presidência no biênio 2025-2026 será o do conselheiro Flávio Kayatt.

Com isso, a eleição para o novo Conselho Deliberativo do TCE-MS será no dia 17 de dezembro e terá, além de Kayatt como presidente, os conselheiros Jerson Domingos e Marcio Monteiro como vice-presidente e corregedor-geral, respectivamente.

Além disso, conforme a Deliberação TCE-MS nº 88, publicada no Diário Oficial Eletrônico de quinta-feira, o mandato da atual diretoria da Corte de Contas foi prorrogado para o dia 31 de janeiro de 2025, graças à alteração do artigo 26 do regimento interno, aprovada por unanimidade na sessão extraordinária do Pleno, convocada e presidida pelo conselheiro Jerson Domingos.

Conforme relatado pelo conselheiro Marcio Monteiro, a Proposição da Corregedoria-Geral nº 1 "encontra amparo na prerrogativa conferida ao conselheiro corregedor para substituição de matéria administrativa ao Tribunal Pleno, a quem incumbe a alteração do seu regimento".

Com a alteração, o novo corpo diretivo do TCE-MS, a ser eleito em sessão especial no dia 17 de dezembro, deverá ser empossado no dia 1º de fevereiro de 2025. Para a nova eleição, necessariamente, a nova chapa tem de ser formada até 15 dias após o anúncio do edital, a ser publicado no Diário Oficial Eletrônico de segunda-feira.

Na quarta-feira, Jerson Domingos disse ao Correio do Estado que não ficaria na presidência por força de regimento, pois seria um desgaste muito grande dentro do TCE-MS. 

"Estou aberto à conversação e, para mim, o que deve prevalecer é a instituição, e não o meu ego. Não tenho problema nenhum com a candidatura do Kayatt ou do Marcio para presidente, pois já provei a minha competência no cargo", declarou.

Porém, na sexta-feira, o conselheiro disse à reportagem que tudo estava harmonizado na Corte de Contas e, em razão disso, publicaria na segunda-feira o anúncio do edital da eleição, portanto, ele ficará à frente da presidência do TCE-MS até o dia 31 de janeiro de 2025.

NOVO COMANDO

Em entrevista ao Correio do Estado, o futuro presidente da Corte de Contas, conselheiro Flávio Kayatt, disse que o TCE-MS está vivendo uma fase de transição muito difícil, em razão do afastamento dos conselheiros Osmar Jeronymo, Iran Coelho das Neves, Waldir Neves e Ronaldo Chadid, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Na minha gestão, pretendo ser o mais discreto possível, mas dar continuidade ao avanço impetrado pelo conselheiro Jerson. Há muitas áreas dentro do Tribunal que melhoraram acima da média na administração dele, como, por exemplo, a relação com os servidores. O Jerson criou uma harmonia com os funcionários que deixou o TCE-MS leve e participativo, algo que pretendo dar continuidade", afirmou Kayatt.

O conselheiro acrescentou que o atual presidente foi muito assertivo quando descentralizou as responsabilidades. "A parte administrativa, por exemplo, ele deixou para o Osmar [Jeronymo] e para o Marcio [Monteiro]. Além disso, o Jerson investiu pesado em ferramentas tecnológicas para deixar o Tribunal [de Contas] do Estado na vanguarda", recordou.

Flávio revelou que, em função dos investimentos da atual gestão, o número de processos diminuiu consideravelmente. "Por isso, o que está dando certo vou continuar. Também pretendo conversar com os técnicos do TCE-MS para criar uma sala com a função de auxiliar os prefeitos na elaboração da prestação de contas", adiantou.

Ele explicou que a ideia é de aprimorar o processo na análise prévia, pois, "se o embrião for fecundado corretamente, o contrato vai nascer certo e o gestor municipal terá menos problemas, consequentemente, os nossos técnicos terão pouco trabalho".

"Então, se a gente tiver uma sala toda digitalizada, o prefeito nem precisará vir até o TCE-MS. Nesse sentido, pretendo trabalhar nessa aproximação com os gestores do Estado, que estão querendo fazer a coisa certa. Acredito que, no fim, a população também vai ganhar, pois teremos redução na quantidade de contas reprovadas", projetou o futuro presidente. 

Kayatt assegurou ao Correio do Estado que tem como objetivo mudar para melhor a relação da Corte de Contas com os jurisdicionados. "A imagem do Tribunal punitivo não quero ter, pretendo fazer com que os prefeitos não enxerguem a Corte como um 'bicho-papão'. Eu já fui prefeito de Ponta Porã e sei como era engessada a relação do município com o TCE-MS", recordou.

Outra medida que o futuro presidente do TCE-MS pretende dar continuidade após ser eleito é a manutenção dos concursos públicos. "Vou dar continuidade, sim, pois precisamos de mais um conselheiro substituto e de auditores de contas também. Por isso, espero que os nossos jovens fiquem atentos e que estudem para preencher as vagas que serão abertas", finalizou.

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Política

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS

Além da rejeição de contas e a devolução do dinheiro, a futura chefe do Executivo também pode ter o mandato cassado e ficar inelegível após o trânsito julgado do processo

12/12/2024 17h00

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS Reprodução: Instagram

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A prefeita de Eldorado, Fabiana Maria Lorenci (PP), deverá devolver R$ 92,7 mil aos cofres públicos. A reprovação de contas aconteceu depois da comprovação de diversas irregularidades na utilização do recurso proveniente do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como “Fundão Eleitoral”. 

Além da rejeição de contas e a devolução do dinheiro, a futura chefe do Executivo também pode ter o mandato cassado e ficar inelegível após o trânsito julgado do processo. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (11) e seguiu o parecer técnico da unidade de contas e do Ministério Público Eleitoral. 

Conforme a sentença da juíza Raíssa Silva Araujo, da 25ª Zona Eleitoral de Eldorado, foi declarada doação de R$ 3.000,00 na prestação de contas, cujos dados do beneficiário no comprovante de depósito apresentado, não coincidem com os dados da prestadora, tampouco há registro do valor creditado na conta Outros Recursos da campanha.

Foram realizados repasses de recursos recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha-FEFC, num total de R$ 35.699,00, a candidatas e a candidatos de outros partidos não pertencentes à mesma coligação ou não federados ou coligados.

Outros R$ R$ 30.184,00 foram de repasses de recursos recebidos do FEFC a candidaturas masculinas.

“A prestadora não declarou em sua prestação de contas doações estimáveis em dinheiro relativas à contratação de material gráfico, confeccionado em“dobradinha”. Não apresentou as notas fiscais dos serviços contratados pelos candidatos acima nominados, tampouco há documentos que corroborem as declarações juntadas aos presentes autos, no que diz respeito ao trabalho realizado pelos cabos eleitorais”.

Por fim, foram realizadas despesas com combustíveis, pagas com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha-FEFC, no montante de R$3.382,00 sem registro de cessão ou locação de veículo para uso na campanha.

Ainda foi identificada divergência entre os dados de fornecedores/prestadores de serviços declarados na prestação de contas, cujos cheques emitidos para pagamento/transferências eletrônicas foram sacados/efetuadas por/para terceiros, de acordo com os dados constantes nos extratos eletrônicos da conta do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Segundo a Justiça Eleitoral, os documentos apresentados pela prefeita eleita ocorreram fora do prazo e não puderam ser analisados, pois o parecer conclusivo da prestação de contas já estava finalizado.

Diante dos fatos, a juíza Raíssa Silva Araujo desaprova as contas da campanha 2024, no município de ELDORADO/MS, tendo em vista irregularidade na comprovação da utilização do recurso oriundo do Fundo Especial de Financiamento de Campanha - FEFC.

Ficou determinada a devolução do valor de R$92.765,00 à conta única do Tesouro Nacional, mediante pagamento de Guia de Recolhimento da União - GRU, no prazo de cinco (5) dias, após o trânsito em julgado, garantida a intimação pessoal do devedor por meios eletrônicos.

Política

Projeto de castração de pedófilos é aprovado na Câmara em votação que divide a bancada de MS

O projeto foi aprovado nesta quinta-feira (12), por 267 votos favoráveis e 85 contrários

12/12/2024 16h45

Reprodução Câmara dos Deputados

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei (3976/20) que cria o Cadastro Nacional de condenados por pedofilia, com uma emenda que estabelece a castração química de pessoas condenadas por pedofilia.

Na bancada federal sul-mato-grossense, foram quatro votos favoráveis e três contrários ao projeto.

O PL, de autoria do deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos-MS), propunha a criação de um Cadastro Nacional de condenados pelo crime.

Ainda segundo o texto, o preso com condenação em trânsito, quando não couber mais recurso, terá os dados e fotos incluídos no sistema, que ficarão centralizados em uma única plataforma sob controle do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Jabuti

A emenda que trata da castração química foi de autoria do deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP). O projeto foi aprovado na Câmara Federal com 267 votos favoráveis, 85 contrários e 14 abstenções.

O texto imputa que a castração seja feita com o uso de medicamentos inibidores da libido, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e considerando todas as observações relativas a possíveis contraindicações médicas.

A proposta foi inserida durante a votação de um projeto que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer o cadastro nacional de pedófilos.

A emenda inclui os seguintes parágrafos:

"A castração química será aplicada cumulativamente às penas já previstas para os crimers mencionados no caput deste artigo.

a medida prevista no parágrafo 1, do caput deste artigo, será realizada mediante o uso de medicamentos inibidores da libido, nos termos de regulamentos pelo Ministério da Saúde observando-se as contraindicações médicas"

Veja como votaram os deputados de MS

  • Marcos Pollon (PL) - Sim
  • Rodolfo Nogueira (PL) - Sim
  • Dr. Luiz Ovando (PP) - Sim
  • Beto Pereira (PSDB) - Sim
  • Dagoberto Nogueira (PSDB) - Sim
  • Camila Jara (PT) - Não
  • Vander Loubet (PT) - Não
  • Geraldo Resende (PSDB) - Não


O Centrão orientou a liberação de bancada, mas houve bate-boca entre parlamentares do PL e outros pares da Casa, que alegaram que aqueles que votaram contra seriam "protetores de estuprador".

PSB, PSOL, Rede e Sustentabilidade orientaram os deputados a votarem contra a proposta, argumentando que a emenda tirou o contexto da proposta inicial do projeto.

Também liberaram a bancada: PT, PCdoB e PV. No entanto, o governo orientou o voto contrário ao projeto de lei.

O texto segue para o Senado Federal, onde será apreciado pelos senadores, e, somente após aprovação, irá para sanção presidencial.

Classificação


A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a pedofilia como transtorno da preferência sexual e enquadra como pedófilos adultos que têm preferência sexual por crianças, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade.

“Os crimes que levarão ao registro dos autores no cadastro nacional de pedófilos são exclusivamente aqueles relacionados à violência sexual praticada contra crianças e adolescentes”, explicou Delegada Katarina no parecer aprovado.

Entre esses crimes estão: estupro de vulnerável; corrupção de menores; exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável; e delitos praticados por meios digitais, como produzir, armazenar, divulgar ou expor vídeo de sexo envolvendo criança ou adolescente.

 

**Com informações da Agência Câmara de Notícias

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