Política

ASSEMBLEIA

Frente Parlamentar discute isentar hospitais de impostos

Em reunião realizada nesta quarta-feira (7), parlamentares organizam projeto que visa reduzir impostos em insumos e isentar taxas sobre a energia elétrica

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Em reunião realizada nesta quarta-feira (7), organizada pelo coordenador da Frente Parlamentar de Defesa das Santas Casas e Filantrópicos, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD), foi debatido a possibilidade de redução ou isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), bem como outros pontos fiscais, aos hospitais.

Na ocasião estavam presentes representantes dos hospitais, como o presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Instituições Filantrópicas e Beneficentes de Mato Grosso do Sul (Fehbesul), Marco Antonio Calderón de Moura, o vice-presidente da Santa Casa, Jary de Carvalho e Castro e a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima. 

Dando continuidade aos trabalhos da Frente Parlamentar já realizados em anos anteriores, o deputado Pedrossian Neto questionou a tributação sobre itens como tintas, gesso e outros materiais utilizados em reformas e manutenções, argumentando que essas aquisições também são essenciais para a prestação de serviços de saúde.

"Se você pintar e reformar sua unidade, não vai estar atendendo o SUS?", indagou o parlamentar. Segundo ele, a redução do ICMS nesses itens liberaria recursos para a aquisição de equipamentos e insumos médicos, beneficiando diretamente os hospitais e, consequentemente, a população.

Pedrossian frisou que neste quesito não é uma "isenção, mas sim um diferimento, porque a rigor ainda será pago a taxa, de 10 a 30 anos".

"Queremos apenas a isonomia com o mesmo tratamento tributário que hoje o governo do Estado concede às grandes indústrias. Pois quando uma grande indústria de outro estado, multinacional ou internacional, chega investindo bilhões no nosso estado, o Mato Grosso do Sul é muito generoso em conceder a redução total do ICMS. Então, por que não estender esse mesmo tratamento a um hospital, principalmente que é filantrópico e que não visa o lucro e ainda trabalha integralmente para o Sistema Único de Saúde", argumentou.

Em segundo momento, foi discutido o ICMS sobre a energia elétrica, fator que gera endividamento diário aos hospitais.

"As concessionárias não podem cortar, e os hospitais também têm muita dificuldade em pagar, acaba avolumando aquilo, tem hospital que deve mais de 20 milhões, isso tem risco jurídico, a concessionária tem ingressado algumas ações para que a justiça autorize a fazer deduções do valor que recebe como pré fixado, que vier do Governo do Estado", explicou Pedrossian Neto.

Pedrossian informou que a solução para isso, é ter redução total do ICMS, que atualmente "considerando que o ICMS incide sobre ele mesmo, dá em torno de , então da conta de energia é tributo, foi pedido para que pudesse ver as dívidas que todo mundo possui, para ver o passado, ver o estoque, e ver quanto que custa para assim, poder fazer um levantamento".

Por fim, como terceiro ponto da discussão, Pedrossian comentou sobre a distorção no financiamento dos hospitais filantrópicos. Segundo ele, a falta de um dispositivo legal que obrigue o poder público a realizar reajustes anuais nos contratos, indexados à inflação, compromete a sustentabilidade das instituições.

 "A inflação médica, o aumento dos insumos e o piso da enfermagem corroem o poder de compra dos hospitais, tornando os valores contratados obsoletos ao longo do tempo", afirmou. 

Diante da situação citada, as instituições são pressionadas a oferecer mais serviços para manter suas receitas, em vez de terem seus contratos reajustados de forma automática. O dirigente defendeu a criação de uma lei que garanta a recomposição anual dos valores contratados, pelo menos pela taxa de inflação, como forma de garantir a sustentabilidade dos hospitais filantrópicos e a qualidade dos serviços prestados à população.

Após reunião, o governo estadual encaminhará à Assembleia Legislativa um projeto de lei que visa beneficiar instituições hospitalares filantrópicas. A nova legislação permitirá que os hospitais escolham entre essa isenção geral ou os benefícios já concedidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para determinados insumos.

A medida, se aprovada, deve gerar economia para as instituições filantrópicas e, consequentemente, impactar positivamente na prestação de serviços à população.

Em entrevista, o vice-presidente da Santa Casa de Campo Grande, Jary de Carvalho e Castro, destacou outros desafios da gestão hospitalar, especialmente diante do cenário de alta demanda e recursos limitados. Segundo ele, a pandemia da Covid-19 e a crescente violência no trânsito sobrecarregam diariamente o pronto-socorro da instituição, exacerbando os problemas financeiros. 

Castro celebrou o apoio de parlamentares na busca por soluções como a redução de impostos, medida que, segundo ele, seria fundamental para garantir a sustentabilidade da Santa Casa e a melhoria da assistência à saúde em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o presidente da Fehbesul, Marco Antônio Calderón de Moura, Apesar de serem responsáveis por 60% dos atendimentos do SUS no estado, essas instituições sofrem com a alta carga tributária sobre medicamentos, materiais hospitalares e energia. "O peso do ICMS nos deixa muito sufocado", afirmou

"Em Três Lagoas, por exemplo, temos um consumo de materiais e medicamentos em torno de dois milhões de reais por mês, com 17% de tributação em alguns insumos", explicou o presidente da Fehbesul.

A alta tributação sobre insumos, especialmente aqueles provenientes de outros estados impacta diretamente na capacidade das instituições de oferecer serviços de qualidade à população.

Por fim, Moura ressaltou que busca o apoio do Legislativo para conseguir a isenção do ICMS sobre insumos e energia elétrica para os hospitais filantrópicos.

"Queremos ter o mesmo benefício das grandes empresas e assim poder continuar prestando serviços de saúde", disse Moura. A entidade argumenta que a isenção tributária é fundamental para garantir a sustentabilidade dos hospitais filantrópicos e a qualidade da assistência à saúde em Mato Grosso do Sul.

Política

Ministério Público do Trabalho Inicia Inquérito para Investigar Caso Silvio Almeida

Investigação foi instaurada de ofício após relatos de assédio sexual e moral no Ministério dos Direitos Humanos

10/09/2024 21h00

Ministro Silvio Almeida foi denunciado por assédio sexual

Ministro Silvio Almeida foi denunciado por assédio sexual Foto: Tânia Rego / Arquivo / Agência Brasil

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O MPT (Ministério Público do Trabalho) abriu um inquérito civil para investigar relatos de assédio sexual e moral no Ministério dos Direitos Humanos sob o comando do ex-ministro Silvio Almeida, demitido na sexta-feira (6).

O inquérito foi aberto na segunda-feira (9), por iniciativa do próprio Ministério Público do Trabalho, diante das notícias que vieram a público. O MPT informou apenas que o caso já foi distribuído internamente.

Almeida foi demitido pelo presidente Lula (PT) após acusações de assédio sexual, inclusive envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. As informações foram reveladas pelo site Metrópoles e confirmadas pela Folha de S.Paulo.

O MPT também apura denúncias de assédio moral no Ministério dos Direitos Humanos durante a gestão de Almeida. Segundo o UOL, dez procedimentos internos foram abertos até janeiro deste ano. Desde o começo do governo, 31 pessoas pediram demissão.

A deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) foi escolhida na segunda-feira pelo presidente Lula para o comando do ministério. Após a reunião com o presidente, ela defendeu a apuração das acusações contra Almeida preservando o direito de vítimas ao sigilo.

 

*Informações da Folhapress 

Mato Grosso do Sul

Mudanças na Educação: Sérgio Gonçalves assume como adjunto em MS

Nomeação de Gonçalves busca fortalecer a gestão da pasta e superar desgastes recentes, imprimindo a marca do governo Riedel na Educação

10/09/2024 18h09

Sérgio Gonçalves é o novo adjunto da Educação

Sérgio Gonçalves é o novo adjunto da Educação Arquivo

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O governador Eduardo Riedel nomeou Sérgio Luiz Gonçalves como secretário-adjunto de Educação de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (10). Gonçalves, considerado um dos quadros mais importantes e de maior confiança do PSDB, assume o cargo que nesta gestão já foi ocupado por Dione Hashioka e Édio Antônio Resende de Castro.

De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, Gonçalves terá a missão de auxiliar o titular da pasta, Hélio Daher, contribuindo para que o governador Eduardo Riedel imprima sua própria marca na Secretaria de Educação.

A atuação de Gonçalves será essencial para alcançar as metas previstas nos contratos de gestão assinados no início do mandato.

Antes desta nomeação, Sérgio Gonçalves ocupava o cargo de assessor especial na Secretaria de Fazenda, trabalhando ao lado do secretário Flávio César. Nos bastidores, seu nome é bem visto por aliados e críticos, pois Gonçalves é conhecido pela habilidade de aliar um foco técnico nos objetivos de gestão com sensibilidade política.

Além de sua capacidade administrativa, Gonçalves é elogiado por sua simpatia e trato refinado no relacionamento com o público, características que, segundo uma fonte, serão de grande ajuda para Daher e Riedel na condução da pasta da Educação.

Missão: recuperar a imagem do cargo

A Secretaria de Educação vinha enfrentando um período de desgaste. Em 2023, o primeiro impacto negativo ocorreu com a exoneração de Édio Castro, figura próxima ao ex-governador Reinaldo Azambuja, que foi alvo da Operação Turn Off e chegou a ser preso preventivamente.

Além disso, a pasta sofreu um revés político com a saída de Dione Hashioka (União Brasil), que deixou o cargo no início do ano para se candidatar em Nova Andradina, concorrendo diretamente contra o candidato do PSDB.

Agora, Gonçalves tem o desafio de restaurar a estabilidade e fortalecer a gestão da Educação, alinhando-se às diretrizes e expectativas do governo Riedel.

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