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Frota critica 'ditadura bolsonariana': 'Não pode opinar que é expulso'

Frota critica 'ditadura bolsonariana': 'Não pode opinar que é expulso'

ESTADÃO CONTEÚDO

20/08/2019 - 12h31
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O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), expulso na última semana do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, criticou o que chamou de "ditadura bolsonariana" na noite de segunda-feira, 19, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Segundo Frota, que apoiou o presidente durante a disputa eleitoral, não existe abertura ao diálogo e nem espaço para quem pensa diferente. 

"Bolsonaro quer fazer as coisas do jeito dele, ouve muito pouco aqueles que querem se posicionar. E a gente tem que procurar um diálogo, ele não está aberto a isso, ele está aberto só para determinadas pessoas que ele acha que fazem parte do mundo dele", afirmou, citando que o presidente ouve o filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, o filósofo Olavo de Carvalho e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins. 

Segundo ele, o comportamento de apoiadores do presidente nas redes sociais configuraria uma "ditadura". "Você não pode falar nada, não pode criticar, não pode opinar, que você é expulso. Haja vista o que passou o Santos Cruz, o (Gustavo) Bebianno (ministros demitidos). Todo mundo que esbarra em alguma coisa, que cria uma divergência, que dá uma opinião contrária, se torna a ovelha negra. Não pode falar nada. Eu acho isso uma ditadura bolsonariana, não existe diálogo, não existe uma democracia ali"

Questionado se não foi possível perceber isso durante a campanha, Frota negou e disse que o presidente mudou. "É uma outra pessoa. Era aberto, comunicativo. Vejo ele tomando atitudes e interferindo no Coaf, na Receita, na PF. Se algo não o agrada, ele muda", afirmou. "Pelo menos comigo e com algumas pessoas que você conversa, elas têm esse mesmo entendimento da maneira como ele se comporta, com determinadas ações, coisas combinadas que se perderam no meio do caminho", afirmou. 

Expulsão do PSL e filiação ao PSDB 

O deputado federal foi expulso do PSL na terça-feira, 13 e, três dias depois, se filiou ao PSDB, com apoio do governador de São Paulo, João Doria. Em relação à saída do partido, disse que é necessário respeitas as legendas, "mas não se tornar um fantoche do partido". 

Sobre o novo partido, disse que não retira nenhuma das críticas que fez no passado, mas que agora é outro momento. "Estou começando agora dentro desse partido, um partido renovado, a convite do João Doria e do Bruno Araújo (presidente do PSDB). Acho que vou ter mais independência, mais liberdade", disse. 

Equilíbrio

O deputado defendeu a abertura de diálogo e o equilíbrio na relação com a oposição. "Se eu colocar fogo de um lado e o Paulo Pimenta (líder do PT na Câmara dos Deputados) colocar fogo do outro lado, as coisas não andam. Quando tiver que bater eu vou bater, mas quando tiver que trabalhar em cima de um equilíbrio, eu vou fazer isso".

Eleições

Veja o desempenho de Adriane Lopes e Rose Modesto nos bairros de Campo Grande

Adriane Lopes venceu em cinco zonas eleitorais e Rose, em uma

07/10/2024 20h41

Rose Modesto e Adriane Lopes estão no segundo turno em Campo Grande

Rose Modesto e Adriane Lopes estão no segundo turno em Campo Grande Marcelo Victor e Gerson Oliveira

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Mais votada no primeiro turno das eleições para prefeito de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) venceu em cinco das seis zonas eleitorais da cidade, enquanto sua oponente no segundo turno, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), venceu em apenas uma.

A Justiça Eleitoral divide Campo Grande em seis zonas eleitorais. Curiosamente, os melhores desempenhos de Rose Modesto e Adriane Lopes ocorreram em zonas eleitorais vizinhas: a 35ª, única vencida por Rose, e a 54ª, onde Adriane teve sua maior vantagem sobre os adversários.

Essas duas zonas eleitorais, que separam os melhores e piores desempenhos das candidatas, são divididas pela Avenida Júlio de Castilhos.

Na 35ª, Rose venceu Adriane por uma margem apertada (30,80% dos votos contra 30,36%). Essa zona abrange bairros como o Grande Santo Amaro, Coopatrabalho, Jardim Seminário e vai até o Grande Nova Lima. Com 117.286 eleitores, é a terceira maior zona eleitoral da cidade.

Já na 54ª Zona Eleitoral, onde Adriane Lopes teve seu melhor desempenho, ela conquistou 33,66% dos votos (15.963), enquanto Rose Modesto obteve 27,48% (13.030). Essa zona abrange bairros como Amambaí, Bandeirantes, Nova Campo Grande e Indubrasil, e tem o menor contingente de eleitores (68.926). Adriane também venceu em outras quatro zonas eleitorais, incluindo as duas maiores: a 53ª e a 8ª.

Desempenho dos candidatos por zona eleitoral:

8ª Zona Eleitoral (Centro, Arnaldo Estevão, Itamaracá, Itanhangá, Maria Apda. Pedrossian, Miguel Couto, Moreninhas, Noroeste, Universitário, Tiradentes e Vilas Boas)

  • Adriane Lopes (PP): 27.611 votos (32,03%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 24.771 votos (28,74%)
  • Beto Pereira (PSDB): 22.300 votos (25,87%)
  • Camila Jara (PT): 8.440 votos (9,79%)
  • Beto Figueiró (Novo): 2.307 votos (2,68%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 552 votos (0,64%)
  • Ubirajara Martins (DC): 217 votos (0,25%)

36ª Zona Eleitoral (Centro, Autonomista, Carandá, Chácara dos Poderes, Cel. Antonino, Cruzeiro, Estrela D'Alva, Jd. dos Estados, Vila Margarida, Mata do Jacinto, Monte Castelo, Novos Estados, Santa Fé, São Francisco e Jardim Veraneio)

  • Adriane Lopes (PP): 23.215 votos (32,04%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 21.302 votos (29,4%)
  • Beto Pereira (PSDB): 17.390 votos (24%)
  • Camila Jara (PT): 7.061 votos (9,74%)
  • Beto Figueiró (Novo): 2.822 votos (3,89%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 464 votos (0,64%)
  • Ubirajara Martins (DC): 203 votos (0,28%)

35ª Zona Eleitoral (Anache, Colúmbia, Jd. Aeroporto, José Abrão, Nova Lima, Santo Amaro, Santa Lúcia, Seminário, Vila Nassar, Vila Planalto e Zé Pereira)

  • Rose Modesto (União Brasil): 24.849 votos (30,8%)
  • Adriane Lopes (PP): 24.496 votos (30,36%)
  • Beto Pereira (PSDB): 21.293 votos (26,39%)
  • Camila Jara (PT): 7.360 votos (9,12%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.914 votos (2,37%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 566 votos (0,70%)
  • Ubirajara Martins (DC): 198 votos (0,25%)

54ª Zona Eleitoral (Amambai, Bandeirantes, Nova Campo Grande, Indubrasil, Vila Popular, Santo Antônio, Taveirópolis e União)

  • Adriane Lopes (PP): 15.963 votos (33,66%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 13.030 votos (27,48%)
  • Beto Pereira (PSDB): 12.308 votos (25,95%)
  • Camila Jara (PT): 4.308 votos (9,08%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.339 votos (2,82%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 346 votos (0,73%)
  • Ubirajara Martins (DC): 129 votos (0,27%)

44ª Zona Eleitoral (Amambai, Aero Rancho, Coophavila 2, Guanandi, Jacy, Pênfigo, São Conrado, Taquarussu, Tarumã e Tijuca)

  • Adriane Lopes (PP): 19.683 votos (30,6%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 19.068 votos (29,65%)
  • Beto Pereira (PSDB): 18.031 votos (28,03%)
  • Camila Jara (PT): 5.899 votos (9,17%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.035 votos (1,61%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 469 votos (0,73%)
  • Ubirajara Martins (DC): 133 votos (0,21%)

53ª Zona Eleitoral (Aero Rancho, Alves Pereira, Centenário, Centro-Oeste, Jockey Club, Lageado, Los Angeles, Parati, Pioneiros e Piratininga)

  • Adriane Lopes (PP): 29.945 votos (31,89%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 28.505 votos (30,35%)
  • Beto Pereira (PSDB): 24.194 votos (25,76%)
  • Camila Jara (PT): 8.898 votos (9,48%)
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (1,56%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 710 votos (0,76%)
  • Ubirajara Martins (DC): 187 votos (0,2%)
Rose Modesto e Adriane Lopes estão no segundo turno em Campo GrandeMapa das zonas eleitorais de Campo Grande

No resultado final das eleições deste domingo (6), os candidatos obtiveram os seguintes votos:

  • Adriane Lopes (PP): 140.913 votos (31,67%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 131.525 votos (29,56%)
  • Beto Pereira (PSDB): 115.516 votos (25,96%)
  • Camila Jara (PT): 41.966 votos (9,43%)
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (2,45%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 3.108 votos (0,70%)
  • Ubirajara Martins (DC): 1.067 votos (0,24%)

Em Campo Grande

Ex-Panicat, Nicole Bahls entra na campanha da prima Adriane Lopes

Pai de Adriane é irmão da mãe de Nicole

07/10/2024 18h45

As primas Adriane Lopes e Nicole Bahls

As primas Adriane Lopes e Nicole Bahls Gerson Oliveira / Reprodução

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Na reta final da disputa pela reeleição na prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) conta com apoios diversos para fortalecer sua imagem.

Na busca por ganhar o segundo turno, que compete com Rose Modesto (União), a atual prefeita teve sua campanha abraçada por nomes como as senadoras Tereza Cristina e Damares Alves e, surpreendentemente, recebeu o apoio da ex-Panicat Nicole Bahls, sua prima.

As primas Adriane Lopes e Nicole Bahls

Em vídeo compartilhado nas redes sociais de Adriane, Nicole afirma apoiar a prima e a admirar desde sempre, ao compartilhar sobre a infância das duas.

Ambas são paranaenses, com Adriane tendo nascido em Grandes Rios e Nicole em Londrina, cidades que ficam a cerca de 150 km de distância. No vídeo, Bahls explica que sua mãe, Vera, é irmã de Antônio, pai de Adriane e carinhosamente chamado de "Tio Toninho" por Nicole.

Veja a publicação abaixo:

Carreira

Enquanto Adriane Lopes se aventurou na carreira política, a modelo Nicole Bahls ganhou o estrelato em 2007, ao vencer o concurso de beleza Musa do Brasileirão.

Mas foi em 2009, ao integrar o programa Pânico na TV, como panicat, que Nicole ficou realmente conhecida. Ela saiu do programa em 2011 devido a constantes desentendimentos com outra assistente de palco, Juju Salimeni. Após sua saída, participou de realities como A Fazenda e Power Couple.

Além de trabalhos como modelo, diretamente relacionados à sua beleza, Nicole participou de produções nacionais como atriz e atuou como apresentadora e repórter em diferentes emissoras, fazendo jus à sua formação em jornalismo.

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