Política

CAMPO GRANDE

A+ A-

Bancada governista tenta minimizar CPI do transporte público

Líder do governo municipal na Câmara, Beto Avelar (PSD) diz não haver motivos para investigar o Consórcio Guaicurus

Continue lendo...

Enquanto o vereador Marcos Tabosa (PDT) diz ter conseguido o apoio de 12 vereadores – quantidade além da necessária para enviar o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte coletivo de Campo Grande para plenário.

A base governista da Casa de Leis tenta colocar panos quentes no grupo que quer passar a limpo o contrato de concessão do transporte coletivo.  

O vereador e líder do prefeito Marcos Trad (PSD) na Câmara Municipal de Campo Grande, Beto Avelar (PSD), se posicionou. 

 

Para ele, não há um fato determinado para a abertura das investigações e que daria embasamento jurídico para a iniciativa.  

As investigações abertas no Judiciário e no Tribunal de Contas, porém, contradizem o que afirma Avelar.

Na Justiça, há pelo menos duas ações civis públicas em curso, uma delas pede a anulação da licitação e acusa ter havido fraude no processo de escolha da concessionária.  

Mesmo com a outra ação, que tramita há mais de 1 ano, e após quatro perícias, o Consórcio Guaicurus não cumpriu as medidas de biossegurança para evitar a propagação da Covid-19.  

No Tribunal de Contas, há um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) que busca reequilibrar o contrato e melhorar o serviço. 

O próprio Consórcio Guaicurus já foi ao Judiciário para produzir provas que podem servir futuramente para pedir subsídio à atividade, algo que ainda é controverso.  

Apesar da afirmação do líder do prefeito, atualmente, tramitam na primeira instância do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) pelo menos 78 processos em que o Consórcio Guaicurus figura como réu.

Últimas notícias

MOTIVOS

Para Tabosa, esses motivos são suficientes para a abertura da investigação. 

Além disso, o vereador da oposição ainda alega que a CPI é o único caminho para tentar entender as contas da empresa e o descumprimento do contrato de concessão. 

No entanto, Avelar contrapõe Tabosa dizendo que ele está usando artifícios vagos para propor a criação da investigação.  

“Não podemos ser levianos nesse caso, pois hoje não existe nenhum fato determinado que dê base jurídica para a instalação da Comissão. Eu, por exemplo, acompanho de perto os trabalhos da Comissão de Transporte e estamos fiscalizando diariamente as reclamações da população, que são muitas. Nós, vereadores, estamos indo in loco verificar o que está sendo denunciado pela mídia e pelos usuários”, rebateu.

COMISSÃO

Apesar de ter citado a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, Avelar não integra a lista que pode permitir ou não a instalação da CPI. 

No entanto, ele afirmou que tem se reunido semanalmente com o colegiado, o Consórcio Guaicurus, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) para solucionar os problemas que existem no transporte público da Capital.  

“Todas as nossas reivindicações estão sendo adotadas, na medida do possível, pelo Consórcio. Além disso, o grupo de empresas tem nos apresentado planilhas que também apontam dificuldades financeiras, ou seja, o trabalho deve ser construtivo, e não apenas o de se falar bem ou mal do serviço prestado. A fiscalização é algo que nos cabe e está sendo realizada”, disse.

PRESIDENTE

Um dos vereadores que assinaram a entrada da CPI em votação no Plenário, o Coronel Alírio Villasanti (PSL) confirmou a informação de que desde o início da legislatura o colegiado, dedicado a fiscalizar o transporte público, tem se reunido com o consórcio, bem como com as autarquias municipais fiscalizatórias. 

Além disso, também afirmou reconhecer as dificuldades financeiras apontadas pelo grupo de empresas.  

No entanto, ele acredita que a CPI é a única forma de trazer luz sobre o serviço prestado, pois quem sofre é o usuário, que paga caro (R$ 4,20 na passagem) e não obtém um serviço de qualidade.  

“Queremos elucidar todo o sistema e corrigir os erros que tanto atrapalham o consumidor. Sabemos que a problemática em torno do transporte não é de hoje, vem se arrastando por algum tempo, mas nós vereadores temos a obrigação de pelo menos melhorar um pouco o sistema. Um dos fatos importantes são as reformas dos terminais, e já conseguimos três com a prefeitura. Porém, precisamos de uma contrapartida também do Consórcio”.  

Além disso, Villasanti afirmou que a CPI não deve ser votada ainda neste semestre, pois há outros projetos importantes em pauta que devem ser votados antes do recesso parlamentar de julho.  

TRÂMITE  

Conforme apurado pelo Correio do Estado, para a instauração do inquérito, são necessárias dez assinaturas de vereadores de Campo Grande, contudo, já foram recolhidas doze, ultrapassando o necessário para dar início à investigação.

CONTRATO

O contrato de concessão do transporte público de Campo Grande em vigor foi assinado em 2012, na gestão do então prefeito Nelson Trad Filho (PSD), atual senador do Estado. A empresa ganhou o direito de explorar o serviço por 20 anos.

INSATISFAÇÃO

A insatisfação do usuário do transporte público em Campo Grande é evidente. Por exemplo, de acordo com rápido levantamento realizado por meio das redes sociais do Correio do Estado, 73% dos usuários são a favor da instauração do inquérito sobre o transporte coletivo da cidade, enquanto 27% são contra. 

Ao todo, 283 pessoas participaram da pesquisa, que não possui base científica. 

Assine o Correio do Estado

STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

Continue Lendo...

O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

Assine o Correio do Estado

Política

Vereadores votam em sessão desta quinta-feira nomeação de membros dos conselhos de Campo Grande

A nomeação é referentes ao 1º semestre de 2023.

17/04/2024 18h36

Divulgação/ Câmara Municipal

Continue Lendo...

Nesta quinta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem analisar projetos e dois ofícios do Poder Executivo Municipal que tratam da nomeação de membros para conselhos regionais, municipais e tutelares em funcionamento neste município, referentes ao 1º semestre de 2023.

Durante a sessão, os parlamentares devem debater o Projeto de Lei Complementar nº 820/22, de autoria do vereador Prof. André Luis, que propõe alterações na Lei Complementar nº 392, de 11 de agosto de 2020, a qual trata do sistema de posse responsável de cães e gatos em Campo Grande. Também serão discutidas as regras de registro, penalidades e infrações.

Em seguida, os vereadores discutirão e votarão em segunda sessão o Projeto de Lei nº 11.159/23, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que propõe a instituição da Semana Municipal de Sensibilização sobre a Perda Gestacional, Neonatal e Infantil.

Logo após, em primeira discussão e votação, será analisado o Projeto de Lei nº 11.162/23, proposto pelo vereador Papy, que busca instituir no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande-MS a "Feira Científica" e tratar de outras providências.

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).