Política

Primeiro Escalão

A+ A-

Governo pode perder sete secretários até abril de 2022

"Núcleo duro" do governo Azambuja, composto por Riedel, Verruck e Resende, deve disputar eleições

Continue lendo...

Ainda não estão claros todos os nomes que entrarão para o primeiro escalão do governo de Mato Grosso do Sul e da Prefeitura de Campo Grande a partir de abril de 2022, mas os nomes dos secretários que vão sair já estão praticamente definidos.

No governo de Mato Grosso do Sul, pelo menos, seis secretários ou ocupantes do primeiro escalão deixarão seus cargos em 2 de abril para concorrer a um cargo eletivo em outubro de 2022. 

Na Prefeitura de Campo Grande há a possibilidade de um secretário deixar o cargo, e, até mesmo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) poderá renunciar ao mandato para concorrer ao governo do Estado.

ESTADO

Na administração estadual, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, puxa a fila dos que deixarão a administração estadual a partir do dia 2 de abril. 

Riedel é pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PSDB e tem intensificado, neste segundo semestre, as articulações políticas para fortalecer sua candidatura.

A saída dos outros integrantes do primeiro escalão do governo está em sintonia com projeto tucano, que é o de aproveitar a popularidade e fazer com o eleitorado dê um recall do ocupante de cada Pasta.

Nessa linha, o outro integrante do primeiro escalão que deixará a administração de Reinaldo Azambuja para disputar um cargo eletivo é o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. 

Depois de um trabalho intenso à frente das políticas de combate à Covid-19, Resende viu sua popularidade extrapolar seu reduto eleitoral da Grande Dourados e tornou-se conhecido em todo o Estado.  

Resende tem sido um trunfo para o PSDB. Deve candidatar-se novamente à Câmara Federal, onde é o primeiro suplente da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. 

Mas também pode servir ao partido, colocando-se como vice-governador na chapa de Riedel, caso os tucanos precisem levar adiante um plano de chapa pura.

Outro integrante do núcleo duro do governo é o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. 

Depois de oito anos à frente dos projetos econômicos do Estado, Verruck debutará em eleições concorrendo a deputado federal. 

O objetivo de Verruck é herdar parte do legado de Tereza Cristina, sua colega ligada ao agronegócio, que será candidata ao Senado.

Quem também deixará o governo de Mato Grosso do Sul é o vereador licenciado da Capital João César Matogrosso. 

Atualmente, na secretaria de Cidadania e Cultura, ele deve buscar uma vaga na Assembleia Legislativa.

O ex-prefeito de Bataguassu e secretário-adjunto de Infraestrutura, Pedro Caravina, deixará o governo para se candidatar a deputado estadual. 

O mesmo deve ocorrer com a subsecretária de Políticas Públicas para Mulher, Luciana Azambuja.

Ainda há a possibilidade de mais um secretário integrar essa lista: Maria Cecília Amêndola da Motta, secretária de Estado de Educação, que também cogita deixar o cargo para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.  

PREFEITURA

Já na Prefeitura Municipal de Campo Grande, o Correio do Estado apurou que o interesse entre os secretários é grande, mas o único que vem demostrando que vai ingressar no meio político é o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto (DEM).

Além de Pedrossian, o próprio prefeito Marquinhos Trad (PSD) deverá renunciar à chefia do Executivo Municipal, caso queira concorrer ao governo.  

NOVOS SECRETÁRIOS

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB, anunciou oficialmente nesta quarta-feira que os dois novos secretários a ocuparem o primeiro escalão de seu governo – um deputado do MDB e um filiado do DEM, dia 3, na sexta-feira – vão atuar particularmente nas tarefas políticas, como ajustar diálogos com prefeitos, vereadores e organizações da sociedade civil.

O deputado estadual Eduardo Rocha, do MDB, deixa a Assembleia Legislativa e segue para a Secretaria de Governo.  

Já a tarefa de Marco Santullo, antigo braço político da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do DEM de MS, é a “de compor o escritório de gestão politica e secretaria especial que já foi ocupada por Sergio de Paula, hoje chefe da Casa civil. [vai atuar] Na coordenação política do Estado, prefeitos, vereadores, lideranças”.

Santullo será secretário Especial de Articulação Política. O salário de secretário estadual em MS gira em torno de R$ 29 mil.

Assine o Correio do Estado

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Continue Lendo...

O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

Continue Lendo...

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).