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Harfouche pede suspeição de magistrado que julgará impugnação da sua candidatura

Segundo o candidato, ao longo dos últimos anos, as posições dele e do magistrado foram contrárias em diversos temas

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O procurador licenciado e candidato à prefeitura de Campo Grande, Sergio Harfouche (Avante), pediu na Justiça a suspeição do juiz Roberto Ferreira Filho, responsável pelo processo que julga a sua candidatura. A ação foi promovida pelo atual prefeito e candidato à reeleição, Marcos Trad (PSD) e outro, também postulante ao posto, Esacheu Nascimento (PP).

Segundo Harfouche, ele pede a retirada do magistrado do caso, pois segundo ele, o dois são inimigos, como vários embates dentro do meio jurídico do Mato Grosso do Sul nos últimos anos.  

O candidato à prefeitura afirmou ainda que é de “conhecimento público” que ele e o juiz Roberto Filho têm “ideologias diametralmente opostas, o que levou a diversos atritos em âmbito pessoal e profissional”. O termo “inimizade pública” também é citado pela defesa no pedido de suspeição.

A defesa do candidato chegou a citar entrevista concedida pelo juiz em 2017, época em que palestras feitas por Harfouche para pais de alunos em escolas públicas foram alvo de críticas por supostas pregações religiosas do então promotor, à época. O juiz, que já foi da Vara da Infância e Juventude, se posicionou contrário aos eventos promovidos pelo candidato.

Por fim, a defesa do procurador licenciado aguarda que o juiz se declare suspeito e o caso vá para análise do juiz em substituição.  

AFASTADO, PORÉM REMUNERADO

O procurador de Justiça Sérgio Harfouche e pré-candidato pelo Avante a prefeito de Campo Grande, continuou recebendo verbas indenizatórias e adicional por função gratificada mesmo afastado das funções desde abril, para concorrer nas eleições de 2020.  

Contudo, existe um dispositivo de Lei que impede membros do Ministério Público se candidatar a cargos eletivos sem que peçam exoneração ou aposentadoria. No entanto, há uma brecha usada pelos membros do MP para se candidatarem com a desincompatibilização de 6 meses com as funções desempenhadas.

Segundo publicação de 3 de abril deste ano, no Diário Oficial do Ministério Público Estadual (MPMS), o mecanismo foi usado pelo candidato que, mesmo sem trabalhar, Harfouche continuou a receber adicionais por função ou cargo de confiança.

Além disso, ainda conforme o portal do órgão, o procurador ainda continua lotado no gabinete do procurador-geral de Justiça, função que ocupa desde 2018.

Só com os chamados “penduricalhos”; item criticado por diversos juristas, pois é utilizado por servidores do alto-escalão do funcionalismo público para superar o teto das categorias; o procurador embolsou R$ 27.447,98. Foram R$ 6.631,55 pagos nas folhas de maio e de junho; e R$ 7.092,44 pagos em julho e em agosto, só com ‘adicionais’.

SUPER-SALÁRIO

Apesar de afastado, além do salário de R$ 35.462,22, o candidato ainda continua recebendo verbas indenizatórias, como auxílios saúde, transporte e alimentação. No último mês por exemplo, os proventos do procurador afastado chegou a R$ 50.001,73, em rendimentos brutos.  

Sendo que, o contracheque publicado no Portal da Transparência do MPMS revela que no mês Harfouche recebeu R$ 7.092,44 pelo cargo de confiança, além de mais R$ 7.447,07 em verbas indenizatórias.

A reportagem do Correio do Estado procurou a assessoria de imprensa do candidato que se posicionou da seguinte forma:

"Não há qualquer questionamento na Justiça sobre minha pré-candidatura à Prefeitura e qualquer divulgação em sentido contrário responderá por Fake News, até porque, em 2018, quando fui o candidato ao Senado mais votado em Campo Grande, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) decidiu, de forma unânime, a favor da minha então candidatura, derrubando todos os argumentos levantados pela então coligação rival, porque minha carreira se iniciou 12 anos antes da Emenda Constitucional 45 de 2004 e estou, portanto, apto a me candidatar a cargo eletivo.”

Sobre os penduricalhos, a assessoria afirmou que “esse questionamento deve ser feito ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS).” A reportagem também procurou a assessoria de imprensa do MPMS, porém o até o momento desta publicação não obteve resposta.

 

 

CAMPO GRANDE

Beto reconhece capacidade de Verruck e fica satisfeito por filiação dele ao PSD

O pré-candidato a prefeito da Capital não descartou a possibilidade de que o titular da Semadesc possa ser o seu vice

20/04/2024 08h00

O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelos tucanos Foto: Duda Schindler

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Terceiro de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado realizarão com os seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) reconheceu, na sexta-feira, a capacidade de gestão do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, que deixou o PP para se filiar ao PSD.

“Primeiro dizer o quanto eu fico feliz de o Jaime sair do PP e ir para o PSD, um partido que está dentro do nosso arco de aliança. Ele tem uma competência de gestão, um poder de articulação muito grande e é um quadro que o PSD ganha muito com isso”, afirmou, completando que já estaria pacificado o apoio à sua pré-candidatura por parte do novo partido do titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Beto Pereira reforçou que o PSDB e o PSD estão formando um arco de alianças em favor de Campo Grande. “O Jaime é muito bem-vindo a esse arco, mas, ele já estava participando da nossa pré-campanha, colaborando com informações valorosas e nos subsidiando de forma significativa com dados econômicos sobre o município”, argumentou.

Questionado se Jaime Verruck seria um bom nome para ser o vice na chapa encabeçada por ele, o deputado federal não titubeou: “olha, é um dos nomes que devem ser estudados, apesar de a pretensão pessoal do Jaime é justamente ficar na Secretaria”.

Além do secretário, Beto Pereira também tem como cotadas para serem a sua vice a fundadora da Associação Juliano Varela, Maria Lúcia Fernandes (PSD), a Delegada Sidneia Tobias (Republicanos) e a ex-deputada estadual Grazielle Machado (PSDB).

“Três grandes mulheres e cada uma com uma história de vida, sendo nomes que devem ser apreciados, dentre vários outros que também serão avaliados”, revelou.

CLAUDINHO SERRA

Ainda durante a entrevista, Beto Pereira também analisou a situação do vereador campo-grandense Cláudio Jordão de Almeida Filho (PSDB), o “Claudinho Serra”, que foi preso há mais de duas semanas em Campo Grande (MS) acusado de chefiar esquema duradouro de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

“Os fatos imputados ao vereador Claudinho Serra não dizem respeito ao seu mandato de vereador em Campo Grande. Diz respeito a um período onde foi secretário municipal em Sidrolândia. Portanto, não diz respeito à sua atuação, repito aqui, enquanto vereador em Campo Grande, enquanto membro do diretório do PSDB de Campo Grande”, declarou o deputado federal e presidente municipal do partido na Capital.

Ele acrescentou que aguarda de forma ordeira todos os pronunciamentos, tanto do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), quanto do Poder Judiciário. “Veja bem, nós precisamos não incorrer em um erro do julgamento prévio. Porém, caso as denúncias de corrupção forem confirmadas e ele condenado, se houver aí um impedimento, a própria legislação que nós temos vigente no Brasil exige que haja um período sem filiação partidária, sem poder exercer o direito de ser candidato”, pontuou.

Inquirido se não seria, por uma questão ética, afastar o vereador do partido, Beto Pereira voltou a afirmar que não poderia fazer uma acusação prévia. “Sem nenhum tipo de acesso a autos, eu não posso tomar uma decisão nesse sentido”, ressaltou.
 

POPULARIDADE

Durante a conversa com os jornalistas da rádio CBN CG e do Correio do Estado, Beto Pereira reconheceu que para conquistar a preferência do eleitor precisa vencer um primeiro desafio, que é o de se tornar conhecido em Campo Grande. Questionado sobre a falta de popularidade na capital sul-mato-grossense, ele explicou que isso pode estar relacionado ao fato dele nunca ter disputado uma eleição majoritária na cidade. 

“Esta é a oportunidade de me tornar conhecido, participando deste pleito. Vários adversários já se candidataram outras vezes. Mas o que importa é o sentimento qualitativo do eleitor para escolher quem vai administrar Campo Grande, depois de 12 anos que ele se frustrou com o que foi escolhido”, relatou.

Em sua trajetória política, Beto destacou sua experiência em administrar o município de Terenos, onde foi prefeito por dois mandatos, entre os anos de 2005 e 2012. Ele frisou a formação de parceria para reduzir o déficit habitacional no município e desafiou o eleitor que queira saber da satisfação dos moradores de Terenos, a respeito de sua administração. “Faço um desafio para as pessoas ligarem e perguntar, o que eles têm a falar sobre o meu trabalho”, desafiou.
 

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Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

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