O ex-senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (PTB) segue internado para tratamento da covid-19, durante os exames realizados no Hospital da Cassems, também descobriu estar com dengue. A dupla infecção é rara, mas possível de acontecer simultaneamente. A revelação foi feito pelo próprio político, em sua página no Facebook.
"Inovei! Hoje soube que estou com 'covengue' (um híbrido de covid-19 com dengue). Desculpem a brincadeira, mas só assim pra levar adiante e manter a cabeça aprumada. Estava estranhando os sintomas que relatei antes sobre dor nas juntas, perda de peso e cansaço, pra serem somente da covid, que já não é pouca coisa", comenta o ex-parlamentar.
Delcídio deu entrada no Hospital da Cassems, em Campo Grande, na noite de quarta-feira (22) após se sentir mal e precisar de cuidados especiais. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, o quadro de saúde dele é estável, sendo avaliado de modo geral como bom.
"Dias difíceis, meu caro! Estou internado, mas tudo vai dar certo. Deus no controle sempre", respondeu Delcídio ao ser procurado pela reportagem do Correio do Estado, ontem. Em sua rede social, ele anunciou a internação na noite de quarta, relatando que os sintomas se apresentam com "altos e baixos", tendo perda rápida de peso e muito cansaço.
Histórico político
Deldício ganhou notoriedade na política regional ao ser eleito, logo em seu primeiro pleito, como senador. O feito aconteceu em 2002, pelo PT. Ele cumpriu seu mandato por inteiro e foi reeleito em 2010, quando passou a ter mais relevância em Brasília (DF), exercendo o cargo de líder do Governo - até então petista - no Congresso.
Nesse período, ele também foi candidato a governador duas vezes, perdendo para André Puccinelli (PMDB) em 2006 e para Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2014. Delcídio acabou sendo cassado do cargo de senador pelos próprios colegas, vivendo um período de inferno astral. Contudo, ele superou o momento e voltou às urnas em 2018.
Ele novamente concorreu ao cargo de senador, conseguindo o direito de estar nas urnas apenas na reta final de campanha, pelo PTC. Apesar de não conseguir ser eleito, o desempenho dele foi considerado satisfatório pelo pouco tempo de campanha. Já em 2019, ele migrou para o PTB e assumiu a presidência regional da sigla.