As investigações que culminaram na Operação Owari tiveram início em 2007, a partir de denúncia anônima acusando Sizuo Uemura por tráfico de drogas, sonegação fiscal e corrupção. Com autorização judicial, a Polícia Federal passou a monitorar as conversas telefônicas dos investigados.
Com base nas escutas, fotos e notas fiscais, o Ministério Público concluiu que Sizuo e Eduardo Uemura “comandaram e financiaram” a campanha de Ari Artuzi para a prefeitura. Além de dinheiro, Artuzi teria recebido doação em combustível e um carro de luxo.
Segundo a acusação, antes de completar 40 dias de mandato, o prefeito começou as tratativas para fraudar a terceirização da rodoviária e direcionar a concessão do serviço de distribuição de água e coleta de esgoto de Dourados a uma empresa carioca, ligada à família Uemura. O então secretário de Governo da Prefeitura, Darci Caldo, o diretor do departamento de Habitação, Astúrio Dauzacker, e o arquiteto da prefeitura, Fabiano Furucho, são acusados de participar das negociações.
Ainda segundo a denúncia apresentada ao Tribunal de Justiça, a organização criminosa contou com a influência de Teixeira Júnior (líder de Artuzi na Câmara), Paulo Henrique Bambu e Sidlei Alves (atual presidente da Casa) para aprovar a lei relativa à concessão dos serviços de saneamento básico, depois de fechar negócio com a empresa carioca. (MM)