Política

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Juízes acabam com campanha eleitoral nas ruas de Corumbá

Juízes acabam com campanha eleitoral nas ruas de Corumbá

Redação

13/08/2010 - 06h57
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lidiane kober, da redação
Sílvio Andrade, de Corumbá

Portaria da Justiça Eleitoral praticamente acabou com a campanha nas ruas de Corumbá e Ladário. Os juízes da 7ª e 50ª zonas eleitorais, respectivamente, Eduardo Eugênio Siravegna e May Melke Siravegna, proibiram a exposição de faixas, a realização de bandeiraços, a distribuição de santinhos, adesivos e folhetos nas proximidades de vias com semáforos. Também foi vedada a entrega de material de campanha em prédios, bares, igrejas, lojas comerciais e restaurantes.
A medida, segundo os juízes, visa manter a “ordem pública” e evitar tumultos no trânsito. A decisão, publicada esta semana no Diário da Justiça Eleitoral, proíbe ainda que táxis e mototáxis afixem nos veículos qualquer tipo de material de propaganda eleitoral. As regras obrigam os candidatos a concentrar a corrida por votos nos bairros, em visitas de casa em casa e em pequenas reuniões.
“Isso é um exagero, um abuso, porque priva o eleitor do contato direto com o candidato e favorece quem compra votos na calada da noite”, comentou o deputado estadual Paulo Duarte (PT), que corre atrás da reeleição e tem sua principal base eleitoral em Corumbá. “Voltamos a conversa ao pé do ouvido”, opinou Oséas Ohara (PMDB), que disputa com o petista os votos dos eleitores da Região do Pantanal.

Regra local
Por enquanto, as restrições só se aplicam a campanha eleitoral em Corumbá e Ladário, graças a autonomia que os juízes eleitorais dispõe em suas respectivas áreas de atuação. Em Campo Grande, por exemplo, o juiz da 35º zona eleitoral, Fernando Paes de Campos, não pensa em restringir a campanha eleitoral nas ruas e no comércio da Capital. “Deixa eles (os candidatos) trabalhar e que vença o melhor”, disse.
Segundo ele, “o comércio é local particular, mas de uso comum”. “Portanto, entendo que se o proprietário autorizar a visita dos candidatos não há problemas”, defendeu. “Agora, deixar estocados santinhos no espaço é algo irregular”, completou.
Em Campo Grande, de acordo com o magistrado, o principal problema na campanha são os carros de sons. “O maior número de reclamações no disque-denúncia refere-se a este instrumento de campanha”, contou. “O eleitor não tolera mais este tipo de divulgação. Só o candidato é quem não percebeu isso”, disse. Neste caso, o juiz explica ao eleitor que não tem como proibir a publicidade porque a legislação só proíbe a circulação de carros de sons nas proximidades, por exemplo, de escolas, igrejas, hospitais, bibliotecas e órgãos militares e em algumas áreas centrais da cidade.

Sem água
Além de Corumbá e Ladário, em Ponta Porã outra novidade pegou os candidatos de surpresa. No município, a distribuição de água em eventos políticos pode ser considerada crime eleitoral. O candidato a deputado estadual Paulo Benites (PT) recebeu orientação da Justiça Eleitoral para não servir garrafas de água mineral aos eleitores durante reuniões para evitar problemas por entender que a lei veda a distribuição de bebidas e comidas em atos políticos.
Em contrapartida, na Capital, a distribuição de água está liberada. “Neste tempo seco, nem tem como não beber água”, ressaltou o Fernando Paes de Campos.

ARTICULAÇÕES

A quase um ano da eleição, Riedel atua para repetir a aliança com os prefeitos

De olho na reeleição, o governador já se reuniu com 37 gestores municipais no período de 5 de maio a 18 de junho deste ano

20/06/2025 08h00

O governador Eduardo Riedel, durante reunião com o prefeito de Ribas do Rio Pardo

O governador Eduardo Riedel, durante reunião com o prefeito de Ribas do Rio Pardo Foto: Alvaro Rezende/Correio do Estado

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Apesar de reafirmar sucessivas vezes que só vai falar sobre reeleição e futuro partidário depois do Carnaval de 2026, o governador Eduardo Riedel (PSDB) tem intensificado as reuniões com os prefeitos de Mato Grosso do Sul nos últimos dois meses, no âmbito do programa MS Ativo Municipalismo, para reforçar a aliança que lhe garantiu a vitória no segundo turno do pleito de 2022.

A quase um ano das eleições gerais do próximo ano, Riedel já realizou, no período de 5 de maio a 18 de junho deste ano, reuniões com 37 prefeitos, com uma média de até seis gestores por dia, para tratar das principais demandas dos municípios. A última reunião foi realizada na quarta-feira, com o prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Luiz Moreira (PSDB).

No mesmo dia, porém, ele já tinha feito uma reunião com o prefeito de Anaurilândia, Professor Rafael (PP), enquanto, na terça-feira, o governador recebeu os prefeitos de Paranhos, Hélio Ramão Acosta (PSDB), e de Glória de Dourados, Júlio Buguelo (PSD). 

Na semana anterior, foram cinco prefeitos, os de Nova Andradina, Corumbá, Antônio João, Paraíso das Águas e Nova Alvorada do Sul, totalizando, apenas neste mês, 18 gestores municipais. Em maio, do dia 5 ao dia 27, foram 19 reuniões com prefeitos, tendo somente em uma semana seis encontros com gestores municipais.

Na prática, as reuniões são marcadas por reivindicações dos prefeitos, a maioria delas de obras de infraestrutura urbana, como pavimentação e drenagem, porém, às vezes, também são solicitadas construções de moradias populares e até a recuperação de pistas de pouso e decolagem dos aeródromos municipais.

Além do governador e dos secretários estaduais, os encontros também contam com a presença de deputados federais e estaduais, que, assim como Riedel, aproveitam as reuniões para se aproximar mais dos gestores municipais, com foco no apoio deles durante as eleições.

MUNICIPALISMO

A verdade é que o governador quer repetir a estratégia que deu certo e garantiu sua ida para o segundo turno nas eleições de 2022, deixando de fora o ex-governador André Puccinelli (MDB) e garantindo a vitória sobre o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

Porém, essa aproximação com os prefeitos foi iniciada pelo então governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que adotou a famosa gestão municipalista, a qual está tendo continuidade na administração de Eduardo Riedel.

Riedel reconheceu, em 2022, que só venceu a eleição para governador porque conseguiu o apoio de, ao menos, 70 prefeitos de Mato Grosso do Sul. A lista de apoios incluiu até a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), porém, somente no segundo turno, já que no primeiro ficou ao lado do ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT).

No interior, pesaram, sobretudo, os apoios da então prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo (PP) e do então prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo (PSDB), que chegou a fazer parte da gestão de Riedel, após sair vencedor na corrida eleitoral.

Logicamente, os grandes feitos do então governador Reinaldo Azambuja contribuíram para a vitória de Riedel, pois ele construiu os hospitais regionais, como o de Três Lagoas, e lançou a gestão municipalista, recebendo e visitando os prefeitos das cidades do interior.

RECURSOS

Nessa linha, o programa MS Ativo já liberou recursos para diversas áreas, com foco em infraestrutura urbana, saúde, educação e assistência social, visando ao desenvolvimento dos 79 municípios. 

De 2023 a 2024, foram investidos mais de R$ 5 bilhões em infraestrutura e nas áreas de saúde, educação e assistência social. A expectativa é de que o MS Ativo continue a gerar impactos positivos nos municípios, com a continuidade de obras e projetos em diversas áreas.

Na área de infraestrutura urbana, o MS Ativo tem investido em obras como pavimentação, drenagem e iluminação pública, com destaque para o Bairro Novos Tempos 2, em Sonora, e o Polo Empresarial Otta Francisco Ewerling, enquanto na saúde foram feitas melhorias nos serviços, com foco na gestão compartilhada e na cooperação regional, bem como na educação e na assistência social.

SAIBA

O programa MS Ativo Municipalismo, do governo de Mato Grosso do Sul, apresenta um novo conceito de cooperação entre Estado e municípios para instituir um modelo de gestão pública orientado a resultados, baseado em dados e metas a serem atingidos, de modo a garantir entregas melhores para a população. Com isso, Estado e prefeituras participam da construção de políticas personalizadas.

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Guerra

Casa Branca diz que Trump decidirá sobre entrar ou não em guerra com Irã

Leavitt disse que não há sinais de que a China esteja se envolvendo militarmente no Irã.

19/06/2025 23h00

Foto: Reprodução

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A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o presidente dos EUA, Donald Trump, tomará uma decisão nas "próximas duas semanas" sobre uma eventual entrada do país na guerra entre Israel e Irã.

Em coletiva de imprensa, Leavitt frisou que Trump "ainda acredita em uma solução diplomática para a crise Israel-Irã" e que o caminho do diálogo segue sendo considerado por Washington.

Segundo ela, "o enviado dos EUA, Steve Witkoff, tem mantido contato com o Irã, e a troca de comunicações continua", o que mantém aberta a possibilidade de retomada das negociações.

"Trump acha que o Irã pode voltar à mesa de negociações em um futuro próximo", disse Leavitt, acrescentando que o republicano está "sempre interessado em uma solução diplomática, mas não tem medo de usar força" se for preciso.

A porta-voz ressaltou, no entanto, que qualquer eventual acordo com Teerã não pode permitir o enriquecimento de urânio.

Em tom mais grave, Leavitt declarou que "é um fato que o Irã nunca esteve tão perto de uma arma nuclear", e alertou que o país persa "pode e deve fazer um acordo ou então enfrentará graves consequências". Para ela, o Irã está em uma posição "vulnerável"

Sobre movimentações internacionais, Leavitt disse que não há sinais de que a China esteja se envolvendo militarmente no Irã.

Ainda assim, os EUA seguem monitorando o cenário, especialmente diante da reunião prevista entre autoridades iranianas e europeias nesta sexta-feira. "Vamos ver como será."

Ao ser questionada sobre os preços do petróleo, Leavitt mencionou que Trump monitora "de perto" os valores e que está "avaliando diversos fatores", sem dar detalhes.

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