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Lula critica 'minoria violenta e antidemocrática', prega união e chora após receber a faixa

Discurso do presidente recém-empossado ocorreu no parlatório do Palácio do Planalto

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo (1º) o que chamou de "minoria violenta e antidemocrática", mas pregou a união após receber a faixa presidencial e prometeu governar para todos os brasileiros -inclusive para os que não votaram nele.


O discurso do presidente recém-empossado ocorreu no parlatório do Palácio do Planalto. Ele falou para milhares de apoiadores concentrados na Praça dos Três Poderes, após receber a faixa presidencial.


Lula abriu seu pronunciamento agradecendo a militância por ter atuado na campanha "quando uma minoria violenta e antidemocrática tentava censurar nossas cores e se apropriar do verde-amarelo, que pertence a todo o povo brasileiro".


Em seguida, ele defendeu a união social e acenou aos eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último pleito.
"Quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado de divisão e intolerância", declarou.


O petista tomou posse para o terceiro mandato como presidente após eleições marcadas por ataques de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.


Durante discurso, Lula chorou e foi ovacionado no parlatório, sob gritos de "Lula guerreiro do povo brasileiro".


Depois de pregar a união, Lula criticou o que chamou de "minoria radicalizada que se recusa a viver num regime democrático", numa referência a apoiadores radicais que acamparam em frente a quartéis militares para pedir um golpe das Forças Armadas contra a posse do petista.


Diferentemente da declaração no Congresso, de caráter mais institucional, Lula fez uma fala voltada à população e à militância. Nesse sentido, ele se referiu ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como um "golpe" -termo não usado por ele no Legislativo.


O presidente colocou como meta de seu governo o combate à desigualdade. "Esta será a grande marca do nosso governo." Ele convocou a população a se juntar em um "mutirão contra a desigualdade".


" É urgente e necessária a formação de uma frente ampla contra a desigualdade, que envolva a sociedade como um todo".


Assim como no pronunciamento no Congresso Nacional, Lula fez duras críticas contra o governo Bolsonaro, em especial por causa da resposta à pandemia da Covid-19 Ele se referiu à gestão nacional como um "desgoverno" de "destruição nacional".


"O que o povo brasileiro sofreu nestes últimos anos foi a lenta e progressiva construção de um genocídio", disse.


"Nesses últimos anos, vivemos, sem dúvida, um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim, pelo voto soberano, na eleição mais importante desde a redemocratização do país", declarou.


Em um dos momentos de críticas ao governo Bolsonaro, a multidão na Praça dos Três Poderes entoou gritos de "sem anistia!"


A cerimônia de posse de Lula começou por volta das 14h30 com o desfile em carro aberto pela Esplanada em direção ao Congresso, onde ele foi empossado e discursou. Ele desfilou acompanhado da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva -a Janja-, pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e sua esposa, Lu Alckmin.


Na etapa feita no Planalto, depois de discursar, Lula recebe cumprimentos de chefes de estado e de governo e de outras autoridades estrangeiras que acompanham a cerimônia. Em seguida, vai dar posse aos 37 ministros do novo governo.


A cerimônia no Planalto se encerra com a foto oficial do presidente com o primeiro escalão do governo. Lula, então, vai recepcionar as delegações estrangeiras no Palácio do Itamaraty.


Antes de falar do parlatório, Lula e Alckmin subiram a rampa do Planalto.


Em 2003, quando tomou posse para o primeiro mandato, Lula disse no parlatório do Planalto que a sua eleição era o resultado do "sonho de uma geração". Ainda lembrou dos "companheiros que morreram pela democracia e pelas liberdades".


Ao abrir o segundo mandato, na cerimônia esvaziada de 2007, Lula prometeu trabalhar pelo crescimento econômico combinado à inclusão social e distribuição de renda.


O petista recebeu 50,9% dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2022, e Bolsonaro, 49,1%. Foi a primeira vez que um presidente perdeu uma disputa pela reeleição no país.


Derrotado, Bolsonaro entregou a gestão federal aos ministros e passou dar sinais dúbios a apoiadores para inflamar manifestações golpistas em quartéis e nas estradas contra a posse de Lula.


Bolsonaro deixou o Brasil na sexta (30) e viajou para Orlando, nos Estados Unidos. Rompendo uma tradição democrática, ele não passou a faixa ao sucessor.


O PL, partido do ex-presidente, ainda pediu a anulação de votos depositados em urnas de modelos anteriores a 2020, em ação que foi negada e classificada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como tentativa de tumultuar a democracia.


No intervalo entre o segundo turno e a posse, além de montar a equipe, Lula precisou liderar articulações para desarmar a ameaça de insubordinação nas Forças Armadas e evitar a escalada de manifestações bolsonaristas.


Ele ainda negociou com o Congresso a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para recompor o Orçamento de 2023 e ampliar o Bolsa Família.

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Presidente do Republicanos é submetido a cirurgia cardíaca e está bem, diz assessoria

Procedimento consistiu na colocação de uma prótese de fechamento do Forame Oval Patente

17/02/2025 20h00

Marcos Pereira, presidente do Republicanos

Marcos Pereira, presidente do Republicanos Foto: Reprodução

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O presidente nacional do partido Republicanos, Marcos Pereira, foi submetido a uma cirurgia cardíaca no início da tarde desta segunda-feira, 17, e já está bem, segundo informações da sua assessoria de imprensa.

De acordo com comunicado oficial, o procedimento consistiu na colocação de uma prótese de fechamento do Forame Oval Patente (FOP). Em um exame de rotina, no sábado, 15, médicos detectaram um "buraco" no coração do dirigente partidário.

"Marcos Pereira está bem, em recuperação, e em breve estará de volta às atividades do mandato", diz mensagem da assessoria.

Além de presidente do Republicanos, Pereira é deputado federal por São Paulo e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. Neste mês, ele encerrou o seu mandato como vice-presidente da Câmara dos Deputados na gestão de Arthur Lira (PP-AL).

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Câmara inicia ano legislativo com minuto de silêncio e pedido de impeachment

Legislativo municipal inaugurou a 12ª Legislatura nesta segunda-feira (17) e retorna a votação de projetos nesta terça-feira (18)

17/02/2025 11h15

Sessão Solene Inaugural da 12ª Legislatura

Sessão Solene Inaugural da 12ª Legislatura MARCELO VICTOR

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Câmara Municipal de Campo Grande inicia o ano legislativo nesta segunda-feira (17) e retorna aos trabalhados na terça-feira (18).

Sessão Solene Inaugural da 12ª Legislatura ocorre na manhã da próxima segunda-feira (17) com 29 vereadores eleitos, sendo 15 reeleitos e 14 novos. Conheça quais são os vereadores eleitos e reeleitos no fim da reportagem.

Logo no primeiro dia do ano do legislativo municipal, teve um minuto de silêncio, pedido de impeachment, vaias, aplausos e protestos. 

Sessão Solene Inaugural da 12ª LegislaturaPedido de impeachment da prefeita sendo entregue ao presidente da Casa de Leis. Foto: Marcelo Victor

O primeiro minuto da sessão foi de silêncio em homenagem a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, assassinada a facadas pelo noivo, Caio Nascimento, de 47 anos, em 12 de fevereiro de 2025, no bairro São Francisco, em Campo Grande. Vereador Jean Ferreira (PT) foi quem propôs o silêncio.

O ex-candidato a prefeito da Capital, Luso Queiroz (PSOL) entregou pedido de impeachmet da prefeita Adriane Lopes (PP) ao presidente da Casa de Leis, Epaminondas Neto (PSDB), mais conhecido como Papy.

O pedido de impeachment é um processo legal que visa a remoção de autoridades como o presidente da República, governador, prefeito e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"É um pedido de impeachment por renúncia fiscal. Como sabemos, não se deve renunciar ao recolhimento de imposto que é importantíssimo para as contas do município e para o equilíbrio fiscal do município sem ter condições de sustentar. Então se o município já está no vermelho ou chegando no vermelho, eles não podem renunciar recolhimento, a menos que faça um estudo e comprove, você pode. Mas se você não fez o estudo e já está reclamando que não tem dinheiro, não pode fazer renúncia. A prefeita cortou gratificações dos concursados alegando que não tem dinheiro", detalhou Luso Queiroz.

Ainda durante a solenidade, a prefeita ressaltou que saúde, infraestrutura e educação são as principais metas para 2025.

“Nós vamos trabalhar propondo para a Câmara de Vereadores projetos que sejam do interesse da população da nossa cidade e traga melhorias. Nós queremos que o poder público municipal não seja uma trava para o crescimento de Campo Grande e sim seja um caminho para os avanços da nossa cidade e para as melhorias que a população espera nas políticas públicas”, explicou a chefe do executivo municipal.

Durante a sessão, mães atípicas protestavam na Câmara reivindicando fraldas específicas para seus filhos.

A prefeita foi vaiada pela plateia e, de acordo com a vereadora Luiza Ribeiro (PT), secretários do primeiro escalão tentaram conter as vaias aplaudindo Adriane.

Participam da sessão a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP); vice-prefeita, Camilla Nascimento; vice-governador, José Carlos Barbosa (Barbosinha); presidente da Casa de Leis, Papy; vereadores eleitos e reeleitos; entre outras autoridades.

A primeira sessão ordinária na Câmara Municipal de Vereadores do ano acontece na terça-feira (18), com votação de seis projetos, que atendem demandas das áreas da saúde, empreendedorismo e capacitação dos servidores públicos. Confira:

  • Projeto de Resolução nº 547/24 que visa alterar dispositivos da Resolução nº 682, de 1977, e criar novas diretrizes para a Medalha Dr. Arlindo de Andrade Gomes, uma honraria destinada a reconhecer a contribuição de cidadãos de destaque para a cidade. O projeto é de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Resolução nº 548/24 que propõe mudanças na Resolução nº 1.146, de 2012, com o objetivo de regulamentar a concessão de títulos e medalhas de mérito legislativo no município. O projeto é de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Lei nº 11.384/24 que busca garantir a oferta de leitos separados para mães de natimorto e mães com óbito fetal nas unidades de saúde, tanto da rede pública quanto da privada, em Campo Grande. O projeto visa proporcionar maior dignidade e apoio psicológico às mulheres que enfrentam a dor da perda gestacional. É de autoria do vereador Dr. Victor Rocha.
  • Projeto de Lei nº 11.395/24 que visa criar o Banco de Negócios, uma plataforma online para promover o desenvolvimento do empreendedorismo no município, integrando ainda mais as instituições educacionais com o setor produtivo. A proposta tem como objetivo fomentar a inovação e o apoio a novos negócios, estimulando a economia local. É de autoria do vereador Carlão.
  • Projeto de Lei nº 11.370/24 que visa criar o Programa de Capacitação dos Servidores da Saúde para o atendimento de pessoas com deficiência (PCD). A medida visa melhorar a qualidade do atendimento nas unidades de saúde pública, com foco na inclusão e no respeito às pessoas com necessidades especiais. É de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Lei nº 11.023/23 que propõe alterações na Lei nº 6.035, de 2018. É de autoria do vereador Professor Juari.

VEREADORES

Ao todo, 29 vereadores vão comandar o legislativo municipal, no mandato 2025-2028, na Câmara Municipal de Campo Grande.

Dos 29 vereadores, 15 foram reeleitos e 14 vão ocupar o cargo pela primeira vez. Confira:

  • Marquinhos Trad (PDT)
  • Rafael Tavares (PL)
  • Carlão (PSB) - reeleição
  • Silvio Pitu (PSDB) - reeleição
  • Veterinário Francisco (União Brasil) - reeleição
  • Fábio Rocha (União Brasil)
  • Professor Riverton (PP) - reeleição
  • Junior Coringa (MDB) - reeleição
  • Dr. Victor Rocha (PSDB) - reeleição
  • Professor Juari (PSDB) - reeleição
  • Flávio Cabo Almi (PSDB)
  • Luiza Ribeiro (PT) - reeleição
  • André Salineiro (PL)
  • Papy (PSDB) - reeleição
  • Ana Portela (PL)
  • Neto Santos (Republicanos)
  • Maicon Nogueira (PP)
  • Delei Pinheiro (PP) - reeleição
  • Wilson Lands (Avante)
  • Herculano Borges (Republicanos) 
  • Beto Avelar (PP) - reeleição
  • Dr. Jamal (MDB) - reeleição
  • Landmark (PT)
  • Clodoilson Pires (Podemos) - reeleição
  • Jean Ferreira (PT)
  • Dr. Lívio (União Brasil)
  • Ronilço Guerreiro (Pode) - reeleição
  • Leinha (Avante)
  • Otávio Trad (PSD) - reeleição

Alguns vereadores de mandatos anteriores também retornaram à Câmara Municipal. É o caso de:

  • Veterinário Francisco (União)
  • Herculano Borges (Republicanos)
  •  André Salineiro (PL)
  • Doutor Lívio (União)

A posse ocorreu em 1º de janeiro de 2025.

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