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Maior aliado em processo de privatizações não é Guedes, é Bolsonaro, diz Mattar

Maior aliado em processo de privatizações não é Guedes, é Bolsonaro, diz Mattar

ESTADÃO CONTEÚDO

08/08/2019 - 13h20
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Responsável por conduzir o plano de privatizações do governo federal, o secretário Salim Mattar, da Pasta de Desestatização e Desinvestimentos, afirmou nesta quinta-feira, 8, que seu maior aliado no processo de venda das estatais é o presidente da República, Jair Bolsonaro, e não o ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Quando aceitei o convite para fazer parte do governo, Paulo Guedes me disse que íamos vender tudo que fosse possível, mas a minha maior surpresa é que meu maior aliado, por incrível que pareça, não é o ministro Guedes. Meu maior aliado é o presidente Jair Bolsonaro, que está a favor das privatizações", disse, em evento do BTG Pactual em São Paulo. "O Estado brasileiro é obeso, burocrático, oneroso e inferniza a vida do cidadão."

Há quatro meses, contudo, Mattar disse em entrevista à revista Veja que havia ficado "frustrado" com a decisão de Bolsonaro de voltar atrás na intenção de privatizar a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável pelo trem-bala.

Nesta quinta, no evento do BTG, ele explicou por que tem considerado o presidente como seu maior aliado. "O presidente reconhece que houve muita corrupção e uma forma de acabar com a corrupção é vender estatal. Ele é um grande aliado que tenho, me motivou muito", disse. 

Na quarta, em evento na Fenabrave, do setor automotivo, Bolsonaro disse que "mudou", que no passado foi estatizante, mas que "evoluiu" com a ajuda do ministro Paulo Guedes.

Eletrobras

Mattar reforçou ainda que o governo cogita privatizar a Eletrobras, através de capitalização. "A capitalização da Eletrobras é uma necessidade de caixa. A empresa tem R$ 12 bilhões para investir, mas o governo não tem esse dinheiro. Na verdade o governo tem, mas onde deveria colocar esses R$ 12 bilhões, para expandir a Eletrobras ou colocar no social?", disse.

Relação com o Legislativo

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia afirmou ainda que tem tratado diretamente com o Congresso sobre a privatização de empresas. "É fundamental ter boa relação com o Legislativo. Esse é o maior desafio", comentou, ao falar da venda de estatais e da necessidade de operações envolvendo Eletrobras e Casa da Moeda, por exemplo, precisarem de aval dos parlamentares. 

Mattar disse que o Estado não precisa estar em áreas em que a iniciativa privada vai estar presente. "Isso significa quase tudo", comentou ele. 

O secretário ressaltou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu aval para privatizar "tudo o que é possível" e que a intenção do ministério é começar vendendo ativos mais fáceis, "que não dão problemas e a sociedade vai absorver". 

"É importante não contrariar grupos de interesse", afirmou Mattar, ressaltando que é preciso conduzir o processo de privatização de forma cuidadosa. 

Ao ser questionado sobre a oposição do PT às privatizações, Mattar disse que gasta "80% de seu tempo" no governo para desconstruir o que o partido fez durante a permanência no Planalto. 

'Legado pernicioso'

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia afirmou que, em outubro, sua secretaria pode ficar sem dinheiro até para passagens aéreas. "Esse é o legado que recebemos, que é pernicioso", disse ele. 

Mattar ressaltou que com a economia crescendo menos que o esperado, a arrecadação do governo caiu, o que levou o governo a fazer contingenciamento de gastos, afetando a pasta. 

Pelo lado positivo, o secretário salientou que os juros estão historicamente baixos e o volume de empréstimos privados superou o de bancos públicos e o risco país, medido pelo Credit Default Swap (CDS), caiu para mínimas históricas. "Juros e CDS baixos e mais empréstimos privados mostram confiança no País", afirmou.

"A reforma da Previdência nos atrapalhou um pouco, não queríamos interferir nesse processo, queríamos deixar que seguisse calmamente", disse Mattar. 

O secretário afirmou que o governo aguarda a aprovação da Previdência para apresentar o texto da reforma tributária e "um punhado" de outras reformas, que "vão colocar o Brasil nos caminhos da prosperidade".

ELEIÇÕES 2024

Justiça determina suspensão do perfil de Pablo Marçal no Instagram

Medida foi tomada após divulgação de laudo falso

05/10/2024 16h30

Pablo Marçal (PRTB) em um dos debates promovidos pré-eleição

Pablo Marçal (PRTB) em um dos debates promovidos pré-eleição Foto: Daniel Teixeira

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O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu neste sábado (5), por 48 horas, o perfil no Instagram do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). A determinação é do juiz Rodrigo Capez.

A decisão foi tomada em notícia-crime apresentada pelo também candidato Guilherme Boulos (PSOL) após Marçal divulgar em suas redes sociais um laudo falso que apontaria o consumo de drogas por Boulos e a internação em uma clínica por surto psicótico.

Na decisão, o juiz Rodrigo Capez afirma que a conta de Pablo Marçal, no Instagram, "tem sido utilizada para a divulgação de fatos infamantes e inverídicos".

Além disso, ele aponta haver indícios de pelo menos quatro crimes previstos no Código Eleitoral. Segundo o magistrado, "trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor".

Capez determinou ainda a instauração de inquérito pela Polícia Federal para apuração dos fatos.

*Com informações da Agência Brasil

ELEIÇÕES 2024

MPMS recebeu 569 denúncias de irregularidades nas eleições desde janeiro

Cerca de 86% das manifestações foram encaminhadas para devidas providências, enquanto os outros 14% foram arquivados; ouvidoria do órgão estará funcionando sob plantão neste final de semana

05/10/2024 16h00

Ouvidoria do MPMS realiza plantão para receber denúncias de irregularidades durante as eleições municipais de 2024

Ouvidoria do MPMS realiza plantão para receber denúncias de irregularidades durante as eleições municipais de 2024 Foto: MPMS

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Segundo números divulgados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), desde janeiro já foram feitas 569 manifestações por cidadãos referentes às eleições municipais deste ano, sendo que 86,73% (468) foram encaminhadas para execução das devidas providências e as outras 13,75% (71) foram arquivadas.

Campo Grande lidera como a cidade com maior número de denúncias feitas, com 173, seguido por Sidrolândia, com 40, e Itaporã, com 32. 99% das manifestações vieram por meio de formulário eletrônico, já os outros 1% foram feitas via e-mail. 

O MPMS anunciou que a ouvidoria do órgão estará funcionando sob plantão neste final de semana para poder receber denúncias de irregularidades referentes às eleições para prefeito e vereador, que acontecem neste domingo (6).

O plantão irá funcionar no sábado e domingo - dias 5 e 6 -, das 8h até às 16h. Há três maneiras de acionar o MPMS no caso de identificação de alguma irregularidade: formulário eletrônico feito via portal da ouvidoria (https://www.mpms.mp.br/ouvidoria); ligar para o número 127; ou presencialmente no prédio da ouvidoria do órgão em Campo Grande (Avenida Ricardo Brandão nº 232, bairro Itanhangá Park).

Denúncias contra candidatos

De 20 de julho a 31 de agosto, o MPMS apresentou 255 Ações de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) espalhados pelos 79 municípios sul-mato-grossenses, movidas por candidatos à prefeito ou vereador que não cumpriram os requisitos mínimos para concorrer aos cargos. Ainda, cerca de 7.644 processos estavam em tramitação no órgão na época de período eleitoral.

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