Política

ELEIÇÕES 2020

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Márcio Fernandes diz que André Puccinelli tem sido seu maior cabo eleitoral

Pré-candidato a prefeito, deputado afirma que sondagens eleitorais indicam transferência de votos

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Fausto Brites

Completando 14 anos da conquista do seu primeiro mandato de deputado estadual, o médico-veterinário e produtor rural Márcio Fernandes é o pré-candidato do MDB para entrar na disputa, com a finalidade de tentar tirar do PSD a cadeira de prefeito de Campo Grande nas eleições de outubro deste ano. Assim como entrou na vida pública pelas mãos do ex-prefeito de Campo Grande e ex- governador André Puccinelli, ele não esconde o entusiasmo ao afirmar que terá a liderança maior do seu partido como principal cabo eleitoral e, sobretudo, que poderá lhe transferir votos, conforme indicam as sondagens eleitorais. “Ele está inserido nesse projeto nosso, percorrendo os bairros comigo, conversando com as pessoas, e a receptividade é muito grande. Ele já vem sendo um grande cabo eleitoral: conversa com as pessoas 24 horas, o escritório é sempre cheio. O MDB tem um legado muito forte em Campo Grande”, afirma. A legenda tinha expectativa que André Puccinelli aceitasse entrar na disputa, segundo Márcio Fernandes, mas ele declinou “por motivos pessoais”. O pré-candidato faz questão, porém, de afirmar que André não quis participar das eleições “como candidato em 2020; talvez em 2022, quem sabe”.

Nas discussões internas do MDB após a recusa de André em participar, e com base em pesquisas, o nome de Márcio surgiu como o de musculatura para enfrentar os demais adversários a prefeito. “Conseguimos unanimidade dentro do partido porque não foi uma candidatura forçada. Eu sempre tive a cautela, esperei o momento, me coloquei à disposição do partido lá trás, mas respeitei se tivesse possibilidade de outra liderança disputar, sempre disse isso. Sempre fui muito claro: estou à disposição do meu partido, mas se porventura tiver alguém com interesse de disputar, eu sou parceiro e estarei no projeto deles”, explicou o agora pré-candidato. “No momento adequado, eles acharam que [seria] a melhor possibilidade. Segundo pesquisas e por contra até da transferência de votos que André faria ao candidato, o meu nome despontou porque acham que essa transferência do André – que hoje é grande, não é pequena – para o Márcio Fernandes é maior do que para outros pretensos candidatos [do partido]”.

Ele disse que essa situação se explicaria em razão de sua ligação de anos com o ex-prefeito e ex-governador. “Talvez por eu ter entrado na política pelas mãos dele, por estar no quarto mandato, sempre ligado a ele”, frisa.

Questionado se André decidiu não ser candidato por questões judiciais e se ele não teme ter a campanha eleitoral marcada por dar explicações sobre seu principal cabo eleitoral, Márcio foi categórico: “Hoje, se o André quiser ser candidato, poderia ser. Não há impedimento nenhum; ele não é condenado. E o candidato sou eu, Márcio Fernandes, com apoio do ex-governador e ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli. Eu vou contar com a experiência dele; eu quero contar com o apoio dele no dia a dia, mas o candidato sou eu”. Márcio disse que todas as lideranças do partido estão empenhadas em sua eleição.

Com Márcio, MDB pode voltar ao poder político

O deputado estadual Márcio Fernandes tem a missão de fazer com que o MDB volte aos seus tempos áureos na política, quando a legenda tinha o comando do Estado e da Capital. Um dos fatores que considera como importante é o apoio unânime das lideranças, bem como aposta na “saudade” que a população tem da “era emedebista”, principalmente na gestão André Puccinelli.

Eleição de dois turnos e com olhos voltados para periferia

O pré-candidato do MDB a prefeito de Campo Grande Márcio Fernandes acredita que as eleições deste ano serão de dois turnos. E ele, é claro, quer ser nome a estar na segunda etapa do pleito. Para isso, aposta no que chama de “legado muito forte” do partido. “Nós vamos defender e dizer para a parcela da população que não está contemplada pela administração atual que o nosso partido, o MDB, tem projeto”.

Márcio diz que em suas visitas sente a carência de uma presença maior da administração municipal na periferia. “Priorizou-se o centro da cidade, com obras monstruosas, inclusive em números, que poderiam ser muito mais aproveitados nos bairros. A nossa administração será diferente: o olhar vem dos bairros para o centro. Então, nós vamos priorizar os bairros que estão totalmente abandonados”.

Questionado sobre a atual gestão municipal, Márcio afirmou que “eu poderia dizer que poderia estar muito melhor”. Segundo ele, o contraponto será dado: “O MDB tem propostas e nós vamos apresentar, no período certo, o nosso plano de governo para a administração de Campo Grande”. Solicitado a fazer diagnóstico de eventuais problemas da cidade, o pré-candidato citou três como mais preocupantes: “O principal, sem dúvida, é a saúde. Faltam especialistas, principalmente pediatras. Não há pediatras nos postos de saúde e isso tem sido confirmado com as pesquisas que temos feito mensalmente. Isso é um problema muito grave. O trânsito, caótico, e a questão dos bairros: os bairros estão abandonados”.

Márcio disse que nas visitas feitas nos bairros e outros setores, percebe-se uma “saudade do MDB”, manifestada pelas pessoas que fazem comparativos de antes – quando a legenda esteve no poder municipal – e depois que foi substituída por outros partidos.

“Nós estamos conversando com essas pessoas, mostrando o que é possível fazer, ouvindo as suas reivindicações, e eu estou vendo que existe uma saudade muito grande, eu diria assim, da administração do MDB em Campo Grande, principalmente quando o André foi o prefeito. É unânime”, diz o pré-candidato. Com forte base eleitoral em Campo Grande, o emedebista acredita que poderá mostrar, pelo seu programa de trabalho, que há condições de haver o resgate daquilo que as pessoas estavam acostumadas. Daí o porquê da aposta no seu principal cabo eleitoral, André Puccinelli, que foi prefeito por duas vezes e governador do Estado também por dois mandatos e em sua experiência. 

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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