Política

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Marina muda estratégia de comunicação

Marina muda estratégia de comunicação

Redação

31/08/2010 - 06h24
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São Paulo Sem avançar nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação de campanha do PV à Presidência da República decidiu mudar a estratégia de comunicação para fazer com que Marina Silva chegue ao segundo turno. A aposta da coordenação é tirar o foco da apresentação de propostas para apontar as diferenças entre a candidata verde e seus adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PV). “Não vamos mudar no sentido de fazer uma campanha agressiva, vamos realçar as diferenças”, contou o coordenador geral da campanha, João Paulo Capobianco. Ele negou que os coordenadores de Marina tenham sido atingidos pelo clima de derrota e informou que só depois de 3 de outubro (1º turno das eleições) a executiva do PV se reunirá para definir o futuro do partido caso Dilma ganhe a disputa já no primeiro turno. “A eleição não está definida, a dinâmica eleitoral está ocorrendo e nós temos o melhor time”, disse. A coordenação do PV admite que o cenário é muito favorável à candidata do PT, que os números e a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito estão “surpreendendo a todos” e que alguns colaboradores acreditam que a situação é irreversível, mesmo com um mês de campanha pela frente. “Vamos trabalhar dobrado porque existe uma janela de oportunidade. Nós estamos no jogo, indo para as semifinais e queremos estar na final”, disse o coordenador ao questionar a capacidade de sustentação da candidatura petista nos atuais índices de votação. “Não vamos fazer como o Dunga, voltar no segundo tempo com a mesma estratégia. Vamos disputar até o último segundo do segundo tempo”, completou. Segundo Capobianco, embora Marina não tenha conseguido evoluir nas pesquisas, a candidata não perdeu eleitorado, como era previsto caso Dilma crescesse. Atualmente Marina varia entre 7% e 10% nas pesquisas de intenção de voto, de acordo com os principais institutos, o que é considerado pela coordenação como uma “adesão consistente” e, portanto, um resultado animador. “Quem tem que se preocupar é quem está perdendo voto”, avaliou. A mudança na estratégia de comunicação já deve se refletir nas próximas propagandas de rádio e TV. Com pouco tempo nas mídias eletrônicas tradicionais (1 minuto e 23 segundos), a campanha conta com a capilaridade da candidata na internet (mídias sociais como Facebook, Orkut, e Twitter), entrevistas e debates. É consenso dentro da campanha que Marina já se saiu bem ao “quebrar o plebiscito” entre Dilma e Serra e consolidar seu nome como terceira opção de voto, mas que há uma despolitização nesta eleição e um desequilíbrio estrutural das campanhas. “Concordamos que o País está num bom momento, mas é justamente no bom momento que a gente (eleitor) tem que ter mais responsabilidade”, ressaltou Capobianco ao defender a eleição de alguém que apresente um plano estratégico ao País. A partir de agora, a ideia é mostrar, de uma forma clara e eficiente, que Marina valoriza a qualidade e seus adversários prezam pela quantidade, disse o coordenador. Capobianco descarta definir um “alvo preferencial” na nova estratégia, uma vez que pesquisas internas no PV indicam que Marina tem potenciais eleitores entre os dilmistas e serristas. “De forma alguma vamos jogar a toalha”, reforçou.

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Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Ex-presidente queria comparecer à posse de Donald Trump

16/01/2025 22h00

Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, na próxima segunda-feira (20).Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de BolsonaroCitando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Em decisão publicada nesta quinta-feira (16), Moraes afirmou que os comportamentos recentes do ex-presidente indicam a possibilidade de tentativa de fuga do Brasil, para evitar uma eventual punição.

Moraes citou falas de Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, favoráveis à fuga de pessoas condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 para a Argentina. Discursos em redes sociais e declarações veiculadas na imprensa foram usados para embasar a decisão.

O ministro citou ainda uma entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo, em novembro do ano passado, na qual ele “cogitou a possibilidade de evadir-se e solicitar asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil”.

Na entrevista citada, Bolsonaro admite pedir refúgio em alguma embaixada para evitar prisão.

“O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em casos conexos à presente investigação e relacionados à ‘tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito’”, afirmou o ministro em sua decisão.

Convite

Na última semana, a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024, para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. O motivo seria acompanhar a posse de Donald Trump, em Washington. Moraes, então, pediu que o convite fosse apresentado, o que não ocorreu.

“Não houve, portanto, o cumprimento da decisão de 11/01/2025, pois não foi juntado aos autos nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo Presidente eleito dos EUA ao requerente Jair Messias Bolsonaro, conforme alegado pela defesa”, disse Moraes.

Segundo a defesa do ex-presidente, o convite havia sido formalizado em um e-mail enviado a Eduardo Bolsonaro. Mas o e-mail, segundo Moraes, se tratava de um “endereço não identificado” e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado. Mesmo sem uma comprovação do convite oficial, o ministro analisou o pedido de devolução do passaporte, negando-o.

PGR também foi contra

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, já havia se manifestado nessa terça-feira (15) contrário ao pedido da defesa de Bolsonaro. Em parecer enviado ao Supremo, o chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-presidente não demonstrou a necessidade imprescindível nem o interesse público da viagem.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder.

Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.

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Adriane Lopes entra na Justiça para reverter aumento de 96% do próprio salário

A prefeita de Campo Grande ingressou, nesta quarta-feira (15), com um pedido de suspensão da lei que aumenta o salário dela de R$ 21,2 mil para R$ 41,8 mil a partir de fevereiro

16/01/2025 17h00

Arquivo Correio do Estado

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Após ter um aumento de salário de 96,8%, por meio de medida aprovada no dia 28 de fevereiro de 2024 na Câmara Municipal de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) ingressou na Justiça com uma ação na tentativa de barrar o reajuste.

Como acompanhou o Correio do Estado, a medida foi aprovada no ano anterior por 26 votos favoráveis e dois contrários. Com isso, no primeiro mês do segundo mandato, o salário da prefeita passará de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,48.

Além do salário dela, todo o primeiro escalão e vários servidores de diversas secretarias também terão direito ao reajuste salarial. Com a enxurrada de críticas, a chefe do Executivo Municipal chegou a se opor ao próprio aumento e sugeriu que recorreria à Justiça para tentar impedir o reajuste.

Caso não conseguisse, pretendia manter o salário atual de R$ 21.263,62 e doar o restante para instituições das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.

No texto da ação direta de inconstitucionalidade, foi apresentado o projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara, que também aumenta os seguintes salários:

  • Prefeito(a): R$ 41.845,48
  • Vice-prefeito: R$ 37.658,61
  • Secretários Municipais: R$ 35.567,50
  • Dirigentes de autarquias: R$ 35.567,50

"É importante destacar que o projeto de lei que fixou os subsídios é de competência exclusiva da Câmara Municipal de Campo Grande, conforme previsão contida no artigo 23, inciso VII, da Lei Orgânica do Município, e no inciso V, do parágrafo único do art. 152, do seu Regimento Interno."

Embora a Constituição Federal permita que os subsídios de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais sejam fixados por lei da Câmara Municipal, a alegação é de que não houve estudo sobre o impacto orçamentário-financeiro.

"Como se vê no documento anexado à f. 13 do Projeto de Lei n.º 10.879/2023, ele não traz qualquer informação sobre a estimativa do impacto orçamentário-financeiro do aumento dos subsídios no exercício de 2025, considerando a sua vigência a partir de 1.º deste ano, e muito menos dos dois anos subsequentes. Isso caracteriza expressamente o vício apontado, uma vez que o documento anexado não cumpre o regramento do artigo 113 da ADCT."

Ainda, segundo o procurador-geral do município, Marcelino Pereira da Silva, o intuito da medida cautelar contra o aumento salarial tem como base os prejuízos que podem acabar sendo causados à economia do município, afetando desde a reestruturação de órgãos municipais até a aplicação de verbas em outros setores de interesse da população.

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