Política

ELEIÇÕES 2018

MDB está irredutível e mantém candidatura de Puccinelli ao governo

Presidente do diretório municipal, Ulisses Rocha confirmou informação

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O presidente do diretório municipal do MDB, Ulisses Rocha visitou na tarde desta terça-feira (24), o ex-governador, André Puccinelli, preso desde sexta-feira (20), no Complexo Penitenciário localizado no Jardim Noroeste em Campo Grande, por conta de denúncias do Ministério Público Federal (MPF) com base em documentos apreendidos na Operação Lama Asfáltica.

Na ocasião, Rocha reafirmou que o partido mantém aprovada a pré-candidatura de Puccinelli. "Ele está tranquilo e conversou com os advogados que adotarão medidas para pleitear sua liberação. O nome do ex-governador é unanimidade no partido e está mantida a candidatura", declarou.

Já o deputado estadual, George Takimoto, também esteve com o ex-governador e confirmou as declarações de Ulisses Rocha. "Fui visitar o André e ele demonstrou tranquilidade enquanto aguarda o desenrolar dessa história", pontuou.

O habeas corpus solicitando soltura foi negado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), Maurício Yukikazu Kato, alegando que “a decisão que decretou a prisão preventiva dos pacientes está fundamentada em elementos que, ao menos por ora, indicam a necessidade da segregação cautelar, não padecendo de ilegalidade ou mácula que possam modificá-la”. 

HISTÓRICO

O grupo responde por crimes contra a administração pública e lavagem ou ocultação de bens oriundos de corrupção. As prisões foram cumpridas em desdobramentos da Operação Papiros de Lama, quinta fase da Operação Lama Asfáltica, que apura fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. 

A PF afirma que, mesmo depois da prisão do ano passado, André continuava a operar esquema de lavagem de dinheiro, junto com o filho e João Paulo, utilizando o Instituto Ícone como ferramenta. 

Através do habeas corpus, os advogados Renê Siufi e André Borges consideravam as medidas  da prisão "absurdas", e defendem que André e os demais foram alvos de constrangimento ilegal e que as operações financeiras do Instituto Ícone eram todas lícitas. Eles consideram também caráter político das prisões ocorridas às vésperas de convenções partidárias, uma vez que André é pré-candidato ao Governo do Estado pelo MDB. 

André e o filho estão presos no Centro de Triagem e o advogado João Paulo Calves no Presídio Militar de Trânsito. André Borges, representante de Calves, disse que a defesa ainda deve recorrer da decisão e vai continuar em busca da liberdade dos presos.

*Colaboração de Yarima Mecchi

Interior

Promotor pede afastamento do prefeito de Ladário e assessora

Prefeito e assessora do município que é um enclave em Corumbá são acusados de assédio moral

28/11/2024 16h13

Prefeito de Ladário, Iranil Soares

Prefeito de Ladário, Iranil Soares Divulgação

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Em ação civil pública, o promotor de Justiça Luciano Bordignon Conte, da comarca de Corumbá, pediu o imediato afastamento do prefeito Iranil de Lima Soares (PP) e da ex-secretária de Assistência Social (hoje superintendente na mesma pasta) Graziele Zório Franco, ambos de Ladário, por assédio moral e eleitoral, demissões e perseguição a servidores públicos durante e após o último pleito para sucessão municipal.

Depoimentos de servidores da secretaria e documentos, como mensagens ameaçadoras por aplicativo do celular, comprovaram os abusos praticados por Iranil e Graziela, incluindo demissões sumárias de funcionários da prefeitura por não apoiarem a ambos na campanha.

O prefeito tentou sem sucesso eleger seu sucessor, Luciano Cavalcante Jara, e a ex-secretária disputou uma vaga na Câmara de Vereadores e não se elegeu. 
Retaliação

“Faz-se necessária a concessão de tutela antecipada de urgência, liminarmente, determinando o afastamento dos requeridos para se evitar a perpetuação da utilização da máquina pública para a satisfação de propósitos egoístico, com a finalidade de restabelecer a observância aos princípios da administração pública”, afirmou o promotor na ação.

Para ele, estão “evidente e caracterizado” os crimes praticados “em prejuízo à população e à administração pública”.

O caso foi denunciado ao MP pela servidora Rafaella Fernanda Sabetti Lengruber, que coordenou o Cras e sofreu retaliações por recusar-se a trabalhar na campanha da ex-secretária.

Rafaella perdeu o cargo e foi transferida repetidas vezes para outros setores da prefeitura, dentre os quais o Creas, onde cumpria expediente sem função, durante 8h por dia, sentada em uma cadeira de plástico. Por fim foi cedida ao Conselho Tutelar e perdeu a gratificação salarial.

Farra de diárias

Investigações do MP concluíram que a ex-secretária, mesmo afastada do cargo para a disputa eleitoral, continuava dando ordens na secretária em benefício próprio, o que ocasionou a saída da substituta por não concordar com sua conduta.

Na ação, o promotor Luciano Bordignon Conte pede a condenação de Iranil e Graziela ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão por danos morais, dinheiro a ser revertido ao Conselho de Segurança de Corumbá e Ladário.

O prefeito Iranil Soares já é réu em sentença proferida pela juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo, da Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos da comarca de Corumbá, por improbidade administrativa, acusado de promover farra com pagamento de diárias quando era presidente da Câmara de Vereadores de Ladário.

Ele foi condenado a devolver parte dos R$ 497,5 mil aos cofres do legislativo municipal liberados de forma irregular entre 2011 e 2013.

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Operação tapa-buraco

Justiça suspende bloqueio de R$ 42 milhões de Nelsinho Trad por fraude

Mudança foi possível após nova Lei de Improbidade Administrativa

28/11/2024 14h45

Senador Nelsinho Trad

Senador Nelsinho Trad Foto: Geraldo MAgela/Agencia Senado

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A Justiça suspendeu o bloqueio de R$ 42,2 milhões do senador Nelsinho Trad (PSD), dez pessoas, além de duas empresas, por fraude na Operação Tapa-Buraco, mudança possível após nova Lei de Improbidade Administrativa, aprovada em 2021.

Realizado pelo juiz Alexandre Antunes da Silva no dia 29 de novembro de 2017, o bloqueio determinou a indisponibilidade dos R$ 14,082 milhões pagos pela prefeitura à Asfaltec e Equipe, mais o valor equivalente da multa civil e da indenização por danos morais. O bloqueio foi determinado há sete anos em uma das 11 ações de improbidade administrativa contra o ex-prefeito à época.

“Levantem-se, portanto, as indisponibilidades que recaíram sobre os bens dos requeridos Nelson Trad Filho, Semy Alves Ferraz, Asfaltec Tecnologia em Asfalto Ltda., Elias Lino da Silva, Equipe Engenharia Ltda., Ivane Vanzella, João Antônio de Marco, João Parron Maria, Marcela Lima Cunha, Sylvio Darilson Cesco, Unipav Engenharia Ltda., Valtemir Alves de Brito, Almir Antônio Diniz de Figueiredo e João Carlos de Almeida”, determinou o juiz.

Cabe destacar que a Força-Tarefa do Ministério Público Estadual (MPE) pediu o bloqueio de R$ 183 milhões, mas o magistrado acatou parcialmente o pedido.

“A mudança na legislação garante o princípio constitucional da presunção da inocência. “Nova lei da improbidade faz justiça a quem simplesmente está sendo acusado de algo errado: só verá patrimônio bloqueado em casos de clara demonstração de dolo e risco real de dilapidação do patrimônio”, ponderou o advogado André Borges.

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