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Mesários poderão impedir eleitores sem máscara de votar nas eleições de 2020

Justiça Eleitoral obriga o uso de máscara e pede ao eleitor que use sua própria caneta e evite aglomerações

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O período eleitoral deste ano já começou diferente, a julgar pelo adiamento da data. A votação do primeiro turno, que deveria ter ocorrido em 4 de outubro, só será realizada no dia 15 deste mês. Mas as mudanças não param por aí.  

Por mais que a pandemia de Covid-19 tenha passado a ser desprezada por muita gente à medida que a média móvel de casos caiu, sobretudo em Mato Grosso do Sul, onde é possível ver, frequentemente, pessoas sem máscaras e sem qualquer preocupação mínima de se frear o contágio (como o distanciamento físico e o uso de sanitizantes, como o álcool em gel), é importante o eleitor lembrar que todas as medidas de biossegurança recomendadas serão obrigatórias durante a votação.  
 

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O Correio do Estado organizou todas as recomendações da Justiça Eleitoral para que os cidadãos que têm a obrigação do voto se organizem mais facilmente neste dia 15. 

Não custa lembrar que as aglomerações estão proibidas e quem não usar máscara poderá ser impedido de votar.  

MÁSCARA OBRIGATÓRIA

O uso de máscara é obrigatório dentro dos locais de votação e nas seções eleitorais. É recomendado que ela seja utilizada desde o momento de saída de casa até a volta.  

O presidente da seção ou qualquer autoridade a serviço da Justiça Eleitoral, como policiais e guardas municipais, por exemplo, estão autorizados a impedir a entrada de pessoas sem máscara nos locais de votação.  

60 OU MAIS

Pessoas nesta faixa etária devem votar. A Justiça Eleitoral estipulou horário preferencial para esse público que faz parte grupo de risco da Covid-19 votar: das 7h às 10h. Para aqueles com mais de 70 anos, o voto é facultativo.

Quem tiver menos de 60 anos é recomendado que vote depois das 10h, de preferência no período da tarde.

SINTOMAS DE COVID-19

O eleitor não deve votar caso apresente febre no período de até 14 dias antes da eleição, mesmo sem ter feito o teste para comprovar a infecção pelo novo coronavírus. 

Também não deve comparecer caso tenha tido resultado positivo para Covid-19 até 14 dias antes da data do pleito. 

É importante ressaltar que não haverá, pelo menos não será obrigatória, a aferição de temperatura nos locais de votação, por isso a verificação deve ser feita antes de sair de casa.

Caso alguma das situações citadas ocorra, é possível justificar a ausência no aplicativo e-Título, na funcionalidade “Justificativa Eleitoral”.  

SEM BIOMETRIA

A identificação biométrica está desabilitada para esta eleição. No lugar, o eleitor deve apresentar documento oficial com foto e assinar o caderno de votação. 

A biometria foi desativada nesse pleito para reduzir as filas, já que este sistema pode tornar a votação mais demorada. Outro motivo foi diminuir os pontos de contato do eleitor com objetos.  

IDENTIFICAÇÃO  

Como medida de segurança neste novo protocolo, o documento de identificação não deve ser entregue ao mesário, e sim mostrado a distância. 

Pode ser solicitado que o eleitor dê dois passos para trás e abaixe a máscara rapidamente, para checar a identidade – único momento em que se recomenda que isso seja feito dentro dos locais de votação.

Também para evitar contato, o comprovante de votação será entregue somente se solicitado – isto deve ser feito antes de entrar na cabine.

MAIS PROIBIÇÕES

Além do uso obrigatório de máscara, o Tribunal Superior Eleitoral estabelece que haja distância mínima de um metro entre pessoas dentro dos locais de votação. Nas filas, haverá marcações no chão indicando o espaço adequado. Pelo menos esta é a expectativa.

Não será permitido beber, comer ou fazer qualquer atividade que demande a retirada da máscara nos locais de votação.

CANETA PRÓPRIA

Fora a tradicional cola com o número dos candidatos, é recomendado que cada pessoa leve uma caneta para assinatura no caderno de votação. Caso isso não ocorra, o mesário deve efetuar a higienização do objeto após cada uso.  

OUTROS CUIDADOS

O eleitor também deve evitar tocar o rosto e contato com outras pessoas. É indicado que crianças e acompanhantes não sejam levados aos locais de votação. 

O TSE também pede para que os eleitores não deixem para votar na última hora e permaneçam no local somente o tempo necessário para votar.

TERRAS-INDÍGENAS

Em marcha, indígenas levam pautas sobre demarcação de terras ao Congresso

A marcha foi guiada por um trio elétrico, onde os indígenas dos seis biomas brasileiros e diferentes territórios relataram os problemas que enfrentam

23/04/2024 22h00

O requerimento para a sessão foi feito pela deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que também preside a sessão José Cruz / Agência Brasil

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Os movimentos indígenas marcharam nesta terça-feira (23) do ATL (Acampamento Terra Livre), no Eixo Cultural Ibero-americano, em Brasília, até o Congresso Nacional, onde participaram de uma sessão solene.

O requerimento para a sessão foi feito pela deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que também preside a sessão.

A marcha foi guiada por um trio elétrico, onde os indígenas dos seis biomas brasileiros e diferentes territórios relataram os problemas que enfrentam. As falas cobraram das autoridades políticas de demarcações de terras, mas também citaram descasos nas áreas de saúde, segurança e educação.

Ana Ruth Kokama, 36, conta que viajou de Amaturá (AM) a Brasília, por custo próprio, para participar do ATL pela primeira vez. Ela é representante dos povos indígenas do Alto Solimões e relatou as pautas da região no trio elétrico.

"A Constituição de 88 garantiu aos povos indígenas os direitos da terra, das tradições e costumes. E agora, fazem leis para tirar os nossos direitos e autorizar a criação de fazendas, hidrelétricas e mineradoras em nossos território. Os governos estaduais estão levando empresas para explorar nossas terras sem a nossa consulta", afirmou.

Sessão solene

Em coletiva de imprensa, antes da sessão solene, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que, apesar de o número de terras indígenas demarcadas no governo Lula (PT) até agora ser menos do que o ideal, ainda representa uma grande conquista diante da realidade do Estado brasileiro.

Ela lembrou que, em menos de um ano e meio de gestão, foram dez territórios homologados. Em comparação, foram 11 terras nos dez anos anteriores -o que inclui parte dos governos Dilma Rousseff (PT), o de Michel Temer (MDB) e o de Jair Bolsonaro (PL).

"Nós conseguimos, neste um ano e quatro meses, homologar dez territórios indígenas. É pouco? É pouco. Para o tamanho do passivo que tem no Brasil, precisa avançar ainda mais. Mas, em dez anos [anteriores], foram apenas 11 territórios demarcados", disse.

"Não pensem que isso é fácil, não pensem que é uma conquista pequena. É uma grande conquista, porque se dependesse da decisão e vontade do Estado brasileiro, nem essas [dez] teriam saído",completou.

Além de Guajajara e Xakriabá, participam da sessão na Câmara em homenagem ao movimento indígena, a presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) Joenia Wapichana, deputados e lideranças tradicionais, que se pronunciaram durante o evento.

 

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BOLSONARO-DENÚNCIAS

Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março

23/04/2024 20h00

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes Valter Campanato/ Agência Brasil

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (23) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o aprofundamento de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março.


A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a PF diz que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).

Para Gonet, apesar de "relevantes achados que constam do minucioso relatório final da investigação", ainda não há uma resposta do DoJ (o Departamento de Justiça dos EUA) a pedido Polícia Federal de "esclarecimento sobre se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estada no território norte-americano".

"É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte-americano", diz o PGR.

Ele afirmou também: "Seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio. Solicita-se, portanto, da digna Autoridade Policial a produção de desses informes, para o que se pede a devolução dos autos à Polícia Federal."

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes.

Gonet quer, ainda, a análise do conteúdo de dispositivos apreendidos com investigados, entre eles os de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração depois de ter sido preso.

O procurador-geral também quer que a PF faça análise de dados da quebra do sigilo telemático do celular do deputado Gutemberg Reis. Ele é suspeito de ter articulado a inserção de dados falsos nos cartões de vacina.

"Encontram-se igualmente pendentes de conclusão e de juntada aos autos os laudos periciais de informática e os relatórios de extração/análise de conteúdo da maioria dos dispositivos eletrônicos apreendidos nos autos", afirmou.


Em março, a defesa de Bolsonaro criticou o indiciamento e o chamou de precipitado.

À época, os advogados afirmaram que "não há fundada e objetiva suspeita de sua participação ou autoria nos delitos em apuração".

"Se qualquer pessoa tomou providências relacionadas às carteiras de vacinação do ex-presidente e de sua filha, o fez por iniciativa própria, à revelia de ambos, sendo claro que nunca determinaram ou mesmo solicitaram que qualquer conduta, mormente ilícita, fosse adotada em seus nomes."

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