Política

CPMF em questão

Moka e Simone votam com a população, e Delcídio com o PT

Senadora defende que governo federal precisa primeiro 'cortar na carne' para cobrar CPMF

DA REDAÇÃO

17/09/2015 - 00h00
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Até mesmo senadores sul-mato-grossenses que integram partido da base do Governo de Dilma Rousseff  são contrários à criação da CPMF. Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB, afirmaram que hoje não votam aumento de tributos. Por outro lado, o senador Delcídio do Amaral, que é do PT e líder do governo no Senado Federal, afirmou em entrevistas que vai lutar pela aprovação da CPMF.

Para Simone Tebet, “enquanto o governo não cortar na própria carne, não diminuir ministérios, não diminuir cargos, não aumentar o corte das despesas e não fizer o dever de casa, eu não vou nem discutir aumento de impostos”.

Posição parecida tem o senador Waldemir Moka, que enfatizou votar hoje contra a matéria que criaria a CPMF. “Sou contra a CPMF”, explicando que “acho difícil qualquer proposta do Governo chegar para votação no Senado Federal, já que o presidente da Câmara dos Deputados já disse que a matéria não deve ser apreciada este ano lá”.

*A reportagem, de Clodoaldo Silva, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

Neste sábado

PT lança candidatura de Loubet à presidência estadual do partido

Ato acontece junto da candidatura de Edinho, lançado ao diretório nacional da sigla

15/05/2025 15h15

Vander Loubet, deputado federal

Vander Loubet, deputado federal Foto: Arquivo Correio do Estado

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O Partido dos Trabalhadores lança neste sábado (17) a candidatura do senador Vander Loubet à presidência estadual da sigla, ação que também contará com o lançamento da candidatura de Edinho ao diretório nacional do partido. 

Vander conseguiu reunir entorno de sua candidatura a maioria das correntes políticas (Resistência Socialista, Construindo um novo Brasil, Democracia e Socialismo, Avante, Movimento PT e Independentes) que compõem o espectro petista.

Edinho é o candidato do Lula a presidente nacional do PT em MS, ele conta com o apoio das correntes políticas ( Construindo um novo Brasil e Resistência Socialista).

Em Campo Grande o quadro de disputa também já está definido. Pedro Kemp será candidato a presidente com o apoio das seguintes correntes políticas (Avante, Resistência Socialista, Construindo um novo Brasil, Democracia e Socialismo e Movimento PT), ele vai disputar o diretório municipal com Elaine Becker, atual secretária de organização do partido que conta com apoio da corrente política Articulação de Esquerda. 
O primeiro debate entre os candidatos da capital vai ocorrer no dia 07 de junho.

As eleições do PT ocorrem no dia 06 de julho das 9h às 17h em todo o Brasil em Campo Grande.
Nós não temos dúvidas sairemos mais fortalecidos das nossas eleições internas. Para que possamos dialogar com a sociedade sobre os legados do governo do Presidente Lula e fazermos a defesa da democracia.

Segundo Agamenon do Prado, Presidente do Diretório Municipal do PT Campo Grande, as eleições internas do PT é o primeiro passo para preparar o partido para o pleito de 2026.

Na disputa

Humberto Amaducci também briga pela presidência do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul. Atual vice-presidente estadual da sigla, ele disputa a principal cadeira do partido com o deputado federal Vander Loubet, até então único pretendente à vaga.

Ex-prefeito de Mundo Novo e candidato ao Governador do Estado em 2018, Amaducci confirmou a candidatura em abril por meio de em suas redes sociais, nome que surge após a desistência da deputada estadual Gleice Jane.

“Acreditamos na democracia interna do PT, no debate fraterno de posições políticas e ideológicas, cuja perspectiva principal consiste no fortalecimento do Partido”, destacou recentemente ao Correio do Estado.

O candidato disse que a chapa disputara os rumos do PT, para que a sigla volte a liderar um bloco de centro-esquerda no estado, o que requer, de imediato, “romper com o governo de Eduardo Riedel e deixar a sua base de sustentação na Assembleia Legislativa.”

Questionado pelo Correio do Estado, o novo postulante a líder do partido disse que apesar das disputas internas, o principal objetivo do partido é reeleger o presidente Lula em 2026, além de fortalecer a bancada federal do partido, que além de Loubet, conta com Camila Jara, assim como conquistar ao menos uma cadeira no Senado.

“De nada adiante elegermos o presidente Lula e não conseguirmos nos fortalecer na bancada federal e no Senado. Queremos garantir o palanque para Lula em Mato Grosso do Sul, como já fizemos em outros momentos, além de voltar a governar o Estado”, frisou. 

Sobre a disputa com Loubet, Amaducci destacou que o partido é muito democrático e que o objetivo é garantir o debate de ideias e ampliar o alcance da sigla. “Ele (Loubet) tem as ideias dele e eu tenho as minhas, vamos debater, porém, acima de tudo, devemos nos atentar ao aspecto geral das eleições”, finalizou. 

*Saiba

Em MS, as eleições vão ocorrer em 70 municípios. Na capital,  o local de votação será na Escola Estadual Vespaziano Martins.

*Atualizado às 18h30 para acréscimo de informações

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JUSTIÇA

Ministros sentam em cima de denúncia, Waldir retorna e Iran pode voltar ao TCE

Como já virou réu no STJ, o conselheiro Ronaldo Chadid não poderá ser beneficiado por decisão de Alexandre de Moraes, do STF

15/05/2025 08h00

O conselheiro Waldir Neves está liberado para retornar às suas funções no Tribunal de Contas

O conselheiro Waldir Neves está liberado para retornar às suas funções no Tribunal de Contas Foto: Montagem

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A demora dos ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em analisar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os conselheiros Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves, do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), permite que Waldir já possa retornar às funções na Corte de Contas e que Iran seja beneficiado com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) publicada na terça-feira e assinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Diferentemente dos dois conselheiros, que foram afastados das funções no TCE-MS no dia 8 de dezembro de 2022 durante a Operação Terceirização de Ouro, para desarticular organização criminosa especializada na fraude de certames licitatórios e no desvio de recursos públicos identificados nas operações Lama Asfáltica e Mineração de Ouro, o conselheiro Ronaldo Chadid, que foi afastado da Corte de Contas na mesma data, não será beneficiado pela decisão do STF.

Isso porque, no caso Ronaldo Chadid, após 7 adiamentos consecutivos, os 15 ministros da Corte Especial do STJ aceitaram, no dia 7 de agosto de 2024, a denúncia feita pelo MPF por lavagem de dinheiro, após ter sido encontrado pela Polícia Federal (PF) com o conselheiro R$ 1,6 milhão em espécie, montante resultante da apreensão de R$ 890 mil em dinheiro na casa dele e de mais R$ 730 mil na casa de sua secretária.

Diante da morosidade da Corte Especial do STJ para analisar a denúncia do MPF contra Waldir Neves, a defesa do conselheiro ingressou no STF com o habeas corpus, alegando que foi “indevidamente cerceado o seu direito de ir e vir e estar diante do afastamento cautelar de suas funções públicas e impedimento de estar com funcionários e na sede do TCE-MS, com monitoramento eletrônico e outras medidas restritivas”.

Para a defesa, passados mais de dois anos e cinco meses, “não houve até o momento decisão da autoridade coatora”, o ministro Francisco Falcão, do STJ.

“Diante do flagrante excesso de prazo das medidas cautelares criminais injustamente impostas ao paciente e a flagrante morosidade do STJ para sua imediata revogação, eis que não estão presentes os requisitos das referidas medidas cautelares diversas”, escreveu.

Em tempo, Waldir Neves foi afastado por determinação do ministro Francisco Falcão para que a PF fizesse, por suspeita de fraude de certames licitatórios, a apuração da Licitação nº 10/2017, na modalidade pregão presencial, e a consequente assinatura do Contrato nº 03/2018 (TCE-MS), com uma prestadora de serviços da Corte, denominada Dataeasy Consultoria e Informática Ltda., que atualmente não presta mais serviços ao órgão de contas.

A referida investigação da PF embasou a denúncia feita pelo MPF contra o conselheiro pela prática dos crimes de peculato e de fraude a licitações, afinal, ficou indicada a existência de graves irregularidades na contratação da empresa Dataeasy pelo TCE-MS, bem como na execução e na fiscalização do contrato milionário, sistematicamente aditado, inclusive após a deflagração da primeira fase da investigação.

Entretanto, como não há pedido de pauta para julgamento do recebimento da denúncia no STJ e também não há registro de fatos recentes que indiquem reiteração criminosa, de modo que o retorno ao cargo de conselheiro não representa risco aos elementos de prova constantes da denúncia, que foi oferecida em março de 2023 e ainda aguarda apreciação da Corte Especial, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu deferir parcialmente o pedido de liminar e determinou a imediata suspensão das medidas cautelares em relação a Waldir Neves.

Ele determinou a suspensão do afastamento do exercício das funções públicas, que deverão ser retomadas imediatamente, da proibição de acessar as dependências da Corte e de utilizar os serviços e da monitoração eletrônica.

“Mantenho, entretanto, a proibição de se comunicar com os demais investigados. Por fim, em substituição à medida cautelar anterior de monitoração eletrônica, determino: (1) a proibição de ausentar-se da Comarca; (2) a suspensão do passaporte, proibindo-se, ainda, a obtenção de novo documento; (3) a proibição de ausentar-se do País, devendo a Polícia Federal proceder às anotações necessárias ao impedimento migratório”.

Saiba

Kayatt diz que Waldir estará hoje no TCE-MS

O presidente do TCE-MS, Flávio Kayatt, disse que já tomou ciência da decisão do STF. “Acredito que amanhã [hoje] o conselheiro já deva estar despachando no seu gabinete”, disse. Ele também explicou que houve algumas mudanças e o conselheiro substituto Célio de Lima, que estava respondendo pela pasta de Waldir Neves, agora será responsável pelo gabinete do conselheiro Osmar Jeronymo.

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