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Morre ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez em decorrência de câncer de Pulmão

Informação foi divulgada pelo partido dele, Frente Ampla, nas redes sociais

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Na madrugada deste domingo, 06, o político uruguaio Tabaré Vázquez faleceu, aos 80 anos, em Montevidéu devido um câncer de pulmão detectado em agosto de 2019. 

A informação foi dada pelo seu partido, Frente Ampla, no Twitter. "Seu exemplo de integridade política e compromisso inabalável com nosso país e povo, nos levará a continuar seu legado", escreveram.

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Na mesma rede social seu filho, Alvaro Vázquez, publicou: "Hoje, às 3 horas, enquanto descansava em casa, acompanhado de alguns familiares e amigos, por causa de sua doença, Tabaré faleceu. Em nome da família, queremos agradecer a todos os uruguaios pelo carinho recebido por ele ao longo de tantos anos".

Vázquez foi o primeiro presidente de esquerda do país, representando a Frente Ampla (FA), cargo que ocupou entre 2005 e 2010, e depois serviu outro mandato entre 2015 e 2020. 

Ele deixou o cargo de presidente em março deste ano, quando foi substituído por Luis Lacalle Pou, do Partido Liberal, vencedor das eleições do ano passado.

O atual presidente lamentou a morte de Vázquez em seu Twitter. "Ele enfrentou sua última batalha com coragem e serenidade. Tivemos casos de diálogo pessoal e político que eu valorizo e lembrarei. Serviu seu país e com base nos esforços feitos conquistas importantes. Ele era o presidente dos uruguaios. O país está de luto", escreveu.

Em comunicado, os parentes de Vázquez indicaram que, seguindo os protocolos da pandemia do coronavírus, decidiram não realizar o velório. "Seus filhos e netos irão se despedir em uma cerimônia tranquila e íntima", explicaram.

Às 13h local uma procissão fúnebre partirá da Esplanada da Intendência Municipal de Montevidéu, no centro da capital, em direção ao Cemitério de La Teja, antigo bairro do representante, onde também será realizado uma cerimônia intimista. "Pedimos à população que se junte a nós nestes atos desde suas casas, com ajuda da cobertura jornalística", escreveram os parentes.

Eles também solicitaram "fortemente" àqueles que insistem em visitar pessoalmente os eventos fazerem das calçadas, evitando multidões, mantendo distanciamento físico, utilizando máscaras e cumprindo todas as medidas sanitárias regulamentadas pelas autoridades competentes".

Luta contra tabagismo

O presidente foi reconhecido e premiado por sua luta contra o tabagismo e conseguiu tornar o Uruguai o primeiro país livre de fumaça de tabaco na América Latina, em 2006, e o quinto do mundo, ao proibir fumar em espaços públicos fechados.

O câncer marcou profundamente a vida de Vázquez. Na década de 60, ele perdeu a mãe, o pai e a irmã, todos vítimas da doença. Nos anos 70, Vázquez ingressou no Serviço de Radioterapia da Faculdade de Medicina. A partir de então, dedicou sua vida à oncologia.

Apesar de já ter sido fumante, Vázquez não fumava há mais de 50 anos e se tornou um crítico do tabaco. No primeiro mandato como presidente, em 2008, aprovou a lei que proíbe o fumo em locais fechados e impôs restrições mais severas à publicidade de cigarros. Em 2011, ele publicou um livro intitulado Crônicas de um Mal Amigo, em que aborda a doença.

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Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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