Política

Alegações finais

MPF entrega alegações finais de ação penal
envolvendo Lula e André Esteves

No documento, o Ministério Público Federal pede a absolvição de Lula

G1

01/09/2017 - 18h45
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O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta sexta-feira (1º) a absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do banqueiro André Esteves numa ação na qual eles foram acusados de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

O órgão entregou à Justiça Federal em Brasília as alegações finais na ação penal, na qual apresenta as conclusões com base nas provas e depoimentos realizados. O MPF diz não ter encontrado evidências de que Lula e André Esteves cometeram o crime de obstrução de Justiça.

Em nota, a defesa de Lula avaliou a decisão como "justa", por refletir a "prova da inocência" do ex-presidente. "Lula jamais praticou qualquer ato com o objetivo de impedir ou modular a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró", acrescentou.

À GloboNews, o advogado de André Esteves, Antonio Carlos de Almeida Castro, divulgou a seguinte nota: "O Ministério Público, em um parecer técnico e bem fundamentado, pede a absolvição do André Esteves no processo onde ele foi acusado de obstrução de justiça, aquele em que ele foi preso. A Justiça esta sendo feita."

O processo para investigar Lula e André Esteves foi aberto com base na delação do senador cassado Delcídio do Amaral.

Em 2015, Delcídio foi preso pela Polícia Federal – à época, ele era filiado ao PT e exercia a função de líder do governo Dilma Rousseff no Senado. Ele foi acusado pela Procuradoria Geral da República de oferecer R$ 50 mil mensais a Cerveró para que o ex-diretor da Petrobras não fechasse acordo de delação.

Segundo o MPF:
"Delcídio estava agindo apenas em interesse próprio. E Cerveró estava sonegando informações no que se refere a Delcídio, e não sobre Lula, a quem inclusive imputava fatos falsos, no intuito de proteger Delcídio."

O MPF também pede para a Justiça inocentar André Esteves por verificar em depoimentos que, após Delcídio lhe pedir para pagar Cerveró, o banqueiro não aceitou contribuir.

Delação de Delcídio

Diante das conclusões às quais chegou na ação penal, o Ministério Público pediu à Justiça que Delcídio perca os benefícios da delação premiada e seja condenado. A avaliação do MPF é que o silêncio de Cerveró interessava somente ao ex-senador.

O MPF alega, também, que os benefícios devem ser retirados por Delcídio ter "mentido sobre fatos que levaram à abertura de ação penal contra sete pessoas".

Além da condenação de Delcídio, o MPF quer punição para o ex-advogado dele Edson Ribeiro; para o empresário José Carlos Bumlai; e para o filho dele Maurício Bumlai.

O órgão também quer condenar Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio, mas sem punição, já que colaborou com provas.

Propina de R$ 4 milhões

Responsável pelo caso, o procurador Ivan Marx explicou que Delcídio queria impedir Nestor Cerveró de contar na delação premiada uma propina de R$ 4 milhões que teria recebido da construtora UTC para abastecer a campanha dele a governador do Mato Grosso do Sul, em 2006.

Para isso, junto com Edson Ribeiro, Delcídio fez que com Cerveró dissesse falsamente a investigadores que a propina seria destinada para a campanha presidencial de Lula.

Repasse de R$ 250 mil

O MPF também entende que Delcídio do Amaral mentiu ao dizer que repassou R$ 250 mil a Cerveró a pedido de Lula.

Com a entrega das alegações finais pelo MPF, o processo entra na fase final. Faltam, agora, as manifestações de cada um dos acusados para o julgamento, a cargo do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.

REVANCHE

Vira-casaca, Capitão Contar aposta em efeito Pablo Marçal para encarar Riedel

Em visitas ao interior, o ex-deputado estadual teria falado que continuará no PRTB e que desistiu do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro

13/02/2025 08h00

Ao centro, Capitão Contar participa de evento em Naviraí, ao lado do prefeito Rodrigo Sacuno (PL)

Ao centro, Capitão Contar participa de evento em Naviraí, ao lado do prefeito Rodrigo Sacuno (PL) Foto: Divulgação

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Em uma guinada de 180 graus, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) teria desistido de tentar uma vaga no Senado e sairia novamente candidato a governador de Mato Grosso do Sul nas eleições gerais de 2026.

Além disso, conforme apurou o Correio do Estado, ele deve continuar no PRTB, apostando no fenômeno Pablo Marçal, e não pretende mais migrar para o PL do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, esquecendo que foi eleito deputado estadual em 2018 graças à “onda bolsonarista”.

O Capitão Contar também quer tentar uma revanche contra o governador Eduardo Riedel (PSDB), que o derrotou no segundo turno das eleições gerais de 2022 por uma diferença de 196.097 votos válidos, ou seja, 13,8% do total.

É bom lembrar que o ex-deputado estadual só avançou para o segundo turno depois que o ex-presidente pediu, na reta final do primeiro turno, em debate presidencial transmitido ao vivo pela TV Globo, votos ao então candidato bolsonarista sul-mato-grossense. 

A mudança de rumo, já que até então Bolsonaro apoiava a candidatura do tucano Eduardo Riedel, foi provocada por declaração da senadora Soraya Thronicke (Podemos), inimiga política do ex-presidente e também presidenciável na época, que o chamou de infiel por estar no palanque do PSDB.

A fala de Bolsonaro teve impacto imediato nas eleições em Mato Grosso do Sul e acabou fazendo com que Capitão Contar e Eduardo Riedel avançassem para o segundo turno, tirando do páreo o ex-governador André Puccinelli (MDB), que até então liderava todas as pesquisas de intenções de votos para voltar ao comando do Estado.

VIRA-CASACA

Preocupado em voltar a ocupar um cargo público eletivo, de preferência o mais alto de Mato Grosso do Sul, Contar não teria pensado duas vezes para virar a casaca, trocando o colega de caserna e de patente – ambos são capitães do Exército – pelo aliado de ocasião, o fenômeno Pablo Marçal.

O candidato do PRTB paulista por pouco não conseguiu avançar ao segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo (SP), a maior e mais importante cidade brasileira, derrotando os candidatos apoiados por Bolsonaro – que acabou reeleito – e pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Correio do Estado apurou que, nas andanças por cidades do interior do Estado, onde obteve muitos votos em 2018, Capitão Contar tem falado para seus apoiadores da direita que vai mesmo sair candidato a governador, pois os resultados de algumas pesquisas são muito animadores.

Ao ser questionado o porquê de não se filiar ao PL de Bolsonaro, ele revelou que, continuando no PRTB, teria o apoio de Pablo Marçal e, quem sabe, poderia repetir em Mato Grosso do Sul o mesmo efeito que o coach conseguiu com os eleitores da direita em São Paulo.

Capitão Contar acredita que Pablo Marçal deverá sair candidato a presidente da República pelo PRTB em 2026 e, dessa forma, faria uma dobradinha com ele no Estado, disputando o cargo de governador. 

Uma das cidades onde o ex-deputado estadual esteve e teria falado sobre esse assunto foi Naviraí. Ele participou da Jornada Pedagógica 2025, realizada pela Gerência Municipal de Educação (Gemed), na manhã de terça-feira, com aproximadamente 800 professores, coordenadores pedagógicos e administrativos.

O encontro dos trabalhadores em educação, realizado nas dependências do Salão Paroquial de Naviraí, teve a presença da primeira-dama Naiza Capuci Sacuno, da vice-prefeita Telma Minari (União Brasil) e do prefeito Rodrigo Sacuno (PL), que chegou ao encontro dos educadores acompanhado pelo Capitão Contar.

SAIBA

“Sou Bolsonaro e sairei ao Senado”, diz Contar

Procurado pelo Correio do Estado, o ex-deputado estadual Capitão Contar negou que disputará o cargo de governador em 2026 ou que apoiará Pablo Marçal.

“Por enquanto, vou continuar no PRTB, mas o meu candidato a presidente é Jair Bolsonaro. Não procede que vou apoiar Pablo Marçal. Todas as minhas decisões vão ser baseadas em pesquisas. E esses levantamentos apontam que é melhor disputar uma das vagas ao Senado. A legenda ainda será definida mais adiante”.

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EM ALTA

Corumbá recupera importância política no Estado e presença de Riedel amanhã reforça este cenário

O governador estará na cidade nesta quinta-feira (13) para lançar oficialmente o mais tradicional carnaval de Mato Grosso do Sul

12/02/2025 13h18

O prefeito de Corumbá, Dr. Gabriel (PSB), durante entrevista coletiva no município

O prefeito de Corumbá, Dr. Gabriel (PSB), durante entrevista coletiva no município Leonardo Amaral/Divulgação

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A presença do governador Eduardo Riedel (PSDB) em Corumbá (MS), na noite desta quinta-feira (13), para lançamento da programação do Carnaval 2025 demonstra que a cidade pantaneira voltou a ser peça importante no cenário político sul-mato-grossense.
 
Conforme apuração do Correio do Estado, será a primeira visita de Riedel ao município depois que o prefeito Dr. Gabriel (PSB) tomou posse há 44 dias e indica claramente a credibilidade da nova administração municipal.
 
"Deixa para trás aquele período de conflitos e falta de sintonia vividos na gestão passada. Corumbá recuperou sua importância política e seguimos trabalhando alinhados com o Estado, bancada federal e Assembleia Legislativa”, declarou Dr. Gabriel.
 
Ele acrescentou que o governador tem sido parceiro de primeira grandeza da sua administração. “Também não posso deixar de destacar a atuação do deputado estadual Paulo Duarte (PSB) nesse processo. O gabinete dele, em Campo Grande, está se tornando uma extensão para contatos com autoridades e busca de recursos", completou.
 
As ações do Estado em Corumbá confirmam a recuperação do status político do município, pois, ainda no ano passado, o governador destinou R$ 1,3 milhão para escolas de samba e blocos oficiais.
 
O repasse antecipado foi para aplicação na preparação dos desfiles de rua do carnaval corumbaense. O maior e mais organizado carnaval da região Centro-Oeste também recebeu verbas do deputado federal Beto Pereira (PSDB) e de outros integrantes da bancada federal.
 
O Executivo estadual lançou no fim de janeiro licitação - orçada em R$ 22,4 milhões - para serviços de pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais e restauração funcional do pavimento (recapeamento) nos bairros Nova Corumbá e Guatós, localizados na parte alta da cidade.
 
Na primeira semana de fevereiro, o Governo do Estado formalizou acordo para construção de um hospital com 170 leitos. A unidade, que contará com novo modelo de gestão hospitalar, deverá ser concluída e entregue em seis anos.
 
O acordo com a Prefeitura e Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) também encerrou uma ação civil pública que se arrastava há pelo menos sete anos.
 
"Corumbá começou a viver um novo e grande momento, com união de esforços pelo desenvolvimento e crescimento da cidade e melhoria da qualidade de vida da nossa população. Esse esforço e união foram reconhecidos pelas esferas governamentais e resultou na volta da importância e força política de Corumbá no cenário sul-mato-grossense", declarou o deputado estadual Paulo Duarte.

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