O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação do ex-deputado federal e ex-secretário de estado de Obras, Edson Giroto; do ex-fiscal de obras públicas da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e ex-deputado estadual, Wilson Roberto Mariano de Oliveira; a esposa de Mariano, Maria Helena Miranda de Oliveira; a filha do casal, Mariane Mariano de Oliveira Dornellas; e o genro, João Pedro Dornellas por lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lama Asfáltica. O processo segue agora para a alegação final dos réus.
As investigações do MPF apontam que, entre 2013 e 2016, os réus ocultaram a origem, propriedade, disposição e movimentação de R$ 4,3 milhões conquistados através de supostos crimes anteriores. Segundo a denúncia, esse valor foi usado para comprar uma fazenda em Corumbá, cidade no oeste do estado.
Ainda conforme o Ministério Público, os atos ilícitos descobertos comprovando a existência de uma associação estruturada e organizada de agentes públicos, principalmente na Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes (SEOP). O objetivo do grupo era usar a máquina pública, obras, contratos e recursos para enriquecimento ilícito, com esses recursos desviados sendo ocultados por meio de atos de lavagem de dinheiro.
Foram praticados sete conjuntos de crimes anteriores aos atos de lavagem de dinheiro: fraudes na contratação e na execução da obra de saneamento integrado na Avenida Lúdio Coelho, entre a Avenida Duque de Caxias e a Rua Antônio Bandeira, em Campo Grande; fraudes na contratação e na execução das obras da rodovia MS-430; fraudes na contratação e na execução das obras na MS-040; fraudes na contratação e na execução de obras de conservação de estradas não pavimentadas; fraudes nas obras de implantação e pavimentação de 104 km da BR-359; fraudes na contratação e na execução das obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Dourados; e contratos falsos de locação de máquinas intermediados pela Agesul junto à empresa Proteco Construções. A maioria desses atos já foram denunciados à 3ª Vara Federal de Campo Grande, e faz partes de outros processos que estão tramitando.