Eduardo Miranda
06/08/2022 08:00
O estado de Mato Grosso do Sul terá, nas eleições deste ano, o maior número de candidatos a governador desde a sua criação, em 1977.
Serão sete candidatos ao todo, o que faz com que a possibilidade de a eleição ser decidia em dois turnos seja praticamente uma unanimidade entre os candidatos ao governo e também entre os seus eleitores.
Ao todo, serão sete candidatos, dos quais cinco mantêm chances concretas de estarem presentes em um segundo turno, conforme as pesquisas mais recentes.
Nesta sexta-feira (5), encerraram-se as convenções partidárias e, como de costume neste período de definições, houve surpresas na última hora.
Entre as surpresas da “super sexta-feira”, data-limite para as convenções, conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), que estabeleceu 11 reuniões de partidos, está a definição do vice-governador da chapa do ex-secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB).
Na última hora, o deputado estadual Barbosinha (PP) foi escolhido para ser vice da chapa, que integra o mais amplo arco de alianças destas eleições em Mato Grosso do Sul.
Até uma hora antes da convenção do PSDB, Barbosinha era tido como candidato a deputado estadual na convenção de seu partido, o PP.
Na noite de quinta-feira, estava certo que o Republicanos, outro partido que integra a aliança, seria a legenda que indicaria o vice, e o nome apontado havia sido o do bispo Marcos Vítor, que foi vice na chapa de Odilon de Oliveira em 2018.
Assim como Barbosinha, Marcos Vitor também é um representante da cidade de Dourados, o segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul.
Na chapa liderada por Eduardo Riedel ainda está Tereza Cristina como candidata ao Senado, e o suplente é o tenente do Exército Aparecido Andrade Portela, do PL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Além de PSDB, PL, PP e Republicanos, a aliança ainda conta com partidos de centro-esquerda, como PSB e PDT, e deve ter a maioria do tempo de televisão na propaganda eleitoral.
Quem também promoveu convenção nesta sexta-feira foi o MDB. O partido confirmou como candidato a governador André Puccinelli, que tentará seu terceiro mandato. Na vice está Tânia Garib, ex-secretária de Assistência Social de Puccinelli.
O partido optou por não lançar candidato ao Senado e ainda fará aliança com as legendas Solidariedade e Democracia Cristã. Quanto à Presidência da República, o partido apoia formalmente a sul-mato-grossense Simone Tebet, que é do Estado e é do mesmo partido.
Puccinelli, porém, acredita que os eleitores têm plena liberdade para escolher seus candidatos à Presidência.