Thiago Andrade
Como bem sabe todo artista, não basta produzir, é preciso divulgar. É com esse objetivo que a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) lança hoje, às 19h, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, os produtos da segunda edição do Projeto Kit de Difusão Cultural. Compostos por um livreto com informações sobre os 50 artistas participantes, um CD de aúdio em MP3 e CD-Rom contendo fotos, releases e contatos, os kits serão distribuídos entre veículos de comunicação, principalmente rádios, da Capital e de todo o País.
“Vamos nos focar nas rádios públicas do Brasil inteiro. O projeto foi pensado de modo a contemplar os músicas que estão produzindo no Estado, atualmente. Para se inscrever era necessário ter pelo menos um disco gravado”, detalha Adriane Cação, coordenadora da Assessoria de Projetos da FMCS. Cada músico ou banda que participam do projeto cederam duas canções, totalizando 100 músicas ao final.
Adriane explica que na cerimônia de lançamento cada artista receberá 10 kits e outros serão cedidos gratuitamente aos representantes dos veículos de comunicação presentes. “É uma forma de fazer com que as produções regionais circulem entre os artistas, a mídia e a população. Deste modo, também oferecemos às rádios acervo musical de artistas que, muitas vezes, ficam de fora do eixo comercial.
No kit, estão presentes músicos consagrados como Jerry Espíndola e Jucy Ibanhez, assim como novos talentos, entre eles, Jennifer Magnética e Delay. Para Elânio Rodrigues, que acaba de lançar seu segundo trabalho, “Elânio”, o projeto é uma grande oportunidade para divulgar seu trabalho em meio aos veículos de comunicação, pois, “ele tem o peso de ser um projeto da fundação”.
O músico explica que, embora haja dificuldade para conseguir colocar seu trabalho em rádios do Estado, participar de um projeto de divulgação da FCMS abre algumas portas. “É como se estivessem avaliando que o trabalho é de valor. Infelizmente, muitas rádios de Mato Grosso do Sul precisam desse aval para encarar seriamente algumas propostas”, critica.
Além de propiciar a difusão dos artistas musicais e do material produzido no Estado, o projeto também tem um papel importante quanto ao registro da memória e história cultural da região. “São artistas que participam ativamente em nossa cultura. Esse kit é também um documento”, pontua Adriane.