Política

Diretriz orçamentária

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Na Lei de Diretrizes Orçamentária, bancada tenta tirar projetos de décadas da gaveta

Deputados e senadores tentam emplacar pavimentação da BR-419 para o orçamento de 2021

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A bancada federal de Mato Grosso do Sul apresentou três emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 (que define as prioridades de investimento do governo federal) para tentar desengavetar projetos solicitados há anos, mas que acabaram não sendo executados ou só tiveram as obras iniciadas. 

São as obras do Anel Rodoviário de Três Lagoas; adequações na BR-267, entre Bataguassu e Porto Murtinho (Rota Bioceânica); e a pavimentação da BR-419, entre Rio Verde e Aquidauana.

Como o prazo para apresentar emendas acabou na sexta-feira, agora os parlamentares federais devem votar o texto na quarta-feira, em sessão do Congresso Nacional convocada pelo presidente Davi Alcolumbre (DEM).

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De acordo com o coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, Nelson Trad Filho (PSD), “na lei, as emendas não estabelecem valores, são apenas metas para 2021, sobre o dinheiro que será destinado ao Estado. Tivemos que adiar as indicações pela falta de acordo em torno do processo orçamentário que passou para fevereiro de 2021”.

Ao todo, três projetos foram escolhidos dentro das regras da LDO pela bancada em reunião virtual realizada na quarta-feira (9): a construção do anel rodoviário na BR-262 e 158, em Três Lagoas; adequação do trecho rodoviário Bataguassu e Porto Murtinho, na BR-267/MS (Rota Bioceânica); construção de trecho rodoviário no entroncamento da BR-163 (Rio Verde de Mato Grosso) e entroncamento da BR-262 (Aquidauana) com a BR-419.

Década na espera

Destes projetos, a pavimentação da BR-419 é uma reivindicação da bancada que já dura 10 anos. Em 2010, os parlamentares à época começaram a conversar com o governo federal para viabilizar a obra. Tentaram pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), depois começaram a priorizá-la no Orçamento da União.

A obra prevê o asfaltamento de 226 quilômetros da rodovia, que atravessa os municípios de Rio Verde de Mato Grosso, Rio Negro, Aquidauana e Anastácio. 

O projeto executivo já foi até elaborado, bem como os estudos ambientais, e estão previstas as construções de 33 pontes, dois viadutos e 330 obras de drenagem. Mas ela continua no papel.

No caso do Contorno Rodoviário de Três Lagoas, recursos para a obra foram colocados nos Orçamentos da União de 2019 e deste ano, porém só no mês passado, no dia 24, foi publicado no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Infraestrutura, o edital de licitação para contratação de empresa de engenharia para realizar projetos e executar a obra, que vai interligar o contorno das BRs 158 e 262.

Na peça orçamentária deste ano a bancada conseguiu viabilizar R$ 28,9 milhões para o contorno, e foram disponibilizados R$ 8,8 milhões. Só que as obras só devem começar no segundo semestre do ano que vem, e mesmo assim se não houver contestações durante o processo de licitação.

Já a adequação da BR-267, entre Bataguassu e Porto Murtinho, com a construção de contornos, duplicações e travessias urbanas, teve parte executada. 

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) anunciou no ano passado que investiria R$ 12,7 milhões na recuperação e conservação de 104,8 quilômetros da rodovia entre a ponte sobre o Rio Perdido e a fronteira do Brasil com o Paraguai, em Porto Murtinho. Foi escolhida a empresa Civilpav Construções Ltda., com prazo de dois anos para executar a obra.

Estas obras são necessárias para viabilizar a Rota Bioceânica, que vai possibilitar acesso aos portos marítimos no norte do Chile.

Rito

O Congresso Nacional deve votar nesta quarta-feira a LDO para 2021 (PLN 9/20). A sessão será dividida em duas etapas: uma para votação na Câmara dos Deputados, às 10h, e outra no Senado, às 16h. 

O prazo para apresentar emendas terminou às 23h59min de sexta-feira.

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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