No livro “Predadores – Pedófilos, estupradores e outros agressores sexuais”, da psicóloga Anna C. Salter, Phd em estudos sobre agressores sexuais e suas vítimas, há muitos conselhos aos pais e educadores sobre o melhor tipo de defesa contra esses vilões.
Segundo a autora, os crimes sexuais são mais comuns do que a maioria das pessoas jamais imaginou: pesquisas recentes mostram que uma entre quatro garotas e um entre seis garotos terão contato sexual com um adulto. Ainda mais alarmante é o fato de que menos de 5% dos agressores sexuais são presos. No livro ela relata a história de um homem que vitimou mais de mil crianças antes de ir para a prisão.
No último capítulo do livro, a psicóloga escreve que não podemos detectar abusadores de crianças ou estupradores com consistência, devemos atentar para os modos de impedirmos que qualquer agressor potencial tenha acesso a nós ou a nossas crianças.
Em particular, devemos pensar em atentar para as probabilidades e evitar situações de alto risco. Em qualquer situação que se apresente, devemos considerar as possibilidades. Portanto, a autora recomenda que se evite, sempre que possível, deixar as crianças em práticas esportivas e em atividades extracurriculares sozinhas, pelo menos no caso daquelas com poucos anos de idade. Ela também não recomenda que sejam levadas para viagens que incluam pernoite com seus técnicos ou outros coordenadores jovens sem que você os acompanhe. No ensino fundamental e médio, os pais podem ir com os filhos nos bailes da escola, nas práticas esportivas comunitárias e nos jogos. Você não é tão ocupado. Pode estar presente, aponta Anna Salter.
Em outro alerta, a psicóloga escreve: “Acima de tudo, os agressores precisam de oportunidades para conhecer seu filho, para ganhar sua confiança e, por fim, necessitam de tempo e de um lugar para abusar dele. Sem oportunidade, não há abuso”...