Política

NACIONAL

'Não filio homossexuais', diz representante do PSOL

Direção do PSOL no AC diz que ele não está autorizado a falar pelo partido.

G1

02/10/2015 - 16h39
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O representante do Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL, em Cruzeiro do Sul, José de Queiroz, de 64 anos, provocou polêmica ao declarar que não irá permitir a filiação de homossexuais ao partido.  Ao G1, nesta sexta-feira (2), Queiroz, que é cotado para disputar a prefeitura da segunda maior cidade do Acre, tentou se explicar. Segundo ele, a agremiação possui sete pessoas que são livres para filiar qualquer pessoa, porém, ele diz não aceitar a "prática homossexual". A posição provocou reação no PSOL regional que emitiu uma nota afirmando que Queiroz não tem autorização para falar em nome do partido. 

"Aceitamos filiação, desde que sejam de pessoas decentes e idôneas e que não tenham passado sujo. Porque quem nasceu filho da santa, continua filho da santa, e quem é filho da outra, continua sendo filho da outra. Como pessoa, eu não filio homossexuais, mas o partido é livre para aceitar qualquer pessoa. Por isso é PSOL, onde o sol nasce para todos", disse ao argumentar sua posição.

De acordo com Queiroz, ele é um dos pré-candidatos do partido à prefeitura de Cruzeiro do Sul em 2016. Com declarações contraditórias, ele afirma que não é contra os homossexuais, mas que não lhes permite a filiação.

"Não interessa a posição e sexo ou a maneira que ele queira agir, porque cada um é dono de si. Porém, eu como evangélico, digo que não concordo com isso, mas tem sete pessoas e cada um filia quem quiser. A prática é que não aceito, mas tenho muitos amigos homossexuais, que a gente se dá muito bem. Mas, não concordo filiar gente assim", enfatizou.

O presidente regional do partido, Jamyr Rosas, informou ao G1, que Queiroz não é diretor do partido, como se apresentou. Segundo ele, o processo de filiação estava correndo, mas depois das declarações, ele deve sofrer sanções.

"A gente repudia veemente essas declarações, não aceitamos e ele vai passar por sanções. Agora ele deve ser afastado e o processo vai ser encaminhado para o conselho de ética. Ele não tinha autorização para falar como presidente, não existe direção montada na cidade. Não tinha autorização para dar entrevistas", enfatizou.

Em nota, o PSOL regional informou ainda que o pedido de filiação de Queiroz foi feito em junho de 2015 e ainda estava sendo analisado. "Por fim, defendemos o direito e a liberdade de cidadão e não aceitamos nenhum tipo de preconceito e discriminação, seja ele racial, religioso, de gênero ou orientação sexual", aponta.

A Associação dos Homossexuais do Acre (Ahac) também se manifestou e informou que "fez toda a articulação para fazer chegar a informação ao partido nacionalmente". O presidente da Ahac, Germano Marino, declarou que Queiroz se mostrou despreparado para estar a frente do partido.

"Esse senhor demonstra ser uma pessoa despreparada para estar à frente de um partido de esquerda. Vamos procurar os meios legais para representação contra essa discriminação e incitação à exclusão que gera violência”, finalizou.

Judiciário

Possível sanção dos EUA a Alexandre de Moraes: entenda o que é a Lei Magnitsky

Em sessão da Câmara dos Representantes dos EUA, o secretário de Estado Marco Rubio, disse haver grande possibilidade de o ministro do STF Alexandre de Moraes ser punido

22/05/2025 16h03

Secretário de Estado Marco Rubio admitiu possibilidade de os EUA sancionar Alexandre de Moraes

Secretário de Estado Marco Rubio admitiu possibilidade de os EUA sancionar Alexandre de Moraes Arquivo

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (21) que há uma "grande possibilidade" de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ser alvo de sanções sob a Lei Global Magnitsky, caso o ex-presidente Donald Trump retorne ao poder. A declaração foi dada durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA.

Na sessão, o deputado republicano Cory Mills acusou o STF de "perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns". Mills mencionou uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro como "politicamente motivada". Ele questionou Rubio sobre a aplicação da Lei Magnitsky a Moraes.

"Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça", respondeu Rubio, representando a política externa de um eventual governo Trump.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Global Magnitsky é uma legislação dos Estados Unidos que autoriza o governo americano a impor sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. Criada em 2012, durante o governo de Barack Obama, a lei foi originalmente direcionada a autoridades russas, após a morte do advogado Sergei Magnitsky em uma prisão de Moscou, em 2009.

Desde 2016, a legislação foi ampliada e permite a aplicação de punições a qualquer indivíduo, em qualquer país, envolvido em práticas como:

  • Execuções extrajudiciais
  • Tortura
  • Censura
  • Corrupção sistemática
  • Repressão a eleições democráticas

Quem pode ser punido pela Lei Magnitsky?

As sanções previstas pela Lei Global Magnitsky podem atingir:

Agentes públicos envolvidos em corrupção significativa

Responsáveis por graves violações de direitos humanos

Financiadores ou apoiadores materiais dessas ações

Para que as sanções sejam impostas, é necessário que o presidente dos Estados Unidos apresente provas consistentes ao Congresso. Com maioria republicana nas duas Casas Legislativas, Donald Trump teria respaldo para avançar nesse tipo de medida, caso seja reeleito.

Quais sanções podem ser aplicadas?

Os alvos da Lei Magnitsky podem ser incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN List) da Ofac (Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA). As penalidades incluem:

  • Bloqueio de bens e contas bancárias em solo americano
  • Proibição de entrada nos Estados Unidos
  • Cancelamento de vistos
  • A retirada dessas sanções depende da comprovação de que a pessoa:
  • Não teve envolvimento direto com os atos punidos
  • Já foi julgada e punida por tais condutas
  • Mudou substancialmente seu comportamento
  • O governo americano também pode suspender as sanções por motivos de segurança nacional, desde que o Congresso seja notificado com pelo menos 15 dias de antecedência.

Quem decide sobre as sanções?

A aplicação das sanções é responsabilidade do presidente dos Estados Unidos. Cabe a ele apresentar ao Congresso as evidências que justifiquem a punição de indivíduos com base na Lei Magnitsky. Caso Donald Trump reassuma a presidência, ele poderá iniciar esse processo com apoio legislativo favorável.

 

 

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Contas públicas

Tebet anuncia bloqueio de R$ 10,6 bilhões e contingenciamento de R$ 20,7 bilhões

A ministra acrescentou que outras medidas também ajudaram a evitar um bloqueio mais amplo

22/05/2025 15h44

Ministra do Planejamento, Simone Tebet

Ministra do Planejamento, Simone Tebet Agência Brasil

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (22) que o aumento das despesas acima do previsto, especialmente os gastos com a Previdência, levou ao bloqueio de R$ 10,6 bilhões no orçamento, anunciado pela equipe econômica. Ao todo, o valor de contenção chega a R$ 31,3 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueios e R$ 20,7 bilhões em contingenciamentos.

Segundo Tebet, o detalhamento da contenção será divulgado em até cinco dias úteis. A declaração foi feita durante entrevista coletiva sobre o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, referente ao segundo bimestre.

A ministra também explicou que a abertura de crédito extraordinário de R$ 12,4 bilhões contribuiu para limitar o valor do bloqueio. “Isso é para despesas obrigatórias, e é por isso, entre outras coisas, que o bloqueio é de R$ 10 bilhões, porque seria maior”, afirmou. Ela acrescentou que outras medidas também ajudaram a evitar um bloqueio mais amplo.

De acordo com Tebet, o crédito extraordinário foi aberto para cobrir a diferença entre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) utilizado na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e o índice efetivado no ano anterior. “É uma determinação legal que a abertura desse crédito pudesse acontecer”, explicou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou da entrevista e destacou que várias rubricas do Orçamento federal são corrigidas pela inflação. “Eu não posso ter uma inflação no Orçamento e outra no salário mínimo”, disse.

 

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