O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), lamentou a situação do PSL em Brasília e destacou que não pode esperar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), resolver a questões partidárias para dar andamento às questões estruturais. Durante agenda na tarde desta terça-feira (22) o administrador da Capital destacou que tem trabalhado com os impostos municipais.
“Eu nao tenho muito o que fazer, a gente fica chateado que esses temas minúsculos influenciam na vida de todo brasileiro. Uma questão de briga interna, partidária que parou o Congresso”, declarou.
A crise interna do PSL na Câmara dos Deputados tem causado uma grande troca de cadeiras nas lideranças do partido no Congresso. Ontem o deputado e filho de Jair, Eduardo Bolsonaro, foi confirmado como novo líder na Câmara dos Deputados e destituiu os vice-líderes, colocando outros 13 novos nomes, entre eles do deputado estadual de Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando. O prefeito crítica que essa não é a primeira vez que Brasília trava por conta das dificuldades do presidente e de seu filho.
“Eu mesmo estive em Brasília, no mês passado, a discussão maior era a ida ou não do filho do presidente para a embaixada, se era nepotismo ou se não era nepotismo. Quando começaram a acalmar as coisas, agora, veio a briga interna do PSL e Brasília parou, de fato parou. Nós não conseguimos adiantar nada porque está uma confusão partidária e nenhum ministério tem dito nada”, disse lembrando a possível indicação de Eduardo Bolsonaro para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos da América.
Questionado se deve esperar a tramitação da reforma da Previdência e da inclusão dos estados e municípios no projeto, Trad ressaltou que não espera ações do governo federal e tem trabalhado sozinho. “Eu não posso esperar a questão partidária do presidente da República, a nossa cidade, eu tenho dito para vocês, até agora a gente construiu tudo sozinho, com os impostos de vocês. Eu venho otimizando com os impostos de vocês”, finalizou.