Nas eleições deste ano, a pesquisa IPR/Correio do Estado acertou a colocação dos primeiros quatro colocados na disputa pela Prefeitura de Campo Grande e ainda ficou dentro da margem de erro em todos os outros prognósticos divulgados na pesquisa, que foi concluída no dia 10 de novembro e divulgada no dia 13.
A pesquisa também acertou a decisão da eleição municipal da Capital em apenas um turno. O prefeito Marcos Trad (PSD) foi reeleito com 52,58% dos votos, enquanto a pesquisa da semana passada indicava um porcentual de 53,69% para o prefeito. A margem de erro do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) é de 3,8 pontos porcentuais para mais ou para menos.
“Em primeiro lugar, é importante mostrarmos que pesquisa não é fraude ou manipulação, como insinuaram alguns candidatos. Nós mostramos a realidade, e a pesquisa é uma ciência probabilística”, afirma Aruaque Barbosa, diretor do IPR. “Ela [a pesquisa] oferece uma probabilidade de o cenário informado acontecer. A pesquisa dá um nível de confiança de 95%, ou seja: de cada 100 vezes que fizermos a mesma pesquisa, em 95 delas ela vai retratar o resultado dentro da margem de erro”, complementou.
A maior discrepância entre a pesquisa IPR/Correio do Estado e o resultado final das urnas divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) diz respeito à votação do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) na disputa pela prefeitura. Na pesquisa IPR ele aparecia na quinta posição, com 3,23% das intenções de voto, e no domingo obteve 1,57% dos votos, ficando na décima posição.
“Mesmo com esta diferença, a maior dentre os resultados apresentados, a pesquisa acertou porque o resultado final em nenhuma circunstância ficou fora da margem de erro acertada por nós”, explicou Aruaque.
Outro movimento de tendência nos últimos cinco dias de campanha foi o crescimento da delegada Sidneia Tobias (Podemos) na preferência do eleitor. Enquanto a pesquisa IPR mostrava a postulante à Prefeitura de Campo Grande na sétima posição, com 2,15% das opções, na apuração dos votos pela Justiça Eleitoral a delegada terminou na quinta posição, com 4,60% da preferência do eleitor de Campo Grande.
Quem também teve uma votação – sempre dentro da margem de erro – acima da apontada na pesquisa foi o deputado estadual João Henrique Catan (PL), que no levantamento tinha 0,46% da preferência, mas nas urnas obteve 2,44% dos votos.