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NOVAS REGRAS, NOVOS PLANOS

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Nova legislação eleitoral deve acelerar fusão de DEM e PSL

Sem coligações nas eleições proporcionais, partidos devem se unir para criar grande força de direita

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Com a proibição da volta das coligações, a criação do megapartido de direita feito a partir da união de DEM e PSL ganhou força, e um anúncio é cogitado para os próximos dias. Os políticos sul-mato-grossenses, como a senadora Soraya Thronicke, que integra a executiva nacional do PSL e é presidente do PSL Mulher, e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, participam ativamente da discussão.  

Nos bastidores, a união do PSL, dono das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral, com o DEM, que tem nomes de expressão local e nacional em seu time, como Mandetta e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é visto como um casamento perfeito visando às próximas eleições.

No caso específico da ministra, ainda existe a possibilidade de ela deixar o partido caso ele não siga com Bolsonaro. No entanto, Mandetta também deixaria o partido caso este megapartido torne-se a sigla em que o presidente venha a desembarcar, o que ainda é possível, uma vez que mais da metade da bancada do PSL no Congresso ainda é alinhada a Bolsonaro e que o presidente nacional do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, é simpático ao presidente da República.

Em um passado recente, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, chegou a negociar o retorno de Bolsonaro ao partido, porém, a tratativa não prosperou.

De acordo com os bastidores apurados pelo Correio do Estado, a fusão partidária deve ser lançada na primeira semana de outubro. Apesar de os muitos aliados a Bolsonaro presentes nos dois partidos, o presidente do PSL, Luciano Bivar, estaria condicionando a fusão a não receber em seus quadros o ex-presidente, abrindo caminho para uma terceira via.

Há partidos que ensaiam uma proximidade com a possível nova sigla oriunda do casamento DEM-PSL, como PSDB, MDB, Podemos, PV, Solidariedade, entre outras.

Procurados pelo Correio do Estado, os líderes do DEM em Mato Grosso do Sul preferiram não comentar sobre o assunto e aguardam decisões vindas da executiva nacional.

A presidente estadual do PSL, Soraya Thronicke não entrou em detalhes. “Ainda não vou me pronunciar sobre isso porque não há nada definido e nenhum dos presidentes dos dois partidos deram um posicionamento oficial sobre a decisão. Então, mesmo sendo presidente do PSL em MS, não posso opinar sobre o assunto”, frisou.

Últimas notícias

MDB DE PUCCINELLI

Cacique na política estadual, o ex-governador André Puccinelli (MDB) falou sobre as atualidades no cenário político nacional e reforçou a fala “política a gente não faz sozinho”, referindo-se à fusão entre DEM e PSL. 

“Há uns dois meses, quando saiu essa conversa de fusão e o megapartido, eu diria que o DEM e o PSL jamais estariam juntos. Fusão é algo muito difícil, jogo de ego e um vai querer mandar mais que o outro, porém, com o desenvolver da situação, isso será viável futuramente, pelo menos, eu acredito que, sim”, pontuou.  

DEPUTADOS

A fusão entre DEM e PSL criaria a maior bancada da Câmara dos Deputados e também seria a maior força da direita. 

A FUSÃO

A executiva nacional do DEM decidiu na terça-feira (21) dar seguimento à fusão do partido com o PSL, em um primeiro passo para formalizar o processo.

A união das siglas ainda precisa ser referendada em convenção nacional. A expectativa é de que o encontro ocorra entre os dias 5 e 21 de outubro.

A decisão de terça autorizou a convocação da convenção e foi tomada em votação por 40 a 0 pelos integrantes da executiva do DEM que estavam presentes. A direção tem 53 membros no total.

O PSL deve reunir a própria executiva para deliberar o assunto ainda nesta semana.

Segundo integrantes da cúpula do DEM, cerca de 80% dos estados estão com a estrutura resolvida com o PSL. Ainda há, porém, impasse em alguns diretórios, como Acre, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro.

“Este foi o primeiro passo na direção de formalizar o processo de criação de um novo partido cuja base fundamental está na fusão do Democratas com o PSL”, disse o presidente do DEM, ACM Neto.

“Hoje, a comissão executiva nacional do Democratas aprovou a autorização para que seja convocada uma convenção nacional do partido, que deve ocorrer entre 5 e 20 de outubro, provavelmente dia 5, e, aí, sim, os convencionais vão apreciar o tema e confirmar o processo de fusão”, explicou Neto.

A convenção reúne membros do diretório nacional, delegados e parlamentares do partido – cerca de 200 pessoas.

A ideia, segundo Neto, é que as convenções do DEM e do PSL ocorram no mesmo dia para que seja anunciada a fusão. Depois de tomada a decisão, o processo precisa ser encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seja criado de fato o novo partido.

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Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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