Política

BRASIL

Obama vai assinar acordos na área de patentes

Obama vai assinar acordos na área de patentes

AGÊNCIA BRASIL

15/03/2011 - 00h02
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Um acordo piloto de cooperação com o Brasil na área de patentes será assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na visita que começa no próximo fim de semana. O projeto terá duração de 12 meses ou 500 exames, “o que acontecer primeiro”, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Jorge Ávila. Se no final desse período a avaliação for positiva, o acordo entrará em vigor em caráter definitivo.

O acordo permitirá ao Inpi ingressar no programa Patent Prosecution Highway (PPH), do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em inglês). Jorge Ávila explicou que este acesso evitará a duplicidade de trabalho dos escritórios dos dois países no que se refere à concessão de patentes. “Criando um ambiente onde [o registro de patentes] possa ser decidido com mais rapidez, em benefício tanto dos depositantes americanos quanto dos depositantes brasileiros e dos dois escritórios que examinam patentes: o Inpi no Brasil e o USPTO nos Estados Unidos”.

Ele informou que existe um grande volume de patentes depositadas no Brasil originárias dos Estados Unidos. Há, por outro lado, um interesse cada vez maior de brasileiros em terem suas patentes reconhecidas também naquele país. No caso de uma patente que se origina nos Estados Unidos, o exame feito pelo escritório daquele país faz a filtragem do que não pode ser concedido. “Se a patente vier a ser concedida nos Estados Unidos, ela já terá sido, provavelmente, limpa daquelas partes que não são privilegiáveis”, explicou Ávila.

Isso significa que o trabalho dos examinadores do Inpi será menor. “Você vai economizar no Inpi o trabalho de reexaminar aquilo que o escritório norte-americano já considerou como não privilegiável”.

A autonomia do órgão brasileiro, contudo, será preservada. A concessão de uma patente pelo USTPO não significa que a patente será concedida automaticamente no Brasil. “Significa apenas que o Inpi não vai voltar a examinar aquilo que já foi negado lá. E aquilo que foi aceito lá será examinado normalmente aqui”. A implantação do sistema em sua totalidade pode representar uma redução de 10% a 15% na carga de trabalho. Hoje, em média, uma patente leva 8,3 anos para ser concedida. A meta até 2015 é cortar esse período pela metade.

A partir da experiência com os Estados Unidos, o Inpi pretende aprofundar, ainda este ano, o esforço de cooperação com escritórios de outros países e regiões, entre os quais Japão e Comunidade Europeia. Ávila disse que, no âmbito da América do Sul, os governos já trabalham com o objetivo de evitar a duplicação de esforço entre os escritórios de concessão de patentes.

O objetivo desse tipo de acordo não é somente reduzir o tempo de exame dos processos, mas ampliar a qualidade “e a garantia de que as patentes no Brasil e na América do Sul vão ser perenemente examinadas antes da concessão”. Como existe atualmente uma superlotação nos escritórios de patentes em todo o mundo, Ávila garantiu que, se medidas dessa natureza não forem tomadas, uma consequência indesejável pode ser a perda de qualidade no exame. “Resolver o atraso nas patentes seria muito fácil de fazer se você não tivesse uma preocupação, como nós temos, de manter a qualidade do exame”.

Julgamento

STF tem maioria para rejeitar recurso de Bolsonaro, que pode ir para a cadeia

Os votos foram dados no julgamento virtual dos recursos protocolados pelas defesas dos condenados no processo, que pedem para evitar a execução das penas em regime fechado

07/11/2025 16h13

Ex-presidente Jair Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro Walter Campanato/Agência Brasil

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Já existe maioria na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a condenação do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e mais seis réus na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. 

Os votos foram dados no julgamento virtual dos recursos protocolados pelas defesas dos condenados no processo, que pedem para evitar a execução das penas em regime fechado. 

Já votaram o relator da ação, Alexandre de Moraes, além dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin.  Falta o voto da ministra Cármen Lúcia. 

O ministro Luiz Fux não vai votar. No mês passado, o ministro mudou para a Segunda Turma da Corte após votar pela absolvição de Bolsonaro. 

A votação permanece aberta até a próxima sexta-feira (14). 

O julgamento

Estão em julgamento os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento, que foi realizado no dia 11 de setembro e terminou com a condenação de Bolsonaro e seus aliados na trama. 

Além de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão, também tiveram os recursos negados o ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, Walter Braga Netto;  Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, assinou delação premiada durante as investigações e não recorreu da condenação. Ele já cumpre a pena em regime aberto e tirou a tornozeleira eletrônica. 

Prisão 

No momento, Bolsonaro está em prisão domiciliar cautelar, em função de outra investigação: a do inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Se o recurso for rejeitado, a prisão de Bolsonaro e dos demais acusados poderá ser decretada.
O ex-presidente pode cumprir a pena definitiva na ação penal do golpe no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal.

A decisão final será de Alexandre de Moraes.

Os demais condenados são militares e delegados da Polícia Federal e poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da própria Papuda.

Diante do estado de saúde de Bolsonaro, a defesa também poderá solicitar que o ex-presidente seja mantido em prisão domiciliar, como ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor. 

Condenado pelo Supremo em um dos processos da Operação Lava Jato, Collor foi mandado para um presídio em Maceió (AL), mas ganhou o direito de cumprir a pena em casa, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, por motivos de saúde. (Com Agência Brasil)

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Política

STF tem 2 votos para rejeitar recurso e manter condenação de Bolsonaro

Ministro Flavio Dino seguiu integralmente o voto do relator

07/11/2025 14h30

Este é o último recurso de Bolsonaro no caso

Este é o último recurso de Bolsonaro no caso Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiu integralmente o voto do relator, Alexandre de Moraes, para manter a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por ter liderado uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado. 

Mais cedo, Moraes abriu o julgamento e votou pela rejeição deste que é o último recurso de Bolsonaro no caso. Outros seis condenados, todos antigos aliados do ex-presidente, também tiveram seus recursos rejeitados por Moraes e Dino, que apenas seguiu o relator, sem anexar voto escrito. 

Os ministros julgam os recursos do chamado “núcleo crucial” do golpe, ou núcleo 1, conforme divisão feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O julgamento ocorre na Primeira Turma, em ambiente virtual. Os outros dois ministros do colegiado - Cristiano Zanin e Cármen Lúcia - têm até 14 de novembro para votar. 

O julgamento desses recursos é a última etapa que separa os condenados de uma eventual ordem de prisão. 

É possível acompanhar o julgamento e ler as manifestações dos ministros na ação penal 2668 por meio do portal do Supremo Tribunal Federal. Os relatórios e os votos relativos a cada um dos recursos dos réus ficam disponíveis na aba “Sessão Virtual”. 

Os recursos em julgamento são os embargos de declaração, que servem para o esclarecimento de alguma contradição ou omissão no texto final da condenação. Em tese, mesmo que aceito, esse tipo de apelo não teria o alcance de modificar o resultado do julgamento. 

Fux

O ministro Luiz Fux, único que votou pela absolvição de Bolsonaro e dos demais acusados do núcleo 1, não participa do julgamento dos recursos. Em outubro, o magistrado mudou da Primeira para a Segunda Turma do Supremo, aproveitando vaga aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. 

Ao anunciar a troca, Fux chegou a dizer que gostaria de continuar participando do julgamento de Bolsonaro, mas o ministro acabou não formalizando nenhum pedido nesse sentido. O Supremo confirmou que, nesse caso, prevalece o Regimento Interno, que não prevê a participação do ministro de uma turma em julgamento da outra. 

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