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COVID-19

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Parlamentares de MS articulam adiar eleições para dezembro

Mudança de data deve ser discutida no Congresso Nacional conforme dados da pandemia do coronavírus

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A pandemia do coronavírus (Covid-19) pode adiar a eleição deste ano para o dia 6 de dezembro. Segundo entendimento do Congresso e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a data aponta viabilidade para questões de segurança sanitária e mantém o que diz a Constituição, para que não haja prorrogação de mandatos. O calendário eleitoral prevê para 4 de outubro o primeiro turno, porém já estaria descartada pelas lideranças do Congresso, como a senadora Simone Tebet (MDB), presidente da CCJR (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. “Já há maioria no parlamento para votar pelo menos o adiamento da eleição para novembro e dezembro”, revela a senadora.

O adiamento é uma maneira de aguardar que a epidemia diminua e haja tempo para a campanha eleitoral.

Empossado como presidente do TSE na terça-feira (25), o ministro Luiz Roberto Barroso comentou em reuniões que não acredita que em outubro o País já esteja próximo de estar livre da pandemia.

O novo presidente do TSE disse que tem tido conversas preliminares com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo Barroso, há alinhamento entre os três. “As eleições somente deverão ser adiadas se não for possível realizá-las sem risco para a saúde pública. Em caso de adiamento, deverá ser por prazo mínimo e inevitável. Prorrogação de mandato mesmo que por prazo exíguo deve ser evitado até o limite. E o cancelamento das eleições municipais para fazer coincidir com as eleições nacionais em 2022 não é uma hipótese sequer cogitada”, declarou o ministro em sua posse.

Entre os parlamentares do Estado é quase unânime o adiamento para a provável data de dezembro. Única exceção é o senador Nelson Trad  Filho (PSD), que apresentou proposta para adiar mandatos e unificar as eleições. A medida daria mais dois anos de mandato ao atual prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, irmão mais novo do senador - que foi prefeito de Campo Grande por duas vezes.

“Assinei, como um dos autores, a PEC Nº 19 de 2020, que propõe tornar coincidentes os mandatos eletivos, porque foi a primeira proposta efetiva sobre o tema e acredito que isso deve ser amplamente debatido”, comentou.

Contudo, ele diz acompanhar a maioria, caso seja acordado o adiamento para 6 de dezembro. “Se for escolha da maioria, e melhor para o país apenas o adiamento para dezembro, é uma alternativa também, mas é preciso que este assunto entre na pauta de discussões e se chegue a um consenso”.

Em conversas reservadas com líderes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu que se defina o acordo para o adiamento para dezembro. A votação deve ocorrer após o dia 30 de junho. Ele descarta totalmente a prorrogação de mandatos.  

“Concordo que seja adiada. Não temos condições de realizar eleições no meio de uma pandemia séria como essa que já tirou a vida de mais de 23 mil pessoas no País! Nossa prioridade não pode ser a eleição”, pondera a deputada federal Rose Modesto (PSDB).

Vander Loubet (PT) concorda com o adiamento para dezembro. “Pelo que tenho acompanhado desse debate, há duas datas em estudo na Câmara: 15 de novembro ou 6 de dezembro. Ambas me parecem bem razoáveis. Essa também é a tese defendida pelo ministro Luiz Roberto Barroso. Com os devidos cuidados, acredito que será possível realizar as eleições. A Coréia do Sul, por exemplo, teve eleições em abril para escolher o Congresso Nacional deles”, cita.

“Desde que sejam realizados o primeiro e o segundo turno este ano, com a posse em primeiro de janeiro (de 2021), não tenho nada a opor”, avalia Dagoberto Nogueira (PDT) a respeito da nova data do pleito.

“Se for fruto de uma decisão que tenha por finalidade preservar a saúde da população sem comprometer a saúde da democracia eleitoral, sou favorável (à data de 06 de dezembro). Entretanto, é preciso levar em consideração que mesmo esta data pode sofrer alterações se a pandemia não refluir no país”, ressalta o deputado Fábio Trad (PSD).

“Vou me inteirar com a liderança do Governo. Em princípio, sou contra o adiamento, mas estarei aberto a um bom fundamento”, avalia o deputado federal Luiz Ovando (PSL). Contudo, se continuar o entendimento dos líderes de bancada, ele aguarda as orientações do partido.

“Se tornou inviável realizar a eleição na data prevista (04 de outubro). Uma das propostas, inclusive pensada junto com o Senado, é adiar para 6 de dezembro. Mas vai depender das análises que serão feitas por esse grupo”, explica o deputado federal Beto Pereira (PSDB).

Em 2018, o TSE registrou 1,8 milhão de eleitores em Mato Grosso do Sul, sendo 52,1% do sexo feminino. O maior segmento de idade vai dos 25 aos 39 anos, com 612.078 eleitores, ou, 32,6% do total. Do total de eleitores, um a cada três tem apenas o ensino fundamental completo. E apenas 11% tem curso superior.

A principal questão para o adiamento são as filas que podem ocorrer nas escolas onde são instaladas as urnas. Teremos cinco meses para ver como o coronavírus irá atuar.  

“Tudo vai depender de quando poderemos estar em filas ou aglomerações com segurança, mas já há maioria no parlamento para votar pelo menos o adiamento da eleição para novembro e dezembro”, destaca a senadora Simone Tebet, presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

CONGRESSO

Para que a eleição tenha uma nova data, cabe ao Congresso Nacional formular e aprovar um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), já que o calendário é definido pela Constituição. O TSE, responsável por coordenar as eleições junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, terá de executar as regras determinadas. Até o momento, as datas do calendário eleitoral foram mantidas pelo TSE.

NÚCLEO POLÍTICO

Riedel demonstra força e confirma mais da metade dos prefeitos de MS em evento

Os gestores municipais participarão do lançamento do Programa Municipalismo Ativo na próxima segunda-feira

19/04/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel reunirá os prefeitos de MS na Capital Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), promoverá na próxima segunda-feira (22), o evento mais abrangente de sua administração, desde que ela teve início, em janeiro de 2023. 

Até ontem à tarde, 75 dos 79 prefeitos do Estado já haviam confirmado presença no evento, que será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. 

O evento em questão é o lançamento do programa MS Ativo Municipalismo. 

O evento que será liderado por Eduardo Riedel resulta de centenas de reuniões e encontros que o governador de Mato Grosso do Sul teve com prefeitos, vereadores e outras lideranças comunitárias, para alinhar as diretrizes do programa. 

O Municipalismo Ativo começou a ser construído por Eduardo Riedel quando o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) comandava a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) no ano passado, e foi concluído neste ano, já sob a liderança do atual secretário Rodrigo Perez. 

Ao contrário dos outros programas que usavam o termo municipalismo, lançados na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), antecessor de Eduardo Riedel, a versão atual do programa chega repaginada. 

Ela não tem o foco ajustado apenas para a realização de obras, mas para investimentos em áreas diversificadas. 

No programa que será lançado na próxima segunda-feira, Riedel espera espalhar para os municípios o conceito que vem aplicando em sua administração e que virou um mantra entre os servidores e secretários: o da transversalidade. 

O Municipalismo Ativo contemplará investimentos em educação, saúde, em áreas sociais, além da própria infraestrutura. 

A ajuda do governo também não é de graça, é preciso uma contrapartida, que não é financeira: os prefeitos devem se comprometer a melhorar os indicadores de seus municípios, e a fiscalização da melhoria dos indicadores e do acompanhamento dos processos é feita pelo próprio governo, tendo como líder neste processo a Controladoria Geral do Estado. 

Mas o evento, claro, vai muito além da técnica. Riedel tem tudo para reunir quase todos os prefeitos de Mato Grosso do Sul na próxima segunda-feira no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, a partir das 16h30. 

Nos bastidores, se comenta que para um gestor que é criticado por setores do próprio partido que ainda tem dificuldades na questão política, não é nada mal. 

A data do evento, no fim do mês de abril, também é simbólica. 

Muitos destes prefeitos estão em busca da reeleição ou de fazer seus sucessores, e a aproximação com o governo de Mato Grosso do Sul é importante para os dois lados na troca de apoio político

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Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

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