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Parlamentares defendem a suspensão de recesso em julho

Presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, já adotou medida no Legislativo federal

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Após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciar que nenhuma das Casas, incluindo a Câmara dos Deputados, terá o recesso de meio de ano, parlamentares de Mato Grosso do Sul defendem que o Legislativo regional tome a mesma medida.  

De acordo com o site do Senado, este ano o recesso de meio de ano ocorreria entre 18 e 31 de julho, e a Casa voltaria ao trabalho no dia 3 de agosto, por conta do fim de semana. A decisão, anunciada por Alcolumbre, foi tomada durante reunião de líderes partidários e em acordo entre os presidentes do Senado e da Câmara. As Casas seguirão trabalhando sem interrupção em julho.

“A decisão foi tomada por nós parlamentares por entendermos que o Legislativo precisa continuar trabalhando para amenizar os efeitos negativos da pandemia de Covid-19”, ressaltou Davi.

Entre a bancada de Mato Grosso do Sul no Senado, o apoio ao recesso é unânime. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet, destacou que este é o momento de gerar soluções. “Recesso parlamentar nunca foi uma opção. Trabalhar sem trégua é nossa obrigação. O isolamento não impede o cumprimento integral do nosso dever coletivo. Precisamos gerar soluções para esta crise”.  

Soraya Thronicke (PSL) afirmou que é uma obrigação do Legislativo continuar trabalhando para que projetos e propostas sejam aprovadas e disse que, além das sessões em plenário, as comissões precisam voltar com suas reuniões. “Totalmente a favor [à suspensão do recesso]. Vejo como obrigação nossa não suspender os trabalhos por duas semanas em julho, como é de costume.

As sessões plenárias estamos mantendo. Temos votado muitos projetos de urgência por causa da pandemia, mas, mesmo assim, entendo que as comissões precisam ser retomadas. Nós podemos fazer isso”.

Colega de bancada das duas, o senador Nelson Trad Filho (PSD) afirmou que, como as sessões estão de forma remota, o ritmo de trabalho diminuiu. “Como estamos trabalhando remotamente, eu entendo que não há necessidade de recesso em um instante em que o ritmo de trabalho acabou caindo, sendo prejudicado. Então, dessa forma, o meu encaminhamento é no sentido de garantir o trabalho nesse mês de julho para que as medidas eventuais que possam ser tomadas a favor do combate a essa pandemia possam ser feitas”.  

Procurado pelo Correio do Estado, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha (PSDB), defendeu que ainda é cedo para definir o recesso, que começa na segunda quinzena de julho, mas não descarta adotar a medida. “Estamos avaliando até porque estão fazendo de forma virtual, e nós não. Estamos fazendo de forma presencial. Não há necessidade de interromper o recesso porque não para. Não têm as sessões regulares, mas ninguém está dispensado de ser chamado para atender a população. Não está descartado: estamos aguardando os desdobramentos. Esperamos que volte à normalidade. Estamos ainda a dois meses dessa situação”.

O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha (MDB), é favorável à medida. “Sou a favor. Acho que tendo matéria para discutir, coisa para votar, eu sou a favor de suspender o recesso como o Congresso Nacional fez”.  

Líder do governo na Casa, Gerson Claro (PP) considerou que ainda está cedo para debater o assunto. “Em tempos de crise sanitária e iminente crise econômica, ações e decisões devem ser diárias. Depende de como estaremos em 30 de junho”, ressaltou.

A reportagem buscou a assessoria de imprensa da Casa e do presidente Paulo Corrêa para falar sobre o assunto, mas não teve retorno.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul tem realizado sessões remotas com os deputados. Na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores vão ao plenário, mas as sessões não são abertas ao público.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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