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Parlamentares defendem atuação remota em votações

Bancada de Mato Grosso do Sul afirma que Congresso não pode parar, mas relata lentidão em sistemas e aprovações de projetos

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Mesmo com dificuldades para se conectar com o sistema eletrônico do Congresso Nacional e falhas no funcionamento de aplicativos de votação, a toda a bancada federal sul-mato-grossense participou das votações remotas – feitas a distância por sistema eletrônico - realizadas pelo Congresso Nacional esta semana. O empenho é motivado pela vontade de permitir que o legislativo seja ágil em decisões importantes na crise do coronavírus.  

Na Câmara, esta semana, foram votados cinco projetos por este sistema, sendo que todos foram por  votação simbólica, quando os líderes – que estavam no plenário – encaminharam os votos de suas bancadas. Uma portaria da Casa restringiu o acesso dos demais parlamentares ao plenário, como forma de conter a propagação do coronavírus (Covid-19).  

Um dos parlamentares que teve dificuldades para participar da sessão remota na quarta e quinta feiras foi o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). Ele disse que “estou participando muito pouco. Sigo a orientação do partido. O grande problema é que o sistema ficou sobrecarregado, na sessão de quarta-feira eu demorei para marcar minha presença e acabou que não consegui marcar presença. Na de quinta-feira eu consegui”.  

Fábio Trad (PSD)  disse que ficou conectado todo o tempo pelo aplicativo nas sessões, destacando que “é a única forma do Poder Legislativo continuar funcionando e produzindo. A iniciativa do Presidente Rodrigo Maia é fundamental para a vitalidade do regime democrático neste momento”.

Mais enfático na defesa da realização das sessões virtuais, o deputado Beto Pereira (PSDB) disse que o “poder legislativo não pode titubear neste momento. Trabalhando de forma remota em respeito ao que preconiza a Organização Mundial da Saúde de não formar aglomerações, utilizamos a tecnologia para dar respostas céleres para as urgentes demandas deste momento. Salvar vidas, proteger empregos e renda são nossas prioridades. A população tem que sentir segurança ao olhar para suas lideranças políticas no enfrentamento desta pandemia”.

Outro parlamentar que enfatizou a necessidade do Congresso ter mantido seus trabalhos foi Vander Loubet (PT). “A votação remota é importante para darmos resposta à sociedade e participarmos do processo todo, que precisa de agilidade. Por isso aprovamos algumas propostas relativas ao combate da pandemia do coronavírus em regime de urgência”, ressaltando que no primeiro dia teve dificuldades, “afinal é uma ferramenta nova”.

Já a deputada Rose Modesto (PSDB) destacou que “o momento pede urgência. A sessão e votação remotas possibilitaram ao Congresso dar uma resposta rápida à sociedade nesta crise provocada pelo coronavírus. Nessa semana aprovamos cinco projetos, entre eles o que cria o auxílio emergencial de R$ 600 para o autônomo, microempreendedor e desempregados. Um ponto importante nesse projeto foi conceder a mulher arrimo de família auxílio de R$ 1,2 mil”, explicando que conseguiu acompanhar na íntegra as sessões – a conexão de alguns parlamentares caiu – e que não teve dificuldades em operar os aplicativos.    

A deputada Bia Cavassa (PSDB) disse que participou das sessões de sua residência utilizando aplicativo desenvolvido para realizar a votação remota, acompanhando normalmente as sessões e deliberando com seus colegas.

Para as senadoras Soraya Thronicke (PSL) e Simone Tebet (MDB) o trabalho remoto não foi complicado e não enfrentaram problemas para participar das votações.

Thronicke disse que a votação remota “está melhor do que eu pensava. O sistema está funcionando, usamos aplicativo zoom e um sistema de votação remota no qual temos de tirar fotos na hora, colocar senha, que tem de ser feito pelo parlamentar, Dei certo o sistema”, mas enfatizou que “perde o calor da discussão em plenário. Uma discussão, um debate no momento da votação em plenário você pode alterar um voto”, emendando que a adoção deste sistema foi a forma do Congresso ser ágil neste momento.  

A Simone Tebet explicou que acompanha toda a sessão pela internet “desde quando  ela começa. O problema é que a sessão é mais longa, enquanto nós podemos votar cinco a seis projetos em um dia de votação em plenário, na votação remota conseguimos votar dois ou no máximo três projeto. Mas em compensação a ideia é termos sessões de segunda a sexta-feira, já na semana que vem teremos no mínimo quatro sessões. A vantagem da votação remota, nesse momento de crise, é que podemos ter sessões deliberativas nas segundas, nas sextas, sábados e domingos se for necessário. Se vier algum projeto urgente que dependa de decisão do Senado, em 24 horas podemos votar, porque estamos todos recolhidos em nossas casas, em quarentena, desde que sejamos convocados com 24 horas de antecedência, basta o presidente nos acionar que estamos de prontidão.”

Servidores

Além de mudar a rotina dos parlamentares, a quarentena para conter a propagação do coronavírus recomendada pelo Ministério da Saúde e decretada pelos governos estaduais e municipais fez também mudar a rotina de quem trabalha no legislativo federal.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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