Os três parlamentares que tiveram os votos mais caros foram Ana Portela (PL), Beto Avelar (PP) e Delei Pinheiro (PP)
Passados dois meses desde que os campo-grandenses foram às urnas para escolher os 29 vereadores que atuarão pelos próximos quatro anos na Câmara Municipal, o Correio do Estado fez um levantamento na Justiça Eleitoral para saber quantos milhões de reais os parlamentares eleitos movimentaram na campanha eleitoral deste ano na Capital.
Com as cifras já movimentadas e os cargos definidos, a reportagem calculou “quanto custou” cada voto dos parlamentares eleitos em Campo Grande e o valor desembolsado por eles para se elegerem, utilizando, para isso, os dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dividindo a receita total por postulante pelo número de votos obtidos.
Dessa forma, o Correio do Estado obteve a informação de que os 29 vereadores eleitos nas eleições municipais deste ano gastaram um montante de quase R$ 6 milhões, ou para ser mais exato, R$ 5.926.497,77 – essa informação é resultante do custo da campanha conforme o declarado pelos candidatos na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Entre os 29 vereadores eleitos, o voto “mais caro”, ou seja, o maior resultado a partir da divisão da receita total pelo número de eleitores, foi o da vereadora eleita Ana Portela (PL), que gastou R$ 423.500,00 para obter 4.577 votos, isto é, o custo de cada voto foi de R$ 92,52.
Logo atrás aparece o vereador reeleito Beto Avelar (PP), que gastou R$ 314.700,00 para obter 4.063 votos, saindo cada voto a R$ 77,45, enquanto em seguida aparece o vereador reeleito Delei Pinheiro (PP), que usou R$ 301.200,00 para ter 4.179 votos, o que significa que cada voto custou R$ 72,07.
Depois aparecem o vereador eleito Flávio Cabo Almi (PSDB), que usou R$ 349.700,00 para ter 5.003 votos, o que representa R$ 69,89 por voto, o vereador reeleito Papy (PSDB), que destinou R$ 290.000,00 para obter 4.641 votos, ou seja, R$ 62,48 por voto, e a vereadora reeleita Luiza Ribeiro (PT), que utilizou R$ 293.146,90 para conseguir 4.982 votos, custando R$ 58,84 cada voto.
Mais atrás aparecem o vereador reeleito Professor Riverton (PP), que usou R$ 324.000,00 para ter 6.271 votos, saindo cada voto R$ 51,66, o vereador reeleito Dr. Victor Rocha (PSDB), que destinou R$ 267.500,00 para obter 5.355 votos, custando R$ 49,95 cada voto.
Ainda temos o vereador reeleito Otávio Trad (PSD), que gastou R$ 119.900,00 e teve 2.426 votos, ou seja, cada voto custou R$ 49,42, e o vereador reeleito Professor Juari (PSDB), que utilizou R$ 243.342,23 e alcançou 5.050 votos, isto é, R$ 48,18 por voto.
MAIS BARATOS
Já os cinco vereadores eleitos de Campo Grande que tiveram os votos mais baratos são Wilson Lands (Avante), que gastou R$ 12.320,00 e obteve 4.148 votos, ou seja, cada voto conquistado por ele custou R$ 2,97, quase 31 vezes menos que o voto mais caro, que foi o da futura colega de Câmara Ana Portela.
Depois aparece o colega de partido de Lands, o vereador eleito Leinha (Avante), que arrecadou R$ 14.520,00 e conseguiu 3.167 votos, o que representa R$ 4,58 cada voto, seguido pelo ex-prefeito de Campo Grande, o vereador eleito Marquinhos Trad (PDT), que conseguiu R$ 163.786,69,00 e fez 8.567 votos, gastando R$ 19,11 por voto, e o vereador eleito Veterinário Francisco (União Brasil), que usou R$ 122.360,00 para chegar a 6.371 votos, saindo cada voto por R$ 19,20.
Os vereadores intermediários com relação ao custo dos votos são Silvio Pitu (PSDB), que gastou R$ 301.285,11 e teve 6.409 votos, ou seja, cada voto saiu por R$ 47,00, Maicon Nogueira (PP), que usou R$ 195.680,00 e teve 4.236 votos, cada voto custanto R$ 46,19, e André Salineiro (PL), que destinou R$ 215.300,00 e obteve 4.782 votos, cada voto saindo por R$ 45,02.
Em seguida temos Neto Santos (Republicanos), que utilizou R$ 186.721,00 e obteve 4.576 votos, custando cada voto R$ 40,80, Herculano Borges (Republicanos), que destinou R$ 160.000,00 e teve 4.119 votos, saindo cada voto por R$ 38,84, e Dr. Jamal Salem (MDB), que gastou R$ 143.200,00 e conseguiu 4.030 votos, ou seja, cada voto dele custou R$ 35,53.
Ainda temos Jean Ferreira (PT), que utilizou R$ 123.743,00 e teve 3.768 votos, saindo cada voto por R$ 32,84, Landmark (PT), que usou R$ 130.984,40 e obteve 4.022 votos, ao custo de R$ 32,56, Carlão (PSB), que destinou R$ 206.000,00 e teve 6.912 votos, custando R$ 29,80, e Clodoilson Pires (Podemos), que recebeu R$ 114.840,00 e conseguiu 3.859 votos, ou seja, R$ 29,75 por voto.
SAIBA
Os votos de Dr. Lívio (União Brasil) custaram R$ 26,93, os de Ronilço Guerreiro (Podemos), R$ 26,81, os de Rafael Tavares (PL), R$ 26,57, os de Fábio Rocha (União Brasil), R$ 24,65, e os de Junior Coringa (MDB), R$ 22,31.
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