Vereador em Campo Grande, Tiago Vargas, do PSD, meteu-se noutra polêmica por meio de suas redes sociais.
Na tarde deste domingo, o parlamentar postou em sua conta no Facebook imagens de bolsonaristas radicais invadindo o Congresso Nacional e enxergou assim a cena: " URGENTE!!! O povo brasileiro assume o Congresso Nacional".
A reação contra o publicado de Vargas logo apareceu com a declaração de Luiza Ribeiro, que assume mandato de vereadora, em fevereiro, no lugar da vereadora Camila Jara, do PT, que elegeu-se deputada federal.
A parlamentar disse que vai pedir ao comando da Câmara Municipal para investigar a atitude de Tiago, que ao manifestar-se pela rede, deixou a entender que apoiou o ato tido como antidemocrático.
A maioria da bancada estadual e federal de MS já havia condenado às invasões do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e prédio do Supremo Tribunal Federal.
Criticaram o ato o governador de MS, Eduardo Riedel, do PSDB, a senadora Soraya Thronicke, do União Brasil, a deputa federal do PT já diplomada, Camila Jara, os deputados estaduais também petistas Pedro Kemp, Zeca do PT.
Protestou também contra as invasões a ministra do Planejamento do governo de Lula, a senadora licenciada de MS, Simone Tebet, do MDB.
Tereza Cristina, senadora já diplomada, ex-ministra do governo de Bolsonaro, foi outra parlamentar a chiar contra os radicais.
BARRADO
Tiago Vargas, nas eleições de outubro, conquistou votos suficientes para eleger-se deputado estadual. Mas, decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) o barrou. É que ele tinha sido demitido da Polícia Civil, onde ocupava cargo de investigador, antes do pleito.
Teve a candidatura impugnada por isso. Agora, ele deve cumprir mandato de vereador, cujo prazo expira em dezembro de 2024.
Daí, deve ficar três anos fora da política pela sentença que o exonerou da polícia.
Além disso, Tiago Vargas foi condenado a cumprir pena de quatro meses em regime semiaberto por ter atacado, pela internet, o ex-governador Reinaldo Azambuja, do PSDB. Essa sentença ainda é contestada judicialmente.