Política

BRASIL

Por Amazônia, deputado dos EUA propõe lei para barrar importações brasileiras

Por Amazônia, deputado dos EUA propõe lei para barrar importações brasileiras

ESTADÃO CONTEÚDO

11/09/2019 - 15h17
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O deputado democrata Peter DeFazio apresentou projeto de lei na Câmara dos Estados Unidos, nesta terça-feira, 10, para proibir a importação de produtos brasileiros como carne e soja, em resposta ao aumento das queimadas na Amazônia. O texto também prevê a proibição de uma negociação de livre-comércio entre EUA e Brasil.

O projeto de lei do congressista fala em proibir ainda importações de produtos como couro, açúcar, milho e tabaco do Brasil. Em nota publicada no site do deputado, o democrata critica presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos EUA, Donald Trump.

"O presidente Jair Bolsonaro acredita que pode agir impunemente e acelerar a destruição da floresta amazônica, e ele precisa saber que há consequências reais por suas ações imprudentes", disse. O parlamentar alega ainda que o desmatamento na Amazônia pode ter efeitos significativos nas chuvas nos EUA e afetar a produção americana.

No mesmo dia, outros deputados americanos discutiram em uma audiência pública a política ambiental do governo Bolsonaro, no Comitê de Relações Exteriores da Câmara. Os parlamentares sinalizaram, no entanto, que negociações de um acordo comercial entre os dois países não devem ser barradas pela crise ambiental

O governo de Donald Trump tem sido o mais importante aliado de Bolsonaro no debate internacional sobre a situação da Amazônia.

Senadores democratas chegaram a enviar uma carta ao representante de comércio americano pedindo a suspensão de tratativas comerciais com o Brasil até que a situação das queimadas na Amazônia fosse solucionada. A ideia é que um futuro acordo facilite trâmites, aumente a relação comercial e investimentos.

O chanceler brasileiro Ernesto Araújo tem reunião no Departamento de Estado, em Washington, nesta semana, quando deve tratar do tema. A ideia de um acordo de comércio tem sido desenhada pelos dois lados, mas ainda não ganhou caráter oficial Os EUA costumam comunicar o Congresso quando dão início formal às tratativas para um acordo.

No debate desta terça-feira, no entanto, mesmo entre democratas - oposição ao governo Trump -, não houve sinalização de que a questão ambiental possa ser um impeditivo para um futuro acordo com o Brasil.

O deputado democrata Albio Sires disse não ver a imposição de condições ao acordo como a saída para os americanos exercerem pressão sobre o Brasil. "Vamos trabalhar juntos, vamos encontrar uma solução, o que podemos fazer juntos para isso. Nesse momento, essa não é uma boa abordagem", afirmou.

Outro democrata, Dean Phillips disse a jornalistas que ainda não tem posição formada sobre a necessidade de incluir condições a respeito de política ambiental para aprovação de um possível acordo. "Há desafios no uso desses instrumentos, mas temos que olhar todas as opções", afirmou.

Apesar disso, a colunista do jornal O Estado de S. Paulo e economista Monica de Bolle, uma das especialistas ouvidas pelos deputados, pondera que acordos recentes firmados na gestão do republicano Donald Trump incluíram previsões sobre proteção ao meio ambiente. É o caso do USMCA - o novo Nafta, renegociado entre Estados Unidos, Canadá e México.

"Tanto do lado republicano quanto do lado democrata existe uma preocupação grande com essas questões de meio ambiente e, sendo assim, qualquer acordo que venha a ser firmado com o Brasil, seja um acordo de facilitação de comércio ou algo mais ambicioso, vai conter essas normativas, essas exigências. Isso é comércio no século 21", disse Monica.

ELEIÇÕES 2024

Duas zonas eleitorais podem definir quem vai para o 2º turno na Capital

A 8ª e a 53ª zonas eleitorais aglutinam 261.486 eleitores, o que representa 40,5% dos 646.216 eleitores do município

03/10/2024 08h00

Gerson Oliveira

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O município de Campo Grande conta com seis zonas eleitorais – 8ª, 35ª, 36ª, 44ª, 53ª e 54ª –, distribuídas em 235 locais de votação e 2.238 seções. Elas receberão neste domingo 646.216 eleitores que têm a missão de escolher o próximo prefeito para o quadriênio 2025-2028.

Por enquanto, conforme as pesquisas de intenções de votos, há uma grande probabilidade de termos um segundo turno, e os prováveis postulantes são a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), o deputado federal Beto Pereira (PSDB) e a atual prefeita Adriane Lopes (PP).

No entanto, poucos eleitores campo-grandenses sabem que apenas duas zonas eleitorais do município têm o poder de definir quais serão os dois candidatos que avançarão para o segundo turno do pleito eleitoral.

São elas a 8ª e a 53ª zonas eleitorais que, juntas, aglutinam 261.486 eleitores, o que representa 40,5% do total de 646.216 eleitores campo-grandenses, conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

A maior delas é a 53ª zona eleitoral, que, sozinha, tem 136.883 eleitores distribuídos em 44 locais de votação e 470 seções eleitorais, enquanto a segunda maior é a 8ª zona eleitoral, que tem 124.603 eleitores distribuídos em 39 locais de votação e 417 seções.

As outras quatro zonas eleitorais – 35ª (117.292), 36ª (105.714), 44ª (92.796) e 54ª (68.928) – concentram 384.730 eleitores, distribuídos em 152 locais de votação e 1.351 seções eleitorais.

FOCO

Porém, nessa reta final do primeiro turno, os candidatos Rose Modesto, Beto Pereira e Adriane Lopes, que têm as maiores chances de seguirem para o segundo turno, devem concentrar foco na 8ª e na 53ª zonas.

No caso da zona 53ª, a maioria dos 44 locais de votação está concentrada no Centro e nos bairros Vila Carvalho, Vila Progresso, Vila Piratininga, Vila Nhanhá, Universitário 2, Aero Rancho, Lageado, Jardim Los Angeles, Parati, Jardim Canguru e Dom Antônio Barbosa.

Já a 8ª zona eleitoral tem a maioria dos 39 locais de votação distribuída pelo Centro e pelos bairros Itanhangá, Miguel Couto, Tiradentes, Maria Aparecida Pedrossian, Vilas Boas, Itamaracá, Universitário, Moreninhas, Arnaldo Estevão de Figueiredo e Jardim Noroeste, bem como o distrito de Anhanduí.
A partir de hoje, os três candidatos terão pouco mais de dois dias para tentar conquistar novos eleitores ou fazer com que aqueles que já definiram os votos mudem de decisão.

Portanto, nada mais aconselhável que eles concentrem as suas respectivas “artilharias” nos bairros dessas duas regiões, pois a chance de obter êxito é maior.
Essas duas zonas eleitorais podem ser consideradas como “pêndulos”, ou seja, repetem a lógica do swing states norte-americano (estados-pêndulos), pois não há maioria eleitoral estabelecida. Entretanto, por conta do número de eleitores, costumam ser decisivos para o resultado da disputa pela cadeira de chefe do Executivo municipal. 

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ELEIÇÕES 2024

Rose Modesto quer ampliar horário de saída das Emeis para as 19 horas

A candidata a prefeita de Campo Grande pelo União Brasil pretende facilitar a vida dos pais com filhos nas creches

02/10/2024 08h00

O conselheiro Waldir Neves Barbosa está afastado do TCE-MS desde o dia 8 de dezembro de 2022

O conselheiro Waldir Neves Barbosa está afastado do TCE-MS desde o dia 8 de dezembro de 2022 Foto: Divulgação

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Na sabatina promovida pela Rádio CBN Campo Grande e pelo jornal Correio do Estado, na manhã de ontem, a candidata a prefeita da Capital pelo União Brasil, ex-deputada federal Rose Modesto, revelou que pretende ampliar para as 19 horas o horário de saída das crianças das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis).

“Essa questão de a criança ficar até às 16 horas atualmente nas Emeis é um problema grave para os pais e para ela. Aquela coisa de a mãe pedir para outra pessoa pegar o filho porque só vai chegar às 18 horas na creche. Isso é um problema porque a mãe, às vezes, não tem condições de sair do emprego para ir buscar o filho e pede para alguém ir pegar a criança.

Quando esse alguém é do bem, é decente, é bom caráter, é de boa índole, está tudo certo, mas, o índice de crianças que infelizmente são abusadas exatamente nesse momento, não para de aumentar”, alertou.

Por isso, a candidata explicou que pretende aumentar o número de auxiliares que atendem a Educação Infantil para poder ampliar o horário da saída das crianças das Emeis.

“Quero colocar um horário depois das 16 horas para dar tempo de a mãe chegar para buscar sua filha ou seu filho nas creches. Sei que o professor tem de trabalhar até o horário normal, mas a auxiliar da Educação Infantil ficaria com essa criança até às 19 horas, que seria o horário ideal para que todos os pais possam sair do trabalho no comércio, que é às 18 horas, e chegar a tempo para pegar os filhos nas Emeis”, explicou.

DÉFICIT DE VAGAS

Com relação ao déficit de 8 mil vagas nas Emeis, Rose Modesto também prometeu zerar essa fila. “Vamos zerar de que forma? Hoje tem sete obras de Emeis inacabadas e abandonadas há mais de dois anos. Esse investimento é uma média de R$ 30 milhões que nós vamos fazer com recurso próprio”, calculou.

A candidata a prefeita pelo União Brasil explicou que a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que aumentou em mais de R$ 300 milhões por ano o recurso para a educação. “Quando eu era deputada federal, trabalhei e lutei muito para que fosse aprovado o Novo Fundeb, que é o maior fundo de financiamento da educação pública brasileira que saltou o investimento para Campo Grande de pouco mais de R$ 500 milhões para mais de R$ 800 milhões”, recordou. 

Hoje, conforme ela, o orçamento da educação em Campo Grande é de R$ 1,4 bilhão e ainda tem R$ 300 milhões que é para custeio das escolas, para manutenção e para novos investimentos. “Eu não consigo compreender o porquê que ainda não concluíram as sete obras e eu vou concluir no primeiro ano. No primeiro ano do nosso mandato, com orçamento previsto para o ano que vem, nós vamos concluir as sete Emeis”, garantiu.

A ex-parlamentar ainda disse que vai buscar recursos junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e, para isso, pretende usar a experiência adquirida como deputada federal em Brasília (DF). “Vou ao FNDE para buscar recursos para construir mais 10 Emeis. A prefeitura está construindo 160 salas de aula hoje. Eu vou entender, assim que assumir a prefeitura, se realmente essas salas foram entregues, juntando com tudo isso, praticamente a gente já zera a fila de espera que tem hoje, que passa de 8 mil crianças”, assegurou.

Rose também disse que buscará uma parceria importante com o Sistema S. “Conversei esses dias com alguns empresários que participam da Fiems {Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul} e eles têm total interesse em ajudar Campo Grande a zerar essa fila de espera porque para o mercado de trabalho é fundamental, para as crianças é importante e para as mães é imprescindível o fim dessa fila para que elas possam ir trabalhar. Então, o setor de desenvolvimento econômico também sofre quando há falta de vaga em uma creche e nós vamos zerar essa fila de espera”, garantiu. 

IDOSOS

Rose Modesto ainda pretende implantar creches para pessoas com mais de 60 anos de idade. “Assim como as creches precisam ficar com as crianças até mais tarde, porque hoje muitas famílias não conseguem ir buscá-las no horário estabelecido porque estão trabalhando, a mesma coisa acontece com os idosos que moram com os filhos”, pontuou.

Ela explicou que muitas famílias não querem deixar seus idosos em um asilo, ou em uma casa de repouso. “Então, a nossa ideia é disponibilizar unidades para que os idosos passem o dia em um ambiente com várias atividades e retorne à noite para o convívio da sua família. Acho que isso é uma coisa bastante interessante que está dentro do nosso plano de governo”, afirmou.

A ex-deputada federal falou que seria uma espécie de centros de convivência, porém, diferentemente desses centros, os idosos poderão ficar até mais tarde. “A creche para o idoso funcionária desde o momento em que a pessoa chega pela manhã e até a hora que vai embora, no início da noite, para a casa dos filhos”, detalhou. 
 

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