Política

TRÊS LAGOAS

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Pré-candidato do PSL é suspeito de agredir o próprio filho

Em nota, o PSL defendeu o tenente-coronel e pré-candidato. Senadora ameaçou processar quem divulgar caso.

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A Polícia Civil em Três Lagoas, cidade no leste de Mato Grosso do Sul, está investigando um caso de violência doméstica envolvendo o tenente-coronel da Polícia Militar (PMMS) Ênio de Souza Soares. 

Um boletim de ocorrência foi registrado na sexta-feira (7) na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário da cidade (Depac-TL), de acordo com o jornal Hojemais.

PROBLEMAS CONJUGAIS:

Segundo o registro policial, o casal já vinha enfrentando problemas conjugais. 

A mulher, que também é militar, esteve em Campo Grande nesta semana para participar do curso de sargento da PMMS, retornando na sexta-feira. 

Horas depois ao chegar em casa, o marido retornou.

Questionada pelo tenente-coronel se permaneceria na cidade no fim de semana, a mulher confirmou, o que gerou uma discussão. 

O FILHO:

Um dos filhos do casal, de 19 anos, ouviu a briga e tentou intervir. 

Aos policiais, ele disse que temia que o pai atirasse contra a mãe.

Confrontado pelo rapaz, Ênio respondeu: “Se você é homem para defender sua mãe, tem que ser homem para se sustentar e a partir de hoje não pago mais sua faculdade e nem te dou comida”. 

O jovem rebateu o pai, criticando seu comportamento por ter ingressado na política. 

O tenente-coronel se filiou ao PSL e foi indicado como pré-candidato à prefeitura da cidade.

Na sequência, Ênio agarrou o filho pela camiseta e desferiu um soco contra o rosto, chegando a danificar os óculos que a vítima usava. 

Preocupada, a mulher pegou os outros dois filhos do casal e deixou a casa. 

Ela telefonou para o 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM) para comunicar o fato aos superiores.  

CRÍTICAS

Em entrevista à Rádio Difusora, de Três Lagoas, a senadora Soraya Thronicke, presidente do PSL em Mato Grosso do Sul, ameaçou processar quem divulgasse o caso.

“Tomamos a decisão de processar todos, absolutamente todos. Não estamos perdoando veículos de comunicação e nem WhatsApp. Porque o que estão fazendo com ele [tenente-coronel Ênio] é calúnia e difamação”, afirmou.

Soraya ainda agradeceu à imprensa e a pessoas que divulgaram o caso por atrair a atenção do público para o partido.

“Por mais que o tenente-coronel tenha pedido sigilo, porque é um direito dele, é um problema familiar, divulgaram apenas o boletim de ocorrência do filho, narrando o ocorrido, que é algo mais do que normal em uma família. 

Mesmo assim, vazou e nós já temos conhecimento de quem é o policial que fez isso vazar. Então mais uma vez, peço para que parem. Mas isso não é uma ameaça. Estou sendo bastante amigável avisando”, disse.

A senadora também alegou ver motivações políticas para a revelação do caso. “Vazar isso mostra o desespero das pessoas. Vamos fazer uma campanha limpa e honesta”, finalizou.

NOTA DO PSL

Em nota, o PSL disse que os fatos não mudam a posição da direção e a pré-candidatura do tenente-coronel está mantida. 

“O partido reafirma a convicção no acerto da escolha, levando em consideração que pré-candidato está submetido à condição de muito estresse físico e emocional, devido à transferência repentina para Campo Grande, além de enfrentar grande carga de trabalho para atingir suas metas e a responsabilidade de cuidar dos filhos, devido à ausência semanal da esposa, manteve o equilíbrio e respeito à mulher, e não a agrediu como mencionou alguns veículos de comunicação”, diz trecho do documento, assinado pelo presidente municipal Marcio Hirade.

O PSL alega ainda que a cobertura da imprensa sobre o caso mancha a reputação de Ênio, já que ele teria se tornado, vítima nesse caso, quando surgiram boatos de que a agressão foi contra a esposa.

“Reiteramos que continuamos juntos, firmes e fortes com o tenente-coronel Ênio. Precisamos de homens como ele, que respeita as mulheres e educa seus filhos. Nossa caminhada mal começou, mas já sabemos como será o jogo”, finaliza a nota.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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