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Prefeitos divergem sobre unificação de eleições em 2022

Confederação divulgou carta aberta destinada ao Congresso Nacional pedindo prorrogação de mandatos

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A possível unificação das eleições para 2022 – em que se votaria para prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República – tem causado divergência entre os prefeitos do interior de Mato Grosso do Sul. O assunto foi levantado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em carta aberta divulgada ontem por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e encaminhada ao Congresso Nacional pedindo unificação.  

Conforme o documento da CNM, o distanciamento social obriga cidadãos com mais de 60 anos a se manterem afastados do convívio social, “o que inviabiliza sua presença em convenções partidárias, campanhas eleitorais e até mesmo na eleição, a não ser que exponham sua saúde em risco. Atualmente, 1.313 prefeitos em exercício têm mais de 60 anos, e destes 1.040 têm o direito de concorrer à reeleição. Na última eleição, apenas 18% dos atuais prefeitos foram reeleitos. Portanto, atualmente, 82% dos prefeitos em exercício têm o direito de concorrer à reeleição”.

O presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina (PSDB), disse que concorda com a posição da CNM como líder das cidades e vê que é o melhor a se fazer neste momento. “Cada estado tem uma situação, só que uma eleição não se faz por pedaço. A CNM acredita que a eleição não tem como acontecer em outubro. Estamos com a pandemia, as ações estão prejudicadas, candidatos nos grupos de risco; e no interior a campanha é corpo a corpo. Eleição precisa ser suspensa em outubro. A proposta da unificação das eleições em 2022 [se dá] primeiro por conta da pandemia; depois, da economia aos cofres públicos [fundo partidário e fundo eleitoral]. Os gastos poderiam ser suprimidos e unificados”.  

Ainda de acordo com Caravina, se for mantida a data do pleito para o dia 4 de outubro, o número de abstenções deve ser alto. “A eleição do jeito que está hoje seria antidemocrático, porque algumas pessoas não poderiam participar. Como presidente da associação, fechamos a questão em cima disso. Estamos preocupados com abstenção. Imagina em um período desse de pandemia o quanto de gente deixaria de votar. Temos preocupação com o período de transição também. Se o segundo turno for 20 de dezembro, os prefeitos terão 10 dias para fazer a transição, e também como a Justiça Eleitoral vai avaliar as prestações de contas em tempo?”, questionou.  

O Correio do Estado procurou os prefeitos das maiores cidades de MS. O administrador de Três Lagoas, Anglo Guerreiro (PSDB), disse que não tem pensado na eleição porque está focado no combate à Covid-19. “É tanto sufoco que a gente nem lembra”.  

Na sua avaliação, ainda não se pode dizer se as eleições devem ser adiadas para novembro ou dezembro deste ano, ou então unificadas em 2022. “Não sabemos até quando isso vai. Mas tem que deixar um ponto de interrogação, uma incógnita, correr contra o tempo. Tem vários fatores para serem analisados. Até o momento, foi comentado o adiamento, mas o que for bom para a nação, estamos aqui para seguir o mesmo formato”, afirmou Guerreiro.

O prefeito de Coxim, Aluizio São José (PSB), não concorda em mudar a data do pleito eleitoral, mas sim criar alternativas. “A minha posição é que, havendo condições sanitárias, que elas aconteçam em 2020, e se houver necessidade de adiar, que seja pelo menor tempo possível. Claro que não podemos ser irresponsáveis e realizar sem que haja condição por conta da pandemia. Eu acho que se não for possível fazer em 2020, que se adie o menor espaço possível. Se puder fazer em junho, março, que se faça. Concordo com a unificação para frente, porque é um gasto que precisa ser reduzido”.

Gestor municipal de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB) também se diz contra a mudança de datas e, inclusive, a unificação. “Sou contra a unificação. Se quer unificar, que faça uma eleição de dois anos. Não quero me indispor com colegas, mas sou contra prorrogar mandato. Acho que pode estender o horário de votação, colocar horário para cada faixa etária, idosos separados. Sou contra ganhar mandato na caneta; faz uma eleição com mandato de dois anos e depois unifica”, Peluffo.

Pré-candidato à reeleição, o administrador de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), tem opiniões semelhantes sobre os assuntos. “Unificação sou contra, porque há 3 anos, quando o eleitor foi às urnas, escolheu para 4 anos e não 6. Sou contra mudar a regra do jogo no final da partida. Adiar é porque eu acredito que aqueles que, por ventura, forem entrar não têm tempo para uma transição efetiva para o bem de uma cidade, e a transição é necessária e importante”. 

A prefeita de Dourados, Délia Razuk (PTB), não quis se manifestar sobre eleição. “Estamos com toda nossa preocupação voltada para o enfrentamento da Covid-19”, informou por meio da assessoria.

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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