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Previdência 'cacifa' Maia para eleição de 2022

Previdência 'cacifa' Maia para eleição de 2022

ESTADÃO CONTEÚDO

12/07/2019 - 21h00
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou nesta quinta-feira, 11, para uma reunião na casa do deputado Elmar Nascimento (BA), líder de seu partido, quando foi abordado por colegas que o chamaram de "Senhor Reforma". Embora o tema do encontro fosse a continuidade da votação da reforma da Previdência, aliados lhe deram dicas sobre como tornar sua imagem mais popular e atrair votos até a eleição de 2022. Tratado como presidenciável por muitos de seus pares, Maia sorriu.

Desde que conseguiu cumprir a promessa de "entregar" aprovado o texto-base da proposta sobre mudanças no sistema de aposentadoria, antes do recesso parlamentar, Maia viu crescerem as apostas sobre uma eventual candidatura à sucessão do presidente Jair Bolsonaro. Em conversas reservadas, ele não nega a intenção de entrar no páreo, mas afirma que sabe o seu tamanho e precisa examinar a posição das "nuvens", que cada dia está de um jeito. 

A aproximação de Maia com o governador João Doria (PSDB) - pré-candidato à sucessão de Bolsonaro - incomoda o Palácio do Planalto. Nos bastidores do governo há comentários de que o deputado também pode compor chapa com Doria, repetindo a dobradinha PSDB-DEM que comanda o Bandeirantes. Em São Paulo, o vice-governador Rodrigo Garcia é do DEM.

"Você pode ser o nosso candidato, mas vamos ter de modernizá-lo", disse a Maia o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente do Solidariedade, na reunião de ontem, que teve a presença de ministros e do secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. "Esse cabelinho caindo na testa não vai dar. Além disso, você precisa sorrir, olhar para o eleitor quando apertar a mão dele e parar de ficar checando mensagem no celular na hora da conversa", emendou Paulinho da Força. Após a "receita", arrematou: "E também falta um programa popular".

De todas as dicas recebidas, Maia tem investido mais na plataforma, que, segundo ele, não é de campanha. Depois da Previdência, a ideia é tocar uma agenda na Câmara que dê prioridade a medidas para destravar o crescimento e retomar o emprego, como a reforma tributária.

Maia adotou como mote uma frase que diz ter parafraseado do governador do Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite: "Coragem mesmo precisa quem tem a ousadia de ser ponderado". Três meses depois de ter dito ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo Bolsonaro é "um deserto de ideias", ele se movimenta agora com o objetivo de construir um programa para o País.

'Rodriguetes'

Ao lado de deputados de primeiro mandato que ficaram conhecidos como "rodriguetes", o presidente da Câmara decidiu acelerar projetos de lei sobre modernização do Estado. Alguns já tramitam na Casa e precisam apenas de alterações pontuais para deslanchar O pacote inclui melhorias na gestão de desempenho no serviço público e criação de uma política de governo digital na União, Estados e municípios.

As conversas de Maia fluíam bem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas, desde que ele criticou o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) sobre a Previdência, o caldo entornou. Até hoje a relação entre os dois está estremecida. Maia, porém, se reúne quase toda a semana com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Informado de que famílias com salários de dois a três mínimos caem com frequência no cheque especial, o deputado quer aprovar um projeto que reduza a taxa de juros para essa modalidade. Trata-se de um programa bem popular.

O placar de votação da reforma, com 379 votos a favor - 71 a mais do que o mínimo - surpreendeu até o governo. "Nós não teríamos conseguido chegar até aqui sem Rodrigo Maia", admitiu o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO).

Para o ex-ministro Ciro Gomes, candidato derrotado do PDT na disputa presidencial, o Brasil vive momento de "ressaca política" a partir da aprovação de novas regras para a aposentadoria. "Essa é uma vitória do Maia, não do governo. E foi acachapante", argumentou ele.

No PDT e no PSB, partidos de oposição, 19 deputados votaram a favor da reforma, contra orientação das cúpulas. "A oposição teve uma lição muito amarga, de saber o tamanho que tem, para não transformar cada embate em um terceiro turno", avaliou Ciro, também pré-candidato em 2022. "Nosso papel é atrair Bolsonaro para o jogo democrático e, no Congresso, ter uma política de redução de danos, em uma tática de diálogo com Maia."

Questionado sobre o comentário de Bolsonaro, que o chamou de "general dentro da Câmara", Maia deu mais uma estocada na direção do Planalto. "Os generais estão apanhando muito do entorno do presidente. Acho que não é muito bom ser general nesse momento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

eleições 2024

Primeiro turno teve 515 prisões por crimes eleitorais

Entre os detidos, 22 eram candidatos

06/10/2024 22h00

MARCELO VICTOR

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O primeiro turno das eleições municipais, realizado neste domingo (6), teve 2.618 crimes eleitorais e 515 prisões, segundo balanço parcial do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) gerado às 19h30. O balanço final está previsto para a manhã desta segunda-feira (7).

Entre as mais de 500 prisões contabilizadas até agora, 22 foram de candidatos flagrados cometendo crimes.

As ocorrências de boca de urna foram maior parte dos crimes eleitorais, com 1.057 flagrantes. O crime de compra de votos/corrupção eleitoral foi o segundo mais cometido, com um total de 423 ocorrências. O balanço informa ainda os registros de propaganda eleitoral irregular, 309; de violação ou de tentativa de violação do sigilo de voto, 203; e de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral, 64.

Os agentes de fiscalização apreenderam mais de R$ 520 mil nas ocorrências. Outras apreensões foram 47 veículos em uso para transporte irregular de eleitores e 28 armas de fogo em posse dos abordados. 

Os dados são enviados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública pelas secretarias de segurança pública estaduais e pelas equipes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública que atuam nos estados.

ELEIÇOES 2024

Veja quais foram os prefeitos eleitos nos 79 municípios de MS

No Estado, apenas Campo Grande têm segundo turno; PSDB foi o partido com mais prefeitos eleitos no Estado

06/10/2024 21h30

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apenas Campo Grande ainda não conhece sua nova prefeita, que será decidida no segundo turno

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apenas Campo Grande ainda não conhece sua nova prefeita, que será decidida no segundo turno Reprodução/ TSE

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Neste domingo (6), eleitores foram às urnas para votarem em vereador e prefeito. As eleições foram realizadas das 7h às 16h, e a apuração começou logo após o encerramento da votação.

Em Mato Grosso do Sul, apenas Campo Grande têm disputa de segundo turno, enquanto nos demais 78 municípios a eleição municipal é sempre definida no primeiro turno.

Isto porque, para haver segundo turno nas eleições para prefeito só pode ocorrer em municípios com mais de 200 mil eleitores, o que só ocorre na Capital do Estado.

Em Campo Grande, a disputa será entre Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), no dia 27 de outubro. 

Do total, foram 28 reeleitos para mais um mandato. O partido que mais elegeu prefeitos no Estado foi o PSDB, com 44 eleitos. Na sequência, o PP fez 17 prefeitos e o MDB elegeu 10. Nenhum candidato do PT foi eleito prefeito no Estado.

Veja os prefeitos eleitos em todos os municípios de Mato Grosso do Sul:

Água Clara

  • Gerolina (PSDB) - 74,82% - reeleita

Alcinópolis

  • Weliton Guimarães (PSDB) - 55,70%

Amambai

  • Sérgio Barbosa (MDB) - 52,63%

Anastácio

  • Cido (PSDB) - 48,41%

Anaurilândia

  • Professor Rafael (PP) - 52,12%

Angélica

  • Edinho Cassuci (PSDB) - 61,90% -  reeleito

Antônio João

  • Marcelo Pé (PSDB) - 67,19% -  reeleito

Aparecida do Taboado

  • José Natan (PP) - 78,06% -  reeleito

Aquidauana

  • Mauro do Atlantico (PSDB) - 59,59%

Aral Moreira

  • Dra Elaine (MDB) - 54,80%

Bandeirantes

  • Álvaro Urt (PSDB) - 38,45%

Bataguassu

  • Wanderleia Caravina (PSDB) - 75,81%

Batayporã

  • Germino Roz (PSDB) - 58,47% -  reeleito

Bela Vista

  • Gabriel Boccia (PP) - 51,78%

Bodoquena

  • Girleide (MDB) - 73,97%

Bonito

  • Josmail Rodrigues (PSDB) - 73,27% - reeleito

Brasilândia

  • Márcia Amaral (PSDB) - 61,30%

Caarapó

  • Professora Lurdes (PL) - 55,33%

Camapuã

  • Manoel Nery (PP) - 52,86% - reeleito

Campo Grande

  • 2º turno - Adriane Lopes (PP) 31,67% e Rose Modesto (União Brasil) 29,56%

Caracol

  • Neco Pagliosa (PSDB) - 57,88% - reeleito

Cassilândia

  • Rodrigo (PP) - 46,90%

Chapadão do Sul

  • Walter Schlatter (PP) - 66,41%

Corguinho

  • Barrinha (MDB) - 60,64%

Coronel Sapucaia

  • Niágara Kraievski (PP) - 42,10%

Corumbá

  • Dr. Gabriel (PSB) - 56,74%

Costa Rica

  • Delegado Cleverson (PP) - 62,81% - reeleito

Coxim

  • Edilson Magro (PP) - 62,15% - reeleito

Deodápolis

  • Jean da Saúde (PSDB) - 73,48%

Dois Irmãos do Buriti

  • Japão (MDB) - 68,82% - reeleito

Douradina

  • Nair Branti (PSD) - 53,96%

Dourados

  • Marçal Filho (PSDB) - 50,05%

Eldorado

  • Fabiana (PP) - 51,37%

Fátima do Sul

  • Wagner da Garagem (PSDB) - 51,78%

Figueirão

  • Juvenal Consolaro (PSDB) - 43,82% - reeleito

Glória de Dourados

  • Júlio Buguelo (PSD) - 58,18%

Guia Lopes da Laguna

  • Dr. Max (PL) - 52,69%

Iguatemi

  • Dr. Lídio (PSDB) - 61,81%

Inocência

  • Toninho da Cofapi (PP) - 70,27% - reeleito

Itaporã

  • Tiago Carbonaro (PP) - 57,10%

Itaquiraí

  • Thalles Tomazelli (PSDB) - 79,71% -  reeleito

Ivinhema

Japorã

  • Malaquias (PSDB) - 46,79%

Jaraguari

  • Claudião (PSDB) - 48,41%

Jardim

  • Guga (PSDB) - 50,07%

Jateí

  • Cileide Cabral (PSDB) - 50,05%

Juti

  • Gilson Cruz (PSDB) - 63,23% -reeleito

Ladário

  • Munir (PSDB) - 58,52%

Laguna Carapã

  • Itamar Bilibio (MDB) - 34,48%

Maracaju

  • Marcos Calderan  (PSDB) - 77,56% - reeleito

Miranda

  • Fabinho Florença (PSDB) - 60,43% - reeleito

Mundo Novo

  • Rosária (PSDB) - 53,18% 

Naviraí

  • Rodrigo Sacuno (PL) - 52,24%

Nioaque

  • André (PP) - 57,34%

Nova Alvorada do Sul

  • Paleari (PP) - 73,15%

Nova Andradina

  • Dr. Leandro (PSDB) - 47,00%

Novo Horizonte do Sul

  • Guga (PSDB) - 100% - reeleito

Paraíso das Águas

  • Ivan Xixi (PSDB) - 86,39%

Paranaíba

  • Maycol (PSDB) - 66,43% - reeleito

Paranhos

  • Heliomar Klabunde (MDB) - 50,98%

Pedro Gomes

  • Delegado Murilo (PL) - 48,34%

Ponta Porã

  • Eduardo Campos (PSDB) - 51,76% - reeleito

Porto Murtinho

  • Nelson Cintra (PSDB) - 56,40% - reeleito

Ribas do Rio Pardo

  • Roberson (PSDB) - 56,99%

Rio Brilhante

  • Lucas Foroni (MDB) - 83,66% - reeleito

Rio Negro

  • Henrique Ezoe (PSDB) - 84,58%

Rio Verde de Mato Grosso

  • Réus Fornari (PP) - 76,62% - reeleito

Rochedo

  • Arino (PSDB) - 49,00%

Santa Rita do Pardo

  • Dr. Lúcio Costa (PSDB) - 100%  - reeleito

São Gabriel do Oeste

Não há requisitos suficientes para atribuição de eleitos, pois o candidato com maior votação, Leocir Montagna (PSD), está com a candidatura "anulada sob júdice"

Selvíria

  • Jaime (PSDB) - 51,40%

Sete Quedas

  • Erlon Daneluz (PSDB) - 66,74%

Sidrolândia

  • Rodrigo Basso (PL) - 61,27%

Sonora

  • Clarice (MDB) - 59,93%

Tacuru

  • Rogério Torquetti (PSDB) - 100% - reeleito

Taquarussu

  • Clovis do Banco (PSDB) - 57,18% - reeleito

Terenos

  • Henrique (PSDB) - 53,69% - reeleito

Três Lagoas

  • Dr. Cassiano Maia (PSDB) - 68,61%

Vicentina

  • Cleber Dias (MDB) - 51,27%

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