O possível acordo entre o PSD e o PSDB para a reeleição do prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), segue na corda bamba entre o ninho tucano.
Com a maioria dos líderes dispostos a lançar uma candidatura própria na disputa pela administração da Capital, os rumos do partido ficam à espera do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), porém, em agenda pública ele afirmou que o diretório municipal tem autonomia para decidir.
Na eleição de 2018, quando Azambuja disputou a permanência na cadeira de governador em Mato Grosso do Sul, teve o apoio do prefeito Marcos Trad, e um acordo foi firmado para 2020, em que o ninho tucano faria o mesmo, mas com o passar dos anos a movimentação tem sido o contrário nos bastidores do PSDB.
Entre os integrantes da Executiva estadual do PSDB, o único que ainda mantém a palavra do governador é o presidente e secretário de Articulação Política do governo, Sérgio de Paula.
Os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto já demonstraram o interesse em concorrer à administração municipal, e Modesto foi o nome do partido em 2016 e chegou a disputar o segundo turno com Trad, tendo a preferência de 169.660 eleitores (41,23%), porém o então deputado estadual conseguiu se eleger.
Conforme informações de bastidores obtidas pelo Correio do Estado, os deputados têm pressionado o líder maior do partido para romper de vez com Trad e lançar um candidato direto do ninho tucano, mas Azambuja ainda mantém a palavra com Marcos Trad.
Um dos motivos que vem desmotivando os integrantes do ninho tucano é o fato de o prefeito de Campo Grande nunca ter assumido publicamente que fez acordo político com Azambuja, apenas citando que as gestões estão juntas nas melhorias para a Capital.
Entre os fatos que pioraram a crise interna do PSDB estão as vaias que Azambuja recebeu em novembro do ano passado, na inauguração do Reviva Campo Grande.