Política

LAVA JATO

PSDB pede autorização do STF para Polícia Federal ouvir Dilma

Justificativas utilizadas para se ouvir Lula também se aplicam à presidente

AGENCIA BRASIL

25/09/2015 - 21h00
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O PSDB entrou hoje(25)  com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo autorização para que a Polícia Federal (PF) tome depoimento da presidente da República, Dilma Rousseff, nas investigações da Operação Lava Jato. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP) foi responsável por protocolar a petição.

Sampaio, que também é vice-presidente jurídico do partido, se baseou no pedido feito pela PF há duas semanas para que o ex-presidente Lula possa ser ouvido no âmbito das investigações. Para ele, as justificativas utilizadas para se ouvir Lula também se aplicam à presidente.

“A própria condição funcional de Dilma Vanna Rousseff à época dos fatos, ou seja, ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ministra da Casa Civil, por si só, a coloca no centro dos fatos criminosos, exigindo, no mínimo, explicações plausíveis e aceitáveis para eventual alegação de que ‘nada sabia’”, diz um trecho da peça.

O deputado argumenta ainda que o fato de Dilma ser presidenta da República não afasta a possibilidade dela ser investigada. Segundo ele, ela apenas não poderia ser processada. O documento cita um entendimento do ministro Teori Zavascki que viabiliza “a instauração de procedimento meramente investigatório” contra chefe do Executivo, se for o caso.

Judiciário

Possível sanção dos EUA a Alexandre de Moraes: entenda o que é a Lei Magnitsky

Em sessão da Câmara dos Representantes dos EUA, o secretário de Estado Marco Rubio, disse haver grande possibilidade de o ministro do STF Alexandre de Moraes ser punido

22/05/2025 16h03

Secretário de Estado Marco Rubio admitiu possibilidade de os EUA sancionar Alexandre de Moraes

Secretário de Estado Marco Rubio admitiu possibilidade de os EUA sancionar Alexandre de Moraes Arquivo

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (21) que há uma "grande possibilidade" de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ser alvo de sanções sob a Lei Global Magnitsky, caso o ex-presidente Donald Trump retorne ao poder. A declaração foi dada durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA.

Na sessão, o deputado republicano Cory Mills acusou o STF de "perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns". Mills mencionou uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro como "politicamente motivada". Ele questionou Rubio sobre a aplicação da Lei Magnitsky a Moraes.

"Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça", respondeu Rubio, representando a política externa de um eventual governo Trump.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Global Magnitsky é uma legislação dos Estados Unidos que autoriza o governo americano a impor sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. Criada em 2012, durante o governo de Barack Obama, a lei foi originalmente direcionada a autoridades russas, após a morte do advogado Sergei Magnitsky em uma prisão de Moscou, em 2009.

Desde 2016, a legislação foi ampliada e permite a aplicação de punições a qualquer indivíduo, em qualquer país, envolvido em práticas como:

  • Execuções extrajudiciais
  • Tortura
  • Censura
  • Corrupção sistemática
  • Repressão a eleições democráticas

Quem pode ser punido pela Lei Magnitsky?

As sanções previstas pela Lei Global Magnitsky podem atingir:

Agentes públicos envolvidos em corrupção significativa

Responsáveis por graves violações de direitos humanos

Financiadores ou apoiadores materiais dessas ações

Para que as sanções sejam impostas, é necessário que o presidente dos Estados Unidos apresente provas consistentes ao Congresso. Com maioria republicana nas duas Casas Legislativas, Donald Trump teria respaldo para avançar nesse tipo de medida, caso seja reeleito.

Quais sanções podem ser aplicadas?

Os alvos da Lei Magnitsky podem ser incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN List) da Ofac (Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA). As penalidades incluem:

  • Bloqueio de bens e contas bancárias em solo americano
  • Proibição de entrada nos Estados Unidos
  • Cancelamento de vistos
  • A retirada dessas sanções depende da comprovação de que a pessoa:
  • Não teve envolvimento direto com os atos punidos
  • Já foi julgada e punida por tais condutas
  • Mudou substancialmente seu comportamento
  • O governo americano também pode suspender as sanções por motivos de segurança nacional, desde que o Congresso seja notificado com pelo menos 15 dias de antecedência.

Quem decide sobre as sanções?

A aplicação das sanções é responsabilidade do presidente dos Estados Unidos. Cabe a ele apresentar ao Congresso as evidências que justifiquem a punição de indivíduos com base na Lei Magnitsky. Caso Donald Trump reassuma a presidência, ele poderá iniciar esse processo com apoio legislativo favorável.

 

 

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Contas públicas

Tebet anuncia bloqueio de R$ 10,6 bilhões e contingenciamento de R$ 20,7 bilhões

A ministra acrescentou que outras medidas também ajudaram a evitar um bloqueio mais amplo

22/05/2025 15h44

Ministra do Planejamento, Simone Tebet

Ministra do Planejamento, Simone Tebet Agência Brasil

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (22) que o aumento das despesas acima do previsto, especialmente os gastos com a Previdência, levou ao bloqueio de R$ 10,6 bilhões no orçamento, anunciado pela equipe econômica. Ao todo, o valor de contenção chega a R$ 31,3 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueios e R$ 20,7 bilhões em contingenciamentos.

Segundo Tebet, o detalhamento da contenção será divulgado em até cinco dias úteis. A declaração foi feita durante entrevista coletiva sobre o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, referente ao segundo bimestre.

A ministra também explicou que a abertura de crédito extraordinário de R$ 12,4 bilhões contribuiu para limitar o valor do bloqueio. “Isso é para despesas obrigatórias, e é por isso, entre outras coisas, que o bloqueio é de R$ 10 bilhões, porque seria maior”, afirmou. Ela acrescentou que outras medidas também ajudaram a evitar um bloqueio mais amplo.

De acordo com Tebet, o crédito extraordinário foi aberto para cobrir a diferença entre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) utilizado na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 e o índice efetivado no ano anterior. “É uma determinação legal que a abertura desse crédito pudesse acontecer”, explicou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou da entrevista e destacou que várias rubricas do Orçamento federal são corrigidas pela inflação. “Eu não posso ter uma inflação no Orçamento e outra no salário mínimo”, disse.

 

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