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Fora da chapa do MDB, André Puccinelli é "candidato oculto" do partido

Legenda pode mudar os planos no meio da disputa e escalar o ex-governador para estas eleições

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Durante a campanha eleitoral, não se assuste se porventura ver a figura do ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli colada nos dois candidatos do MDB à Prefeitura de Campo Grande, Marcio Fernandes e a vice, Juliana Zorzo.  

É que o ex-governador ainda não descartou totalmente a possibilidade de participar da disputa, ainda que seja em uma manobra de última hora, entrando na chapa do partido para prefeito.  

O Correio do Estado apurou que essa manobra, parecida com a que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nas eleições de 2018, é cogitada pela legenda. 

Na ocasião, o Partido dos Trabalhadores (PT) segurou o nome de Lula como cabeça de chapa até quando pôde. Aos 45 minutos do segundo tempo daquele pleito, os nomes que concorreram nas urnas foram os de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila (PCdoB), como vice.

Ainda conforme apurado pela reportagem, a ideia da legenda seria segurar esse anúncio para não desgastar a imagem de Puccinelli em decorrência da ofensiva que poderia acontecer pelos seus adversários durante a propaganda eleitoral, que terá início no dia 27, oficialmente.

Outra informação de bastidor é que o político também conversa com outras candidaturas para um possível apoio no segundo turno, o que poderia deixar o cenário emedebista como está atualmente.  

Regras  

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a substituição de toda uma chapa ou apenas de um dos dois candidatos pode ser realizada até 20 dias antes das eleições nos casos de indeferimento, cassação ou renúncia. 

A escolha do substituto deve ser feita de acordo com o estatuto do partido político ao qual pertence o substituído.

O prazo para requerer o registro é de até 10 dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. 

O período de 10 dias deve ser observado também na hipótese de falecimento do candidato.

Nessa situação, a substituição pode ser efetivada a qualquer tempo, ou seja, não se exige a antecedência de 20 dias antes das eleições. 

Se a substituição ocorrer após a preparação das urnas, o substituto concorrerá com o nome, o número e a fotografia do substituído, e as agremiações partidárias devem esclarecer aos eleitores sobre as alterações de candidatos, dando ampla divulgação ao fato.

Histórico político

A carreira política de Puccinelli teve início quando foi ele secretário estadual de Saúde, entre os anos de 1983 e 1985. 

Posteriormente, foi eleito deputado estadual em Mato Grosso do Sul por dois mandatos, de 1987 a 1991 e de 1991 a 1995. Foi deputado federal de 1995 a 1996, até ser eleito a prefeito da Capital em 1996 e ser reeleito em 2000. 

Nas eleições de 2006, candidatou-se ao governo do de Mato Grosso do Sul pelo então PMDB.

Seu principal adversário nas urnas foi o senador Delcídio do Amaral, que pertencia ao PT. Em 2010, concorreu à reeleição, tendo disputado contra o ex-governador Zeca do PT. Conquistou a reeleição ainda no primeiro turno, tendo renovado o seu mandato de governador de Mato Grosso do Sul até 2015.  

Polêmicas

A trajetória política de Puccinelli é marcada por diversas polêmicas, entre elas, corrupção. Além disso, Puccinelli agrediu um eleitor em 2010, após ser chamado de “ladrão” por um rapaz de 23 anos.

O político também foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro e tal processo se encontra paralisado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em virtude da falta de autorização dos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para que o STJ proceda com os autos.

A Operação Uragano, da Polícia Federal, apontou o ex-governador em um esquema ilegal de pagamento de propinas a deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), a desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e a membros do Ministério Público do Estado (MPMS).  

O ex-governador também teve seu nome citado na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, pois, durante sua gestão no governo do Estado, Puccinelli assinou contratos que somam R$ 2 bilhões só com empresas investigadas.  

Em 14 de novembro de 2017, Puccinelli foi preso preventivamente na quinta fase da operação, intitulada Papiros de Lama. O ex-governador foi apontado pela PF como chefe de um esquema de propina, recebendo a soma de R$ 20 milhões em apenas um ano.

Em 20 de julho de 2018, o ex-governador foi preso novamente pela PF, no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Na ocasião, a prisão foi embasada na suspeita de que ele estaria atuando para obstruir a investigação e destruir provas. 

Puccinelli acabou solto pelo Superior Tribunal de Justiça em dezembro de 2018 e atualmente responde por corrupção e lavagem de dinheiro na Justiça Estadual.

BOLSONARO-DENÚNCIAS

Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março

23/04/2024 20h00

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes Valter Campanato/ Agência Brasil

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (23) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o aprofundamento de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março.


A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a PF diz que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).

Para Gonet, apesar de "relevantes achados que constam do minucioso relatório final da investigação", ainda não há uma resposta do DoJ (o Departamento de Justiça dos EUA) a pedido Polícia Federal de "esclarecimento sobre se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estada no território norte-americano".

"É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte-americano", diz o PGR.

Ele afirmou também: "Seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio. Solicita-se, portanto, da digna Autoridade Policial a produção de desses informes, para o que se pede a devolução dos autos à Polícia Federal."

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes.

Gonet quer, ainda, a análise do conteúdo de dispositivos apreendidos com investigados, entre eles os de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração depois de ter sido preso.

O procurador-geral também quer que a PF faça análise de dados da quebra do sigilo telemático do celular do deputado Gutemberg Reis. Ele é suspeito de ter articulado a inserção de dados falsos nos cartões de vacina.

"Encontram-se igualmente pendentes de conclusão e de juntada aos autos os laudos periciais de informática e os relatórios de extração/análise de conteúdo da maioria dos dispositivos eletrônicos apreendidos nos autos", afirmou.


Em março, a defesa de Bolsonaro criticou o indiciamento e o chamou de precipitado.

À época, os advogados afirmaram que "não há fundada e objetiva suspeita de sua participação ou autoria nos delitos em apuração".

"Se qualquer pessoa tomou providências relacionadas às carteiras de vacinação do ex-presidente e de sua filha, o fez por iniciativa própria, à revelia de ambos, sendo claro que nunca determinaram ou mesmo solicitaram que qualquer conduta, mormente ilícita, fosse adotada em seus nomes."

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Política

Vereadores aprovam projeto que permite a entrada de água potável em shows e festivais

O projeto aprovado em sessão na Câmara Municipal, especifica que a água deverá estar acondicionada em embalagem plástica transparente e lacrada em eventos de Campo Grande.

23/04/2024 17h37

Divulgação/ Câmara Municipal de Campo Grande

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Na manhã de hoje, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se reuniram para aprovar o projeto de lei 11.196/23, que autoriza a entrada de água potável para consumo pessoal em shows e festivais na capital.

Conforme o documento de autoria dos vereadores Dr. Victor Rocha e Carlão, o projeto dispõe sobre a permissão para a entrada de água potável para consumo pessoal em shows, festivais, exposições e eventos similares no âmbito do município de Campo Grande.

A proposta, apresentada pelo vereador Vitor Rocha (PSDB) em novembro do ano passado, será discutida. Naquele período, o país enfrentava altas temperaturas. Nesse mesmo período, a estudante sul-mato-grossense, Ana Clara Benevides Machado, morreu após passar mal durante um show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ). 
 
A partir de hoje, em caso de não cumprimento da lei, o evento corre o risco de ser cancelado. 

 

Outras pautas aprovadas

Outra pauta debatida e aprovada em regime de urgência foi o projeto de lei 11.307/24, do Executivo Municipal, que autoriza a Prefeitura a realizar permuta de área de sua propriedade com área pertencente à JM Administradora de Bens LTDA, localizada no loteamento Nova Campo Grande.

Também foi aprovado o projeto de lei complementar 923/24, de autoria da Mesa Diretora, que altera dispositivo da Lei Complementar 476/23. Esta última concede anistia condicional aos proprietários de edificações cuja execução esteja em desacordo com o Código de Obras e a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo. 

Durante a sessão, os parlamentares mantiveram o veto parcial ao projeto de lei 11.040/24, que estabelece o Programa Municipal de Identificação de Lar Atípico para pessoas com hipersensibilidade auditiva residentes no município de Campo Grande. A proposta foi apresentada pelos vereadores Carlos Augusto Borges (Carlão) e Prof. André Luis.

Também foi debatido o veto total ao projeto de lei complementar 917/24, que propõe alterações no Artigo 2º da lei 2.786/90. A proposta é de autoria dos vereadores Claudinho Serra, Betinho, Professor André Luis, Dr. Victor Rocha, Ronilço Guerreiro, Clodoilson Pires e Edu Miranda."

Em segunda discussão e votação, foi aprovado o projeto de lei 11.162/23, de autoria dos vereadores Papy e Carlos Augusto Borges (Carlão), que inclui a "Feira Científica" no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande.

Ainda durante a sessão, foi analisado o projeto de lei 11.199/23, de autoria do vereador Papy, que propõe a criação da carteira funcional digital e física dos conselheiros tutelares.

E, por fim, o projeto de lei 11.238/24, proposto pelo vereador Professor Juari, que trata da instituição da campanha permanente de valorização e respeito ao trabalho do professor, nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do município de Campo Grande.

 

 

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